Favela do Moinho: o que Tarcísio prevê para área no centro e por que situação é tensa no local

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O governo de São Paulo iniciou nesta terça-feira, 22, a remoção das famílias que residem na Favela do Moinho, nos Campos Elíseos, última comunidade ainda de pé no centro de São Paulo. Segundo a gestão estadual, neste primeiro dia, estão previstas 11 mudanças.

O processo tem sido marcado por diversos protestos desde o final de semana. No final da manhã desta segunda, após impasses, ficou acertada que seria possível fazer a mudança de quatro famílias. A associação de moradores ficou de verificar quais estavam prontas para deixar o local.

A comunidade está localizada entre linhas de trens, em uma área murada, com apenas uma entrada e baixa possibilidade de escoamento. Na última década, foram registrados dois incêndios de grandes proporções que deixaram mortos e centenas de desabrigados. Tais características inviabilizaram ao longo dos anos as diversas promessas de regularização da área feitas por gestores públicos.

Investigações também apontam que a comunidade é usada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) como uma "fortaleza" para tráfico de droga no centro da cidade. Segundo o Ministério Público do Estado, criminosos utilizam o espaço para vigiar ações da polícia. A comunidade também é tida como refúgio de bandidos e esconderijo de drogas e armas, além de abrigar a sede do "tribunal do crime" da região.

Cessão do terreno e proposta de parque

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) planeja transformar a comunidade, que hoje abriga quase mil famílias, em um parque, além de criar "um polo de desenvolvimento urbano potencializado para a implantação da Estação Bom Retiro".

A área, entretanto, pertence à União. Para dar conseguir viabilizar o projeto, é preciso que o governo federal aceite ceder o terreno ao Estado - processo pleiteado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH).

O Estadão entrou em contato com a Secretaria do Patrimônio da União e aguarda retorno.

Moradores criticam proposta habitacional

Moradores da comunidade afirmam que as alternativas oferecidas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) têm sido insuficientes, sobretudo para famílias que querem permanecer no centro - há gerações de famílias que cresceram na Favela do Moinho e hoje trabalham ali por perto.

Na semana passada, moradores protestaram em frente à Câmara Municipal. Em nota, a CDHU diz que tem se reunido com lideranças desde o ano passado para apresentar opções de atendimento habitacional.

A gestão estadual alega que disponibilizou mil moradias no centro da capital - em bairros como Brás, Vila Buarque, Campos Elíseos e Barra Funda.

"Quantidade suficiente para atender todas as famílias da comunidade. As demais 499 unidades estão distribuídas por outras regiões da cidade, como Jaraguá, Vila Matilde, Chácara Califórnia, Ipiranga e Cachoeirinha, entre outros. A escolha da moradia é feita por cada família, conforme suas necessidades e vínculos com a região", diz o governo em nota.

Ainda de acordo com a gestão estadual, foram oferecidas unidades em 25 empreendimentos para escolha dos moradores, além da possibilidade de irem ao mercado buscar imóveis para financiamento via Carta de Crédito Individual.

"Nos dois casos, as parcelas comprometem 20% da renda familiar, de acordo com a legislação que rege a política habitacional paulista. Para quem recebe um salário mínimo, o subsídio do Estado chega próximo de 70% do total do valor do imóvel. Famílias cujas unidades definitivas ainda não estão prontas receberão auxílio mudança, no valor de R$ 2,4 mil, e auxílio moradia de R$ 800 a partir do segundo mês. Os valores serão divididos igualmente entre Estado e Prefeitura de São Paulo."

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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que promove o Oscar, divulgou nesta quinta-feira, 26, uma lista com 534 artistas e executivos da indústria convidados para se juntarem à instituição. Entre eles está Fernanda Torres, que neste ano concorreu ao Oscar de melhor atriz por seu trabalho em Ainda Estou Aqui, vencedor na categoria de Melhor Filme Internacional.

"Estamos muito felizes em convidar esta respeitada classe de artistas, tecnólogos e profissionais para se juntar à Academia", diz o comunicado oficial assinado pelo CEO da Academia, Bill Kramer, e pela presidente, Janet Yang. "Por meio de seu compromisso com a produção cinematográfica e com a indústria cinematográfica em geral, esses indivíduos excepcionalmente talentosos fizeram contribuições indeléveis para a nossa comunidade cinematográfica global."

Além de Fernanda Torres, outros nove brasileiros aparecem na lista: os diretores Daniel Filho, Gabriel Mascaro, Daniela Thomas e Eliza Capai e a executiva Giselle Abbud Manzur.

A produtora Maria Carlota Bruno, vencedora do Oscar por Ainda Estou Aqui, também está na lista de convidados a integrar a Academia, assim como Carlos Conti, designer de produção e Murilo Hauser e Heitor Lorega, roteiristas do filme brasileiro premiado.

