Líderes árabes destacam legado de paz e diálogo do papa Francisco

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Diversos líderes do mundo árabe recorreram à rede social X para se manifestar sobre o legado do papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos. O presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, expressou seu pesar: "O Papa Francisco foi uma voz de paz, amor e compaixão." As declarações foram divulgadas na plataforma X e no portal Arab News.

O xeque Mohamed bin Zayed, presidente dos Emirados Árabes Unidos, destacou o empenho do pontífice em promover valores de convivência e respeito mútuo. "Estendo minhas mais profundas condolências aos católicos de todo o mundo pelo falecimento do Papa Francisco, que dedicou sua vida a promover os princípios da convivência pacífica e da compreensão mútua. Que ele descanse em paz", afirmou, também pela rede X.

O primeiro-ministro dos Emirados, xeque Mohammed bin Rashid Al-Maktoum, ressaltou a liderança e o impacto humano do papa, reconhecendo seu papel conciliador. Em nota publicada na plataforma, declarou: "Seu legado de humildade e unidade inter-religiosa continuará a inspirar muitas comunidades ao redor do mundo."

Pelo mesmo canal, o rei Abdullah II da Jordânia também se pronunciou: "Minhas mais profundas condolências aos nossos irmãos e irmãs cristãos ao redor do mundo. O Papa Francisco foi admirado por todos como o Papa do Povo. Ele uniu pessoas, liderando com gentileza, humildade e compaixão. Seu legado viverá em seus bons feitos e ensinamentos."

No Líbano, o presidente cristão Joseph Aoun lamentou publicamente a partida de Francisco, a quem descreveu como "amigo querido e forte apoiador" de seu país, marcado por uma convivência inter-religiosa complexa. "Nunca esqueceremos seus repetidos apelos para proteger o Líbano e preservar sua identidade e diversidade", disse Aoun.

Em nota divulgada pela conta oficial da presidência na rede X, classificou a morte do pontífice como "uma perda para toda a humanidade, pois ele foi uma poderosa voz por justiça e paz", e defensor do "diálogo entre religiões e culturas".

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, também prestou homenagem ao papa, conforme noticiado pela agência oficial Wafa. Chamou-o de "amigo fiel do povo palestino" e afirmou: "Hoje, perdemos um amigo fiel do povo palestino e de seus direitos legítimos". Abbas lembrou ainda que o papa Francisco "reconheceu o Estado Palestino e autorizou o hasteamento da bandeira palestina no Vaticano".

O Irã, por sua vez, também divulgou condolências oficiais.

Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, exaltou as qualidades humanas e espirituais do pontífice: "Um homem de fé profunda e compaixão sem limites."

Papa Francisco foi o primeiro pontífice da história a celebrar uma missa em solo do Oriente Médio - nos Emirados Árabes Unidos, em 2019 - e se destacou por estabelecer uma nova dinâmica nas relações com o mundo islâmico, incluindo visitas emblemáticas à Península Arábica e ao Iraque.

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V de Vingança vai ganhar uma nova adaptação como série de TV. De acordo com a revista Variety, a produção está em desenvolvimento para a HBO, com James Gunn e Peter Safran atrelados como produtores executivos.

A nova série é inspirada na graphic novel escrita por Alan Moore e ilustrada por David Lloyd, originalmente publicada entre 1982 e 1985. A história acompanha o personagem titular, um anarquista que usa uma máscara de Guy Fawkes e elabora uma campanha teatral e revolucionária para matar seus antigos captores e torturadores e derrubar o estado fascista. A história foi adaptada para o cinema em 2005, com Hugo Weaving e Natalie Portman no elenco. A direção do filme é de James McTeigue.

Ainda conforme a Variety, a nova série terá roteiro de Pete Jackson, e Gunn e Safran produzem por meio da DC Studios. O projeto é o mais recente entre as adaptações de selos da DC para o formato seriado. Além de Pinguim, derivada de Batman, a HBO também lançará Lanterns, que vai apresentar os Lanternas Verdes John Stewart (Aaron Pierre) e Hal Jordan (Kyle Chandler). Anteriormente, a emissora também produziu Watchmen, com Regina King, Jeremy Irons e Yahya Abdul-Mateen II.

