Governo Lula entrega PEC da segurança pública ao Congresso após quase um ano de discussões

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Após quase um ano de rodadas de discussões e vai-e-vém para aparar arestas, o governo Lula entregou ao Congresso nesta quarta-feira, 23, a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC da Segurança Pública. O projeto é a principal aposta do Executivo para o setor.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, entregaram a PEC aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), num evento no Palácio do Planalto. A tramitação do texto deve ser áspera: a oposição abriu uma trincheira contra o projeto antes mesmo de ele ser protocolado.

A PEC amplia as atribuições da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) para fortalecer o combate a facções criminosas, inclui na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e os fundos nacionais de financiamento do setor, fixa as atribuições das guardas municipais e prevê a criação de corregedorias e ouvidorias dotadas de autonomia funcional.

Após a reunião no palácio, Lula definiu a PEC como "uma posição muito sábia, que não quer interferir na responsabilidade e na autonomia de cada Estado na segurança pública", e afirmou que o projeto visa impedir "que o povo continue andando assustado" pelas ruas das cidades. Lewandowski reforçou a ressalva e enalteceu o ineditismo da proposta:

"Pela primeira vez na história republicana deste país, o governo federal resolve assumir a sua parte de responsabilidade em um problema extremamente complexo, que até hoje estava entregue aos Estados em grande parte, e em menor parte aos municípios. Essa PEC abre uma oportunidade para que o Congresso, depois de 36 anos de vigência da Constituição Federal, revisite esse delicado capítulo da segurança publica", afirmou o ministro.

Motta, por sua vez, disse que a proposta deve começar a tramitar nesta semana, e que não há uma pauta hoje que faça a "sociedade brasileira gritar mais por uma solução" do que a da segurança pública.

"Nós tivemos na semana retrasada a oportunidade de receber na residência da Câmara o ministro Lewandowski, onde houve uma apresentação prévia sobre os pontos da PEC. E eu diria que a PEC foi muito bem recebida. Estavam lá desde os líderes da oposição até os da situação. Pela abragência do tema, o Congresso fará amplo debate sobre a PEC. Daremos total prioridade à PEC", afirmou o presidente da Câmara.

Já Alcolumbre teceu elogios aos participantes presentes e sugeriu a criação de um grupo de trabalho unificado entre Câmara e Senado para deliberar sobre proposições relativas à segurança pública.

O texto começou a ser elaborado na gestão Lewandowski, empossado em fevereiro de 2024. Em junho, Lula recebeu a minuta com as linhas gerais da proposta, que previa fortalecer as polícias federais para combater grupos criminosos.

Em 1º de novembro, passadas as eleições municipais, o presidente reuniu governadores para discutir a PEC. A reação negativa de opositores ao governo federal, como o goiano Ronaldo Caiado (União), escancarou as dificuldades que o projeto poderia enfrentar no parlamento. Associações de policiais vieram a público para detonar o texto.

A principal crítica da oposição - de que a PEC esvaziaria as atribuições das políciais estaduais, principalmente a Civil e a Militar - levou Lewandowski a incorporar sugestões. Como o Estadão antecipou na ocasião, o novo texto passou a reforçar a autonomia dos Estados no combate ao crime, deixando claro que uma eventual invasão de competência das polícias estaduais não aconteceria.

A versão atualizada foi divulgada à imprensa pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em 15 de janeiro. Além das linhas gerais, o documento trazia a PRF rebatizada como Polícia Viária Federal, que passaria a fazer o policiamento ostensivo em ferrovias e hidrovias federais, além das rodovias. As sugestões de ordem infraconstitucional, isto é, que podem ser resolvidas por meio de projetos de lei ou decretos, por exemplo, ficaram de fora. A ideia do governo é que regulamentações sejam ajustadas no futuro, de forma pontual.

Em 8 de abril, Lewandowski apresentou a PEC ao Congresso. No mesmo dia, apesar dos esforços do Executivo para aparar arestas do texto e ganhar apoio até da oposição, lideranças do Partido Liberal (PL) do ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a centrar fogo na proposta, que nem havia sido protocolada.

A reação veio em série. A Comissão de Segurança Pública da Casa aprovou um requerimento, de autoria do líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), convidando Lewandowski a se explicar sobre a PEC. O presidente do colegiado, Paulo Bilynskyj (PL-SP), afirmou que o governo federal quer "intervir nos Estados" e que o ministro quer "transformar a PRF numa guarda bolivariana". Já o deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), coordenador da chamada de "bancada da bala", disse que a PEC era inócua em combater a criminalidade.

A partir de agora, a PEC deve ser apreciada por uma comissão especial da Câmara, ainda sem presidente nem relatoria. Ainda deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pela Comissão de Segurança Pública, antes de ir a votação no plenário.

