Corrêa do Lago: 'A agricultura é um tema que o Brasil quer acentuar muito durante a COP30'

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente da COP 30, o embaixador André Corrêa do Lago, afirmou que o Brasil pretende dar protagonismo ao setor agrícola durante a conferência climática que será realizada em Belém (PA), em novembro deste ano, mostrando seu papel para ajudar no combate às mudanças climáticas. "A agricultura é um tema que o Brasil quer acentuar muito durante a COP30", declarou em vídeo exibido durante o evento Rumo à COP 30: O Agronegócio e as Mudanças Climáticas, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) nesta quarta-feira, em São Paulo.

Segundo Corrêa do Lago, a COP será uma oportunidade para o País mostrar como a produção agropecuária nacional pode ser parte da solução frente à crise climática. Ele destacou que, apesar de a agricultura ser tradicionalmente tratada apenas como vítima das mudanças no clima, há espaço para um novo olhar. "A agricultura tem de aparecer como um dos principais elementos, não apenas no que diz respeito às consequências das mudanças climáticas, mas também ao que ela pode trazer de positivo", disse.

O presidente da COP30 defendeu que o setor tem potencial de contribuir com soluções como, por exemplo, por meio da captura de carbono. Ele ressaltou que a conferência em Belém será uma vitrine para o papel do país na segurança alimentar e na transição para uma economia de baixo carbono. "O Brasil é um grande exemplo para o mundo. E é isso que nós temos que mostrar", disse.

Papel estratégico

Indicado pelo governo brasileiro para ser o "climate high-level champion" (campeão climático de alto nível) da COP30, o empresário Dan Ioschpe defendeu que o agronegócio tem papel estratégico no desenvolvimento socioeconômico do País e deve ser parte central da agenda climática. "É difícil para a gente ter uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico no ambiente de sustentabilidade e de boas práticas que não contemple fortemente o agronegócio", afirmou.

Durante o evento Rumo à COP 30: O Agronegócio e as Mudanças Climáticas, promovido pela Abag, Ioschpe também pontuou que a atuação do Brasil frente à emergência climática precisa combinar ações de mitigação com adaptação e resiliência. Para ele, isso não será possível sem alterar o atual modelo de desenvolvimento.

"Vai ser muito difícil evitar grandes danos se nós também não alterarmos o nosso padrão de desenvolvimento socioeconômico. A saída da renda média baixa para uma renda média mais elevada, com boa distribuição, talvez tenha impacto maior na adaptação e resiliência do que todas as ações que a gente possa tomar", defendeu.

Na visão de Ioschipe, o agronegócio já apresenta avanços importantes que podem ser compartilhados com o mundo. Ele citou exemplos como os biocombustíveis, práticas inovadoras na pecuária e o papel central da preservação das florestas. "A agricultura produtiva que o Brasil pode oferecer ao mundo talvez não tenha paralelo. E os biocombustíveis, por exemplo, têm uma função muito importante nas soluções globais de energia", afirmou.

O dirigente destacou, ainda, o potencial transformador dos mecanismos de crédito de carbono, mas advertiu que sua eficácia depende da universalização. "Quanto mais universalizado for, maior o impacto ele terá. É um mecanismo de ajuste entre aqueles que têm condição de contribuir mais e os que têm menos", explicou.

Ioschipe fez ainda um apelo à ciência e à ambição coletiva para que o País aproveite o protagonismo na presidência da COP e avance com soluções concretas. "O Brasil demanda uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico que passe pela sustentabilidade. E aqui nós podemos expandir as cadeias de valor com base nesse modelo", afirmou.

Em outra categoria

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, seguirá sendo homenageada por familiares, amigos e admiradores em missas de sétimo dia marcadas para este sábado, 26, e segunda-feira, 28.

As celebrações religiosas ocorrerão em Salvador e no Rio de Janeiro.

Neste sábado, às 16h, será realizada a primeira missa no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana. O local escolhido é o mesmo que recebeu apoio da artista nos últimos meses, e a cerimônia foi anunciada pela apresentadora Rita Batista, durante o programa É de Casa.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, no Rio de Janeiro, a missa está marcada para segunda-feira, às 19h, na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, em cerimônia aberta ao público.

Velório e cremação

A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

Mais cedo, parentes e amigos participaram de uma última despedida à cantora, que foi velada no Theatro Municipal. A cerimônia foi aberta ao público das 9h às 13h.

Na noite de sexta-feira, 25, o Programa do Ratinho, exibido pelo SBT, promoveu uma homenagem à atriz Regina Duarte, celebrando sua trajetória como um dos nomes mais icônicos da teledramaturgia nacional.

A veterana foi a primeira artista a receber o troféu "Para Sempre Nossa Estrela", honraria criada pela emissora para reconhecer personalidades que deixaram um legado duradouro na televisão brasileira.

A homenagem ocorreu durante uma edição especial do quadro "Boteco do Ratinho", que reuniu convidados e música ao vivo em clima de celebração.

Ao lado de Ratinho, Regina relembrou momentos marcantes de sua carreira, revivendo personagens e produções que a consagraram ao longo de décadas de atuação.

Fora da TV Globo desde que assumiu a Secretaria Especial da Cultura no governo de Jair Bolsonaro, cargo que ocupou por apenas cinco meses em 2020, Regina comemorou o prêmio no Instagram.

Reconhecimento no palco e lembranças da carreira

Durante a conversa com o apresentador, Regina falou sobre sua trajetória, destacou papéis inesquecíveis e relembrou bastidores de novelas que marcaram gerações.

Entre as curiosidades, foi lembrado que, em 1985, a atriz chegou a integrar o elenco do próprio SBT, quando estrelou a série Joana, escrita por Manoel Carlos.

Pouco tempo depois, retornou à Globo para interpretar aViúva Porcina em Roque Santeiro, um dos maiores sucessos da história da teledramaturgia brasileira.

O jornalista e apresentador Leo Dias anunciou oficialmente, na sexta-feira, 25, sua saída do SBT e do programa Fofocalizando, encerrando sua segunda passagem pela emissora.

Ele aceitou uma proposta da Band, onde passará a comandar diversos projetos, incluindo uma nova versão do clássico Cara a Cara, originalmente apresentado por Marília Gabriela entre 1987 e 1994.

A saída do SBT foi anunciada pelo próprio apresentador nas redes sociais. Em tom de gratidão, Leo destacou a importância da emissora para sua carreira e reafirmou que a decisão se deu de forma tranquila e respeitosa.

"É hora de dizer adeus e muito obrigado ao SBT, uma emissora que me proporcionou ser conhecido nacionalmente e onde eu me realizei profissionalmente", escreveu.

Na publicação, ele ainda agradeceu aos colegas de palco e à equipe do programa, lembrando que a evolução do Fofocalizando foi um trabalho conjunto.

Afirmou que sai com a sensação de dever cumprido após a reação de audiência nos últimos meses. Ao lado de Gaby Cabrini, Gabriel Cartolano, Caríucha e sob direção de Márcio Esquilo, Leo comandou o programa no horário vespertino.

A estreia do jornalista na nova emissora ainda não teve data confirmada.