Uma fã brasileira de Dua Lipa presenteou a cantora com uma cópia do livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. O momento aconteceu no último sábado, 8, durante um show da artista na Argentina.

Bárbara Sousa, administradora de um perfil de fãs de Dua Lipa no Instagram, viajou até Buenos Aires para acompanhar uma das apresentações da turnê Radical Optimism, e levou um cartaz com a frase "Troco um livro por uma selfie".

A proposta chamou a atenção da cantora, que trocou algumas palavras com Bárbara antes de abraçá-la e posar para uma foto. Ela também recebeu o livro em mãos e agradeceu pelo presente.

Dua Lipa, que vem ao Brasil para apresentações a partir do próximo sábado, 15, tem um clube de leitura, chamado Service 95 Book Club, criado por ela em junho de 2023. O clube traz escolhas mensais de leitura escolhidas pela própria cantora britânica. Recentemente, Lugar de Fala, de Djamila Ribeiro, foi listado entre as indicações de "6 livros decisivos que vão mudar a maneira com a qual você pensa no mundo".

Dua Lipa no Brasil

A estrela pop britânica trará a turnê Radical Optism ao Brasil. A artista, que marcou presença no Rock in Rio em 2022, se apresentará em São Paulo, no dia 15 de novembro, no estádio MorumBIS; no Rio de Janeiro, o show será na Área Externa da Farmasi Arena, no dia 22. Os ingressos estão a venda no site da Ticketmaster.

Em Má Influencer, nova série original sul-africana da Netflix, uma mãe solo, BK (Jo-Anne Reyneke), se une a uma influenciadora, Pinky (Cindy Mahlangu), para vender bolsas de luxo falsificadas online. Mas o golpe chama a atenção tanto de uma gangue de falsificadores quanto das autoridades, e elas precisam ser mais espertas do que a polícia e os criminosos caso queiram ganhar dinheiro e não ir para a cadeia.

Em sete episódios, a nova atração aborda temas como a fama nas redes sociais, a cultura - por vezes tóxica - dos influenciadores digitais, além de lealdade e a busca por sobrevivência. A série foi criada e escrita por Kudi Maradzika, com direção de Ari Kruger e Keitumetse Qhali. Atualmente, a produção está entre as mais vistas da Netflix.

Definida pela edição sul-africana da revista Glamour como "parte da nova onda de talentos africanos que estão redefinindo a forma de contar as histórias do continente, e quem pode contá-las", Kudi oferece um ponto de vista particular sobre temas como cultura digital e cultura de influência. Afinal, ela mesma tentou se tornar uma influenciadora em períodos anteriores de sua carreira, e fala de uma perspectiva própria.

"Cheguei até mesmo a ser convidada para eventos de marca", declarou à revista. "Mas, como jornalista de formação, comecei a perceber um mundo muito mais complexo do que as pessoas imaginam."

Depois disso, ela fez parte de um laboratório do Instituto Realness, uma incubadora de projetos de onde a Netflix selecionou filmes e séries de países como Quênia, África do Sul e Nigéria, contratou roteiristas e passou um ano e meio desenvolvendo a história. "Má Influencer explora o quanto as mídias sociais moldam nossa identidade, nossas ambições e nossa bússola moral, especialmente em uma sociedade obcecada por imagem."

Além da fama das redes sociais, Má Influencer também aborda a relação entre tecnologia e crime, sobretudo quando consumidores podem ser enganados por influenciadores em quem confiam ou estratégias de marketing enganosas. A série também aborda as questões morais em torno da origem e do destino do dinheiro das falsificações - tudo isso sob um viés local.

"Os ritmos culturais, o humor e as contradições sul-africanas conduzem a história", declarou Maradzika ao portal nigeriano Nollywood Reporter. "A equipe fixou a história em um mundo que é reconhecidamente nosso."