Desmatamento na Amazônia Legal cresce 18% a poucos meses da COP30, diz estudo

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A Amazônia Legal teve um aumento de 18% no desmatamento acumulado de agosto de 2024 a março de 2025, em comparação ao período anterior (de agosto de 2023 a março de 2024), segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) divulgados na quinta-feira, 24.

A área desmatada, de 2.296 km², se aproxima à da cidade de São Paulo somada aos municípios do ABC, e é a sexta maior da série histórica para o período, segundo o Imazon.

Procurado pelo Estadão, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu até a publicação desta reportagem.

A tendência de alta indicada pela ferramenta pode ser especialmente preocupante no ano em que o Brasil recebe a COP30, que será realizada em novembro em Belém.

O combate ao desmatamento é uma das principais bandeiras ambientais do governo Lula, que mira o compromisso do País de zerá-lo até 2030 para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Área degradada aumentou mais de quatro vezes

Enquanto o desmatamento consiste na remoção total da cobertura vegetal, a degradação florestal é ocasionada pelas queimadas e extração madeireira, que impactam a biodiversidade, a produção de água e o estoque de carbono da floresta, mesmo quando parte dela permanece em pé.

O processo de degradação também facilita a entrada de novos incêndios na mata.

Segundo os dados do Imazon divulgados nesta quinta-feira, a área degradada da Amazônia foi de 34.013 km² no período de agosto de 2024 a março de 2025, uma área 329% - ou seja, mais de quatro vezes - maior em comparação ao acumulado de agosto de 2023 a março de 2024.

O instituto relaciona a alta exponencial na degradação às queimadas que atingiram grandes áreas da floresta amazônica em 2024.

De outubro de 2024 a março de 2025, a área degradada na Amazônia se estabilizou, mas se mantém em um patamar historicamente alto.

Ao longo de 2024, a Amazônia teve a maior taxa de degradação em 15 anos, segundo dados do Imazon.

Ações precisam ser mais estratégicas, diz pesquisadora

O acumulado considera os primeiros oito meses do "calendário do desmatamento", período de agosto a julho, definido em função da estação chuvosa do bioma (de novembro a maio). Historicamente, as maiores taxas de desmatamento no período mais seco (de junho a outubro), por ser mais difícil desmatar, queimar e extrair madeira com chuva). Para a comparação ser justa, o monitoramento mensal compara os números ao mesmo mês do ano anterior.

O SAD é uma ferramenta do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) que monitora mensalmente o ritmo do desmate e da degradação florestal na região e se baseia em imagens dos satélites Landsat 7 e 8, da Nasa, e Sentinel 1A, 1B, 2A e 2B, da Agência Espacial Européia (ESA).

Para a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, a intensificação das ações de combate e controle nos anos recentes preveniu uma situação mais grave. "O Brasil retomou a pauta ambiental, caso isso não tivesse acontecido a situação do desmatamento e da degradação florestal poderia estar mais crítica", pondera.

Ela afirma que ainda há tempo para reverter o cenário de alta - o período mais seco, com maiores taxas de desmate, começa em junho -, mas é preciso "focar em ações mais estratégicas, direcionando os esforços para as áreas mais pressionadas", diz. Pará, Mato Grosso e Amazonas tiveram no período os maiores aumentos nas áreas desmatadas e degradadas.

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Três anos depois do lançamento oficial da música, o Titãs lançou o clipe de São Paulo 1, música que faz parte do disco Olho Furta-Cor, de 2022. Dirigido por Arnaldo Belotto, o vídeo foi produzido com o uso de inteligência artificial, que recria o caos da capital paulista que dá nome à faixa.

"Resolvemos fazer esse clipe porque recebemos um convite do Arnaldo Belotto - aliás, nome curioso esse, né? [o nome do diretor remete aos nomes de Arnaldo Antunes, ex-Titã, e Tony Bellotto, guitarrista da banda]", disse Sérgio Britto à Rolling Stone. "Ele me contatou com a ideia de fazer algum trabalho conosco e me mandou de exemplo dois clipes que ele tinha feito com inteligência artificial. Arnaldo sugeriu São Paulo 1 e logo compartilhei com Branco [Mello] e Tony."

Branco diz que o clipe tem inspiração no filme Metrópolis, de 1927, M, o Vampiro de Dusseldorf, de 1931, dirigidos pelo austríaco Fritz Lang, com imagens antigas da cidade de São Paulo. "Isso tudo editado no tempo acelerado da música em preto e branco, com alto contraste, meio punk, uma homenagem a São Paulo e ao poeta Haroldo de Campos."

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Antes de aparecer na novela, Luiz Bertazzo atuou no filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles.

No longa, ele interpreta Schneider, o agente que prende Rubens Paiva, papel de Selton Mello. O filme teve estreia no Festival de Veneza, é protagonizado por Fernanda Torres e venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

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A 55ª edição do Troféu Imprensa terá exibição simultânea na TV aberta e no streaming. A premiação que vai ao ar no dia 4 de maio, às 19h, será transmitida ao mesmo tempo pelo SBT e pelo Disney+.

A parceria é inédita, e marca a primeira edição do prêmio desde a morte de Silvio Santos, em agosto de 2024. A cerimônia foi realizada nesta quarta-feira, 23, e contou com as presenças de Mateus Solano, Regina Duarte, Angélica, Nicolas Prattes, Fátima Bernardes, Chitãozinho e Xororó e Tatá Werneck, entre outros.

A premiação contempla os melhores de 2024, em 21 categorias como melhor jornal, melhor talk show ou programa de entrevista, melhor novela e revelação.

Os campeões são escolhidos por um júri, que desta vez foi formado por Felipeh Campos, Kelly Miyashiro, Esther Rocha, Hugo Gloss, Chico Barney, Sandro Nascimento, Fabrício Pelegrino, José Armando Vanucci, Flávio Ricco, Ricardo Feltrin, Leo Dias e Sonia Abrão. Há também a votação popular, que concede aos vencedores o Troféu Internet.