Diabetes tipo 5: conheça a nova classificação da doença

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A Federação Internacional de Diabetes (IDF) reconheceu na terça-feira, 8, uma nova classificação para a doença: o diabetes tipo 5. Antes chamado de "diabetes relacionado à desnutrição", o quadro costuma afetar adolescentes e jovens adultos magros e desnutridos em países de baixa e média renda.

"O diabetes relacionado à desnutrição foi historicamente muito subdiagnosticado e pouco compreendido", destaca Meredith Hawkins, diretora fundadora do Instituto Global de Diabetes do Albert Einstein College of Medicine, em comunicado à imprensa. "O reconhecimento desse tipo pela IDF como diabetes tipo 5 é um passo importante para aumentar a conscientização sobre um problema de saúde que é tão devastador para tantas pessoas."

De acordo com Bianca Pititto, professora do Programa de Pós-graduação em Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e integrante do Departamento de Epidemiologia, Economia e Saúde Pública da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), as causas da doença ainda não são bem conhecidas. "Mas evidências apontam que uma desnutrição proteico-calórica em fases iniciais da vida pode impactar na formação e/ou proliferação de células pancreáticas - que produzem e liberam insulina no sangue", diz.

"E essa situação pode ser tão precoce quanto a vida intrauterina. Situações de desnutrição ainda na vida intrauterina também podem contribuir para esse quadro de alteração na formação e funcionalidade de órgãos e sistemas", afirma. Segundo a professora, estudos indicam que pessoas cujas mães enfrentaram escassez de alimentos durante a gestação têm maior risco de desenvolver diabetes ao longo da vida.

O diabetes tipo 2 representa a maior parte dos casos da doença em países em desenvolvimento. Mas, segundo Meredith, cada vez mais jovens estão sendo diagnosticados com diabetes causado pela falta de alimentos. A estimativa é que o diabetes tipo 5 afete de 20 a 25 milhões de pessoas no mundo, principalmente na Ásia e na África. "Os médicos ainda não sabem ao certo como tratar esses pacientes, que muitas vezes não sobrevivem por mais de um ano após o diagnóstico", afirma.

O quadro foi descrito pela primeira vez há 70 anos, e diversas pesquisas posteriores identificaram uma alta incidência da doença em nações empobrecidas. Em resposta a esses relatos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o diabetes relacionado à desnutrição como uma forma distinta da doença em 1985. No entanto, a OMS retirou essa designação em 1999, devido à falta de estudos de acompanhamento e de evidências que a sustentassem.

No entanto, um estudo publicado em 2022 na revista Diabetes Care, que teve a participação de Meredith, demonstrou que esse tipo de diabetes é fundamentalmente diferente dos tipos 1 e 2. Antes, acreditavam que a doença estivesse ligada à resistência à insulina. "Mas foi descoberto que pessoas com essa forma de diabetes têm um defeito profundo na capacidade de secretar insulina, algo que não havia sido reconhecido antes. Essa descoberta revolucionou a forma como entendemos essa condição e como devemos tratá-la", explica a diretora no comunicado.

Em janeiro deste ano, Meredith e pesquisadores do Christian Medical College, da Índia, organizaram uma reunião internacional para debater a classificação, o diagnóstico e o tratamento do diabetes relacionado à desnutrição. Especialistas de vários países apresentaram estudos a um painel com líderes da IDF e da Associação Americana de Diabetes, que votaram, por unanimidade, pelo reconhecimento da doença como uma forma distinta de diabetes.

"O diabetes relacionado à desnutrição é mais comum do que a tuberculose e quase tão comum quanto o HIV/AIDS, mas a ausência de um nome oficial dificultou os esforços para diagnosticar os pacientes ou encontrar terapias eficazes", pontua Meredith. "Tenho esperança de que esse reconhecimento formal como diabetes tipo 5 traga avanços no combate a essa doença há muito negligenciada, que debilita gravemente as pessoas e muitas vezes é fatal."

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A apresentadora e cantora Kelly Osbourne, filha caçula de Ozzy Osbourne e Sharon Osbourne, usou as redes sociais nesta segunda-feira, 4, para agradecer as manifestações de carinho recebidas desde a morte do pai, ocorrida em 22 de julho. Em seu perfil no Instagram, ela se dirigiu aos fãs e ao público em geral, destacando a importância das mensagens de apoio no momento de luto.

"Sentei-me para escrever isso cem vezes e ainda não sei se as palavras serão suficientes... mas do fundo do meu coração, obrigada. O amor, o apoio e as lindas mensagens que recebi de muitos de vocês realmente me ajudaram a superar o momento mais difícil da minha vida. Cada palavra gentil, cada memória compartilhada, cada pedaço de compaixão significou mais do que eu jamais conseguiria explicar", escreveu.

