Comissão de Ética da Capes apresenta renúncia coletiva; entenda o motivo

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Comissão de Ética da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) apresentou na terça-feira, 18, uma renúncia coletiva, assinada por seus cinco membros.

Na carta endereçada à presidente da instituição, Denise Pires de Carvalho, o grupo argumenta que tomou a "medida extrema" devido a desafios que impedem o grupo de exercer sua função de forma ética, autônoma e eficaz. A Capes é uma agência de fomento à pesquisa ligada ao Ministério da Educação (MEC).

Em nota, a Capes afirmou que houve divergências entre a Comissão de Ética do órgão, anteriormente nomeada, e as diretrizes condicionais da Controladoria-Geral da União e a Comissão de Ética Pública (CEP). Segundo a entidade, a comissão será recomposta "o mais breve possível, garantindo a continuidade dos trabalhos em conformidade com as diretrizes da CGU e os princípios de integridade institucional."

O MEC também foi questionado sobre o tema e direcionou a demanda à instituição.

instância. Um dos casos citados pelo grupo foi o fato de a comissão não ser convidada para participar das reuniões da Diretoria Executiva da entidade, tendo suas funções suplantadas por outras instâncias de integridade, como a Corregedoria e a Ouvidoria. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmado pelo Estadão.

O grupo cita ainda mudança no fluxo de procedimentos para apuração de denúncias. Segundo eles, houve orientação desses órgãos para que o servidores relatassem os casos somente por meio do portal da Controladoria-Geral da União (CGU), o FALA.BR.

"Em determinado momento, se estabeleceu um fluxo de procedimento para recebimento de manifestações, que passariam a ser analisadas pela Corregedoria antes de serem encaminhadas à Comissão. Em pouco tempo, a maior parte das manifestações parou de chegar à Comissão de Ética. Nesse novo fluxo, a Corregedoria passou a analisar todas as demandas. Dessa maneira, as atividades de apuração ética da Comissão passaram a se submeter ao crivo inicial da Corregedoria", diz trecho do ofício enviado à presidente do órgão ao qual o Estadão teve acesso.

Outro motivo citado pelo grupo como causa para renúncia coletiva foi a demissão do secretário executivo da comissão, Lucas Cruz, "sem qualquer justificativa plausível".

A carta menciona ainda outras questões, como a perda de uma sala que era destinada aos trabalhos da comissão.

"Esses últimos eventos prejudicaram fortemente a rotina da Comissão e deixaram o sentimento de que a Comissão não conta com o apoio da alta gestão da Capes, o que inviabiliza sua atuação. Contudo, não seremos coniventes com as distorções que consideramos inadmissíveis", diz o grupo.

Em resposta ao pedido de renúncia coletiva, Denise Pires de Carvalho agradeceu o período em que os colaboradores estiveram no cargo e destacou o compromisso da Capes com a ética e a transparência. De acordo com ela, haverá recomposição imediata da Comissão.

"O Comitê de Integridade da Capes, composto pela Comissão de Ética, pela Ouvidoria, pela Corregedoria, pela Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, pela Coordenação-Geral de Logísca e pela Unidade de Gestão da Integridade, continuará ativo e trabalhando em ações de prevenção, de detecção e de remediação de práticas de corrupção e de fraude, de irregularidades, de ilícitos e de outros desvios éticos e de conduta, conforme as diretrizes da Controladoria Geral da União (CGU)", diz a resposta da presidente, que já foi reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

'Imposição de temas'

Em outra carta, desta vez enviada a colaboradores e servidores da Capes, os membros da comissão falam que o trabalho de reerguer o colegiado, iniciado em 2019, foi afetado a partir de 2023.

"Contudo, a partir de 2023, a discordância quanto a imposições de temas não pacificados por órgãos superiores, mas que afetam diretamente a autonomia de atuação da Comissão de Ética vinha gerando enormes desgastes internos", acrescenta o texto.

Em outra categoria

Em Má Influencer, nova série original sul-africana da Netflix, uma mãe solo, BK (Jo-Anne Reyneke), se une a uma influenciadora, Pinky (Cindy Mahlangu), para vender bolsas de luxo falsificadas online. Mas o golpe chama a atenção tanto de uma gangue de falsificadores quanto das autoridades, e elas precisam ser mais espertas do que a polícia e os criminosos caso queiram ganhar dinheiro e não ir para a cadeia.

Em sete episódios, a nova atração aborda temas como a fama nas redes sociais, a cultura - por vezes tóxica - dos influenciadores digitais, além de lealdade e a busca por sobrevivência. A série foi criada e escrita por Kudi Maradzika, com direção de Ari Kruger e Keitumetse Qhali. Atualmente, a produção está entre as mais vistas da Netflix.

Definida pela edição sul-africana da revista Glamour como "parte da nova onda de talentos africanos que estão redefinindo a forma de contar as histórias do continente, e quem pode contá-las", Kudi oferece um ponto de vista particular sobre temas como cultura digital e cultura de influência. Afinal, ela mesma tentou se tornar uma influenciadora em períodos anteriores de sua carreira, e fala de uma perspectiva própria.

