Banqueiros suspeitos de desviar fortunas de clientes para offshore têm quase meio bi bloqueado

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A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quarta-feira, 23, uma operação que mira banqueiros e executivos acusados de desviar dinheiro de clientes para uma offshore em Belize, paraíso fiscal na América Central.

O principal alvo da Operação Floresta Devastada é o banqueiro Nelson Nogueira Pinheiro, do Grupo Brickell e da MRCP Participações, investigado por suspeita de estelionato, fraudes societárias, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O Estadão busca contato com a defesa.

A Justiça de São Paulo determinou o sequestro de até R$ 469 milhões em bens, ativos financeiros e dinheiro dos investigados. Também autorizou buscas em nove endereços em São Paulo e em São Bernardo do Campo (região metropolitana), e a apreensão de obras de arte, joias, dinheiro, documentos, celulares e dispositivos eletrônicos.

O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, considerou que há indícios de lavagem de dinheiro e que a operação é necessária para "alcançar a verdade real dos fatos".

"Está demonstrada, suficientemente, a necessidade da medida para a investigação, bem como a urgência e a situação de risco de lesão ao objeto jurídico tutelado, a justificar a busca nos endereços requeridos", diz a decisão que autorizou a operação. O Estadão teve acesso à decisão.

O inquérito foi instaurado há dois anos, em abril de 2023. Segundo a Polícia Civil, recursos investidos no FPB Bank, do Grupo Brickell, foram desviados para a empresa Infiniti Investment (antiga Pine Corporate Investment Inc), sediada em Belize, sem autorização dos investidores, e nunca foram devolvidos.

Após a transferência dos recursos, uma rede de empresas era usada para operar transferências fraudulentas e incorporar o dinheiro ao patrimônio do banqueiro e de seus familiares e sócios, dificultando a localização dos ativos.

"Os elementos reunidos no inquérito policial evidenciam a existência de um esquema sistemático de fraudes, com a utilização de empresas offshore, estruturas societárias e manobras processuais voltadas à ocultação patrimonial e à dilapidação dos direitos dos credores", afirma o delegado Luciano Samara Tuma Giaretta em representação à Justiça.

Além disso, de acordo com a Polícia Civil, Nelson Pinheiro deu entrada em um pedido de recuperação extrajudicial como estratégia para blindagem patrimonial, omitindo diversas empresas sob seu controle.

Um dos investidores teve R$ 78 milhões desviados. Outro teve um rombo de R$ 50 milhões. Segundo a Polícia Civil, há outras vítimas com prejuízos milionários.

Nelson Pinheiro foi sócio do irmão, Norberto Pinheiro, no Banco Pine. Ao deixar a sociedade, estruturou o Grupo Brickell, integrado pelo FPB Bank, com sede no Panamá, e por empresas brasileiras. Embora formalmente sediado no exterior, o FPB Bank realizava operações no Brasil sob a supervisão direta de Nelson e de seus associados, incluindo familiares, segundo a investigação.

A Polícia Civil afirma também que ele "mantém um padrão de vida ostensivamente luxuoso, possivelmente financiado com os recursos obtidos ilicitamente".

Os executivos Celina Daiub Pirondi Tedesco, Elizabeth Costa Lima, Edson Paulo Fanton, Edsel Okuhara e Eduardo Rosa Pinheiro, filho de Nelson, também são investigados.

O inquérito foi instaurado com a finalidade de apurar estelionato, em decorrência de uma notícia de fato do Ministério Público estadual, relatando que a Brickell Participações S.A. teria "intentado perpetrar o delito mediante o ajuizamento fraudulento de pedido de recuperação judicial". O pedido não foi recebido pela Justiça "ante a constatação" de indícios de fraude nas demonstrações contábeis e de ocultação patrimonial estimada em meio bilhão de reais.

Segundo a investigação, a Brickell mantém vínculos com FPB Bank, instituição de capital brasileiro implicada em investigações da Operação Lava Jato, por suposta atuação como plataforma ilícita de lavagem de capitais no exterior, sem autorização legal.