Veja a lista de brasileiros convidados para a Academia do Oscar:

Fernanda Torres, atriz

Daniel Filho, diretor

Gabriel Mascaro, diretor

Daniela Thomas, diretora

Eliza Capai, diretora

Giselle Abbud Manzur, executiva

Maria Carlota Bruno, produtora

Carlos Conti, designer de produção

Murilo Hauser, roteirista

Heitor Lorega, roteirista

A banda norte-americana Imagine Dragons confirmou o retorno ao Brasil com três apresentações marcadas para o mês de outubro.

Os shows da turnê Loom acontecem no dia 26, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte; no dia 29, na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília; e no dia 31, no Estádio MorumBIS, em São Paulo.

Conhecida por sucessos como Believer, Demons, Thunder e Radioactive, a banda promete performances cheias de energia, com grandes hits e forte conexão com o público.

Formado em Las Vegas, o grupo acumula prêmios, recordes e certificações de diamante, consolidando sua posição como um dos nomes mais importantes do rock contemporâneo.

Quando começam as vendas

Os ingressos estarão à venda exclusivamente pelo site da Ticketmaster.

A pré-venda exclusiva para clientes Santander Select e Private Banking, com cartões elegíveis, será no dia 1º de julho, a partir das 13h no site e às 14h nas bilheterias oficiais (sem taxa de serviço).

Clientes do banco com outros cartões, exceto os de viagens, poderão comprar os ingressos em pré-venda no dia 2 de julho, nos mesmos canais e horários.

A venda de ingressos para o show do Imagine Dragons para o público geral começa no dia 3 de julho. Será permitido comprar até oito ingressos por CPF, limitados a três meias-entradas.

Valores dos ingressos por setor - Belo Horizonte

Cadeira Superior - R$ 270 (meia) | R$ 540 (inteira)

Pista - R$ 290 (meia) | R$ 580 (inteira)

Cadeira Inferior Roxa - R$ 380 (meia) | R$ 760 (inteira)

Cadeira Inferior - R$ 380 (meia) | R$ 760 (inteira)

Pista Premium - R$ 460 (meia) | R$ 920 (inteira)

PIT A - R$ 900 (meia) | R$ 1.800 (inteira)

PIT B - R$ 900 (meia) | R$ 1.800 (inteira)

Valores dos ingressos por setor - Brasília

Arquibancada - R$ 230 (meia) | R$ 460 (inteira)

Pista - R$ 230 (meia) | R$ 460 (inteira)

Cadeira Inferior - R$ 360 (meia) | R$ 720 (inteira)

Pista Premium - R$ 425 (meia) | R$ 850 (inteira)

PIT A - R$ 900 (meia) | R$ 1.800 (inteira)

PIT B - R$ 900 (meia) | R$ 1.800 (inteira)

Valores dos ingressos por setor - São Paulo

Arquibancada - R$ 245 (meia) | R$ 490 (inteira)

Pista - R$ 280 (meia) | R$ 560 (inteira)

Cadeira Superior - R$ 430 (meia) | R$ 860 (inteira)

Cadeira Inferior - R$ 460 (meia) | R$ 920 (inteira)

Pista Premium - R$ 470 (meia) | R$ 940 (inteira)

PIT A - R$ 900 (meia) | R$ 1.800 (inteira)

PIT B - R$ 900 (meia) | R$ 1.800 (inteira)

Malala Yousafzai publicará um novo livro de memórias. Intitulada No Meu Caminho, a obra chega no Brasil pela Companhia das Letras em 21 de outubro, em lançamento simultâneo à edição em inglês.

Este será o primeiro livro da ativista paquistanesa dedicado ao público adulto desde o fenômeno editorial Eu Sou Malala, de 2013, escrito em parceria com a jornalista Christina Lamb.

O best-seller contava como Malala tornou-se mundialmente famosa aos 15 anos, quando foi vítima de um atentado a tiros por denunciar as condições de vida no Paquistão durante a ocupação taleban.

Após sobreviver ao ataque, ela virou um símbolo da luta pelo direito das mulheres e de resistência contra regimes opressores. Aos 17 anos, foi laureada com o prêmio Nobel da Paz, tornando-se a pessoa mais jovem a receber a honraria.

Em No Meu Caminho, Malala - agora com 27 anos - conta a realidade dos anos após o ataque, revelando sua jornada em busca de si mesma em meio ao ativismo e aos rótulos que a sociedade queria impor a ela.

Conforme a sinopse divulgada pela editora, o livro é uma reapresentação de Malala ao mundo, escrito com "humor, sensibilidade e franqueza", ao tratar de temas como amizade, amor, saúde mental e autodescoberta.

Em 2020, Malala formou-se em política, economia e filosofia pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. No ano seguinte, casou-se com o empresário Asser Malik na cidade de Birmingham.

Ela também é autora de versões juvenis e infantis de sua autobiografia, do livro ilustrado Malala e Seu Lápis Mágico e de Longe de Casa: Minha jornada e Histórias de Refugiadas Pelo Mundo, todos publicados por selos da Companhia das Letras.