"Cheguei até mesmo a ser convidada para eventos de marca", declarou à revista. "Mas, como jornalista de formação, comecei a perceber um mundo muito mais complexo do que as pessoas imaginam."

Depois disso, ela fez parte de um laboratório do Instituto Realness, uma incubadora de projetos de onde a Netflix selecionou filmes e séries de países como Quênia, África do Sul e Nigéria, contratou roteiristas e passou um ano e meio desenvolvendo a história. "Má Influencer explora o quanto as mídias sociais moldam nossa identidade, nossas ambições e nossa bússola moral, especialmente em uma sociedade obcecada por imagem."

Além da fama das redes sociais, Má Influencer também aborda a relação entre tecnologia e crime, sobretudo quando consumidores podem ser enganados por influenciadores em quem confiam ou estratégias de marketing enganosas. A série também aborda as questões morais em torno da origem e do destino do dinheiro das falsificações - tudo isso sob um viés local.

"Os ritmos culturais, o humor e as contradições sul-africanas conduzem a história", declarou Maradzika ao portal nigeriano Nollywood Reporter. "A equipe fixou a história em um mundo que é reconhecidamente nosso."

Cotado para o Oscar 2026, O Agente Secreto teve ótima estreia nas bilheterias brasileiras. Lançado nacionalmente no último dia 6, o filme de Kleber Mendonça Filho fechou seus primeiros quatro dias em cartaz registrando R$ 6,66 milhões, superando outra grande estreia da semana, Predador: Terras Selvagens, que arrecadou R$5,7 milhões. Os dados são da Comscore.

Em sua quarta semana em cartaz, O Telefone Preto 2 arrecadou R$ 1,86 milhão, a uma certa distância do valor registrado pelo drama Seu Não Fosse Você (R$ 1,52 milhão) e O Natal da Patrulha Canina (R$ 933,1 mil).

No total, O Agente Secreto teve 273,9 mil ingressos vendidos no período, pouco mais de 80 mil unidades a menos que Ainda Estou Aqui, que levou 358 mil pessoas aos cinemas em seu primeiro final de semana nos cinemas, em novembro de 2024.

Vale lembrar que O Agente Secreto já foi exibido em diferentes festivais de cinema no Brasil, incluindo a 49ª Mostra de Internacional de Cinema. A soma total arrecadada pelo filme contando essas sessões prévias é de R$8,12 milhões.

Ranking da bilheteria no Brasil

1. O Agente Secreto - R$ 6,66 milhões

2. Predador: Terras Selvagens - R$ 5,7 milhões

3. O Telefone Preto 2 - R$ 1,86 milhão

4. Se Não Fosse Você - R$ 1,52 milhão

5. O Natal da Patrulha Canina - R$ 933,1 mil

6. De Volta Para o Futuro (relançamento) - R$ 873,4 mil

7. Quando o Céu Se Engana - R$ 564,2 mil

8. Grand Prix: A Toda Velocidade - R$ 411,3 mil

9. TWICE: One In a Million - R$ 387,6 mil

10. A Casa Mágica da Gabby - R$ 375,8 mil

Sinopse de O Agente Secreto

O Agente Secreto acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia perseguido pelas autoridades por comportamento subversivo durante a ditadura militar, nos anos 1970. Ele decide fugir e se esconder no Recife, onde começa a desconfiar das pessoas à sua volta.

O longa foi pré-selecionado para representar o Brasil no Oscar 2026, com veículos apontando a possibilidade do filme conseguir indicações a Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Ator (para Wagner Moura). O Agente Secreto está em cartaz em cinemas de todo o Brasil.

Dua Lipa esteve em Buenos Aires nesse domingo, 9. Ela foi flagrada no estádio La Bombonera, em um jogo entre o Boca Juniors e o River Plate. Sua passagem pelo país será curta, já que a cantora fará dois shows no Chile, entre 11 e 12 de novembro, antes de chegar ao Brasil. Por aqui, ela se apresenta no próximo sábado, 15, em São Paulo, seguida por outro show no Rio de Janeiro, no dia 22 de novembro.

Alguns fãs de Dua Lipa aproveitaram a oportunidade para pedir por autógrafos e conversar com a cantora, em momento que foi filmado e publicado nas redes sociais. Em outro vídeo, Dua Lipa aparece acenando para os fãs e sorrindo, durante o jogo.

O motivo da visita da cantora na Argentina foram seus dois shows no Estádio Monumental entre 7 e 8 de novembro, que também foram registrados nas redes sociais.

Dua Lipa no Brasil em 2025

Dua Lipa, que já se apresentou no Rock in Rio e em São Paulo em 2022, trará ao Brasil a turnê Radical Optimism. A artista se apresentará em São Paulo, no dia 15 de novembro, no MorumBIS, além do Rio, na Área Externa da Farmasi Arena, no dia 22.