Pressão de atendimento já afeta os que estão na linha de frente

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O quadro de atendimento da covid-19 se agravou e já começa a pressionar a rotina de quem está na linha de frente, como observa Raquel Caserta, coordenadora de fisioterapia do departamento de pacientes graves do Hospital Albert Einstein. "Há uma pressão enorme", disse a fisioterapeuta, que lidera um time de trabalho com tarefas delicadas como a de intubação e extubação, exercícios respiratórios e uso de cateteres em pacientes de alta gravidade.

Segundo Raquel, os pacientes da covid costumam ficar até três vezes mais tempo na internação, em relação a doentes com outros diagnósticos, o que demanda uma dedicação profissional adicional no tratamento. "Hoje vemos também um aumento no número de pacientes mais jovens, diferentemente do quadro do início da pandemia, que tinha mais idosos."

Para Patrícia Guimarães, diretora do hospital municipal da Brasilândia Adib Jatene, que é 100% dedicado ao tratamento da covid-19, a situação na linha de frente é "bastante preocupante". Ela contou estar com 96% de ocupação dos 406 leitos. "Agora, não tenho vagas", explicou por volta de 17 horas.

Como outros médicos diretamente ligados às salas de atendimento, ela não quis comentar eventuais causas do agravamento da crise, mas considerou que a população deveria ajuda, seguindo regras de distanciamento social e higienização das mãos, mais o uso das máscaras. "Falam muito dos heróis da saúde, mas essa é a hora das pessoas em geral serem heróis, respeitando os limites, sustentando o estresse de ficar em casa."

Já o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Victor Vilella Dourado, considera que o País vive uma crise que se origina do afrouxamento das regras de controle, principalmente a partir do início da vacinação. "Essa discussão sobre a vacinação serviu para desestimular as pessoas, para afrouxar o controle do contágio. As ruas estão cheias, o metrô está lotado. Isso é loucura, estamos no pior momento da pandemia. Temos de ter vacinação e lockdown juntos."

Para ele, o quadro atual reúne hospitais cheios, UTIs lotadas e profissionais de saúde sobrecarregados. "Há filas para internações em UTIs. A situação é dramática", afirmou o anestesista. "Eu mesmo já fui contaminado, em abril do ano passado."

Para Dourado, a situação em São Paulo vem se agravando desde o fim do ano passado, quando foram feitos alertas sobre o risco. Houve ainda avisos durante o carnaval e no fim de fevereiro. "A situação desta semana confirma as previsões dos profissionais da linha de frente desde o ano passado."

Ele ainda cobra medidas mais restritivas do que os toques de recolher. "É um absurdo tomar medidas restritivas de circulação de madrugada, com tudo funcionando normal durante o dia, não faz sentido."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".