Os investigadores destacam que em paralelo ao escândalo internacional conhecido como Panamá Papers, "o gestor do FPB Bank, Nelson Pinheiro, teria promovido o desvio dos ativos pertencentes a seus clientes para contas sediadas em outros paraísos fiscais, ocasionando o prejuízo financeiro apontado".

A operação desta quarta, 23, abrange a apreensão judicial de R$ 469,.098 milhões, valores mantidos em contas bancárias vinculadas a 39 pessoas físicas e jurídicas "relacionadas ao esquema criminoso". Também foi decretado o arresto de 18 imóveis.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

O Estadão busca contato com os citados.

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A ex-BBB Kerline Cardoso publicou nas redes sociais fotos que mostram seu rosto inchado e curativos no nariz após fazer uma rinoplastia. "Foram dois anos programando esse dia", escreveu a influenciadora de 32 anos, que também participou do reality A Fazenda 14, da Record. Foi a segunda cirurgia da ex-Big Brother, que já havia passado há alguns anos por um procedimento cirúrgico no nariz para ajustes funcionais (não estéticos).

Em publicações no Instagram no sábado, 26, Kerline explicou os motivos da rinoplastia que a "obrigava" a corrigir constantemente o formato do nariz em aplicativos de edição. "Realizei minha tão sonhada rinoplastia após anos esperando o momento certo", comemorou Kerline.

Nas postagens, ela deu detalhes sobre pós-cirúrgico, como o fato de ter de limpar o nariz 10 vezes por dia, não poder lavar os cabelos em casa e a vontade de se livrar dos adesivos que imobilizam seu rosto.

Renato Aragão concedeu uma rara entrevista de longa duração ao canal de YouTube Inteligência Ltda., publicada na noite de sexta-feira, 26. Depois de ter completado 90 anos de idade, no início deste ano, o humorista se acostumou a dar apenas declarações curtas e pontuais à imprensa.

Em determinado momento, o apresentador Rogério Vilela perguntou: "Eu já vi o pessoal dizendo que a Lílian [Aragão, sua mulher] é muito controladora. É verdade ou não?".

Renato respondeu, com bom humor: "É verdade. [Ela] controla tudo. Só não controla os meus passos porque ela tem outro passo para andar, se não ia junto também [Risos]. Parceirona em tudo, tudo que eu faço."

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A mãe do apresentador Ratinho, Maria Talarico Massa, morreu aos 93 anos. Ela também era avó do governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Jr., o Ratinho Jr (PSD).

"É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de Maria Talarico Massa, mãe do apresentador e empresário Carlos Roberto Massa, o Ratinho", diz nota oficial.

A informação foi divulgada pelo Grupo Massa, fundado pelo apresentador do SBT, no sábado 26. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Depois, Ratinho agradeceu o apoio de amigos e fãs. "Perder minha mãe, Dona Maria, é uma dor imensa, uma parte de mim se vai com ela. Mas ver tanto carinho vindo de vocês nos conforta e fortalece", escreveu no X (antigo Twitter).

No dia 24 de junho, Ratinho postou um vídeo ao lado de Dona Maria, como era carinhosamente chamada pelo filho, no hospital em que ela estava internada. No vídeo o apresentador brincava com a mãe, dizendo que ela não aguentava mais ficar no hospital e que iria "arrebentar tudo" caso não fosse liberada logo para que pudesse voltar para casa.

Ratinho postou homenagem à mãe em suas redes sociais na madrugada do sábado. "Dona Maria é foi meu maior exemplo, meu abrigo, minha alegria", escreveu em postagem feita em seu perfil no Instagram. "Que Deus retribua todo esse carinho recebido por nossa família. Seguiremos honrando sua memória com o mesmo amor que ela sempre nos dedicou".

Nos comentários, famosos deixaram mensagens de conforto ao apresentador. Tom Cavalcante, amigo de Ratinho, escreveu: "Descanse na Luz de Cristo Mãezinha! Meus sentimentos amigo Ratinho e familiares! Adriane Galisteu comentou na postagem "Todo meu amor".

Dona Maria era avó do governador do Paraná, Ratinho Jr., que também deixou um registro carinhoso nas redes. "Descanse em paz vó Maria, obrigado pela família linda que a senhora construiu", escreveu Ratinho Jr., na legenda de uma foto publicada em seu perfil no Instagram.