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Carol Peixinho e Thiaguinho revelaram nesta quarta-feira, 23, o sexo e o nome do primeiro filho. A celebração aconteceu na noite anterior, durante um chá intimista com a presença de amigos próximos e familiares.

A descoberta foi feita após uma brincadeira de "caça às pistas" que levou os dois à revelação, quando o cantor recebeu um spray de cor verde, indicando que estão esperando um menino.

Enquanto o casal liberava a fumaça, os convidados comemoraram e gritaram o nome do bebê, que já está escolhido: Bento.

Em publicação nas redes sociais, Carol e Thiaguinho agradeceram o carinho e disseram estar muito felizes com o momento.

"O amor cresceu, se multiplicou, e agora tem nome", escreveram na legenda do vídeo que mostra a reação de ambos.

O cantor e a influenciadora digital anunciaram a gravidez no fim de março, também pelas redes sociais. Na ocasião, compartilharam uma mensagem emocionante sobre a nova fase: "Nosso amor transbordou e agora somos três!", escreveram ao lado de uma imagem da ultrassonografia.

O casal, que está junto há três anos e meio, recebeu apoio dos fãs e seguidores, que não pouparam elogios e mensagens de carinho para os futuros papais.

A cearense Renata Saldanha foi a grande campeã do Big Brother Brasil 25, que chegou ao fim na noite desta terça-feira, 22. Além do prêmio final no valor de R$ 2,72 milhões, a bailarina também levou para casa outros prêmios, conquistados ao longo da temporada.

Entre esses prêmios está um carro zero, cujo valor é estimado em R$ 300 mil, anunciado na final de ontem.

Além disso, Renata ganhou R$ 10 mil, R$ 10 mil em compras online e um apartamento no valor de R$ 260 mil, obtido após a vitória em uma prova do líder.

Somados, os prêmios conquistados pela bailarina podem chegar a R$ 3,3 milhões.

O prêmio final do BBB 25 foi definido pelo Pegar ou Guardar, novidade da edição.

Nesta nova dinâmica, os participantes escolhidos por alguns eliminados tinham a chance de pegar uma quantia em dinheiro e impor uma consequência à casa ou guardar esse dinheiro para o prêmio final.

Terceiro colocado do BBB 25, João Pedro afirmou que, apesar de ter jogado ao lado de Renata durante boa parte do programa, sua conexão era mais forte com Vinícius.

"Por mais que a Renata sempre tenha jogado comigo e com o meu irmão, eu considero mais o Vinícius", disse. Segundo ele, o brother do grupo rival foi quem mais o escutou nos momentos difíceis do confinamento.

João explica por que não rompeu com Renata

Ainda que tenha revelado preferência pessoal por Vinícius, João Pedro manteve-se ao lado do grupo do quarto Fantástico até o fim da temporada. Segundo ele, a decisão foi estratégica. "A casa já estava dividida e não tinha como mudar de grupo naquele momento. Se eu trocasse de lado, seria colocado no Paredão na mesma hora", afirmou.

O relacionamento com Renata, no entanto, passou por momentos de tensão, especialmente após o retorno da sister da Vitrine do Seu Fifi. "A conduta dela me magoou e magoou o meu irmão também", disse João Pedro. Um dos principais pontos de desgaste foi a desconfiança da aliada sobre suas decisões no jogo. "Ela não confiava mais em mim", afirmou.

Segundo João, Renata chegou a questioná-lo repetidamente sobre sua intenção de voto, mesmo após ele já ter respondido. "A Renata ficou me perguntando umas cinco vezes na semana. Eu falei: 'Renata, você não acredita em mim?'", relembrou. Ele também destacou que esperava mais confiança da sister. "Você se aproximou de nós. Então, se você se aproximou de nós, você confia em nós."

Apesar do atrito, os dois conversaram nos dias seguintes. "A gente se resolveu, a gente já conversou e está tudo bem", concluiu.

João Pedro avalia o que o manteve no jogo

Resolvido o atrito com Renata, João Pedro avançou no jogo praticamente sem ser alvo. Terminou o BBB 25 com um dos menores índices de votação interna da temporada. Em 100 dias de confinamento, recebeu apenas um voto, da própria Renata, que justificou a escolha como uma forma de "jogar o voto fora". Para o goiano, o segredo foi a forma como se relacionou com os colegas.

"Acho que foi meu carisma mesmo, o meu jeito de ser, tanto fora quanto lá dentro da casa", avaliou. Ele afirmou que integrantes de todos os grupos o consideravam "a última opção de voto". "As pessoas falavam que não votavam em mim por eu ser uma pessoa humilde, gente boa, um moleque de carisma", completou.