Kelly também comentou sobre o impacto da perda: "A tristeza é uma coisa estranha - ela surge em ondas - não ficarei bem por um tempo - mas saber que minha família não está sozinha em nossa dor faz a diferença. Estou me agarrando firmemente ao amor, à luz e ao legado deixado para trás. Obrigada por estarem presentes. Amo muito todos vocês."

Ozzy Osbourne se tornou um dos nomes mais influentes do rock ao liderar o Black Sabbath, banda formada em 1968 em Birmingham. Ao longo das últimas décadas, também realizou diversas reuniões com os integrantes originais do grupo.

Na última quarta-feira, 30 de julho, Kelly participou do cortejo fúnebre que levou o corpo de Ozzy pelas ruas de Birmingham, em um percurso marcado por homenagens e forte comoção. Para prestar tributo ao pai, ela usou um par de óculos escuros redondos, acessório característico do visual do cantor, e apareceu visivelmente emocionada ao deixar flores na ponte Black Sabbath.

A ponte foi escolhida pela família como ponto de parada do cortejo, onde todos puderam descer dos carros e saudar o público presente. Centenas de fãs se reuniram no local para se despedir de Ozzy.

Kelly Osbourne estava acompanhada da mãe, Sharon Osbourne, de seus cinco irmãos, além do noivo Sid Wilson e do filho do casal, Sidney, de 2 anos. Outros familiares e netos de Ozzy também participaram da cerimônia.

Gominho volta nesta segunda-feira, 4, a apresentar o TVZ, no Multishow. O humorista, que já apresentou outras temporadas do programa de música junto com Preta Gil, retorna ao comando da atração agora ao lado da cantora Marina Sena, que estreia na função.

O apresentador, que deixou seu emprego em uma rádio na Bahia há três anos para ficar ao lado de Preta Gil durante todo o tratamento do câncer da amiga, também negou que tenha recebido qualquer herança em dinheiro da cantora. Boatos que circulavam nas redes sociais davam conta que ele teria direito a R$ 5 milhões.

"Não tem dinheiro nenhum. Não estou esperando dinheiro de nada, e não tem essa herança. A minha mãe já está até preocupada que eu seja sequestrado achando que tenho R$ 5 milhões. A verdade é que se eu for sequestrado não tenho nem R$ 1 pra dar, risos", declarou Gominho ao jornalista Lucas Pasin.

Além de retomar o seu trabalho no Multishow, Gominho já se mudou para um novo apartamento no Rio de Janeiro. Ele agora vai morar no bairro de Botafogo, na Zona Sul da cidade, e está postando sua rotina nos stories do Instagram mostrando a adaptação ao novo local depois de deixar o apartamento de Preta Gil. Nesta segunda-feira, 4, ele contou que estava procurando uma academia, já que eliminou 60 kg no último ano e está mantendo uma rotina de exercícios e dieta.

Antes de morar com Preta Gil, Gominho vivia na Bahia e apresentava o programa Larica Pop, na Salvador FM. As músicas que ele escolhia para o programa, inclusive, o influenciaram a montar a playlist variada que foi usada no velório de Preta Gil.

No dia do velório de Preta Gil, Gominho participou de um café da manhã com Ana Maria Braga no Mais Você e esclareceu que não foi expulso do apartamento da cantora. Ele deixou o local por vontade própria.

"As pessoas começaram a cogitar um monte de coisa muito chata. Que eu tinha brigado com a família... Eu estava há quase três anos lá, eu tinha que sair dali. Quando eu voltei de Nova York eu já tinha entendido (que era o fim). Eu tenho sentido essa dor e essa sombra há muito tempo, eu preciso recomeçar e reorganizar minha vida. Ninguém me expulsou. Eu parei minha vida por dois anos e meio", declarou.

Após passar por uma traqueostomia, a cantora Angela Ro Ro, 75, voltou a falar na última quinta-feira, 31. A artista está internada desde junho no Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, devido a uma infecção pulmonar grave. O tratamento intensivo deve continuar nos próximos dias, mas a compositora está fora de perigo. As informações foram divulgadas por Carlos Eduardo Campista de Lyrio, advogado de Angela, em nota à imprensa.

"Sua resiliência a fez encontrar uma maneira de falar. Contudo, será necessário a fisioterapia para a plena recuperação de sua voz", afirma o comunicado. Ainda na nota, o advogado informou que está criando um site oficial para receber doações. A campanha deve ser lançada nesta terça-feira, 5.

Apesar de ser um dos nomes mais famosos do rock nacional e da MPB dos anos 1960 e 1970, Angela enfrenta dificuldades financeiras há alguns anos. Ela tem se mantido graças a doações de amigos e fãs.

"(Angela) mandou um recado para seus milhões de fãs agradecendo o apoio e os pensamentos positivos e pede ajuda para que possa passar por esta fase", finaliza a nota.