Vítima de trabalho análogo à escravidão é obrigada a tatuar iniciais de patrões em MG

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Duas pessoas submetidas a condições análogas à escravidão foram resgatadas na cidade de Planura, na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais, em uma ação envolvendo o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal. Uma das vítimas chegou a ser obrigada a tatuar as iniciais dos patrões como símbolo de posse. Três pessoas foram presas.

Batizada de Operação Novo Amanhã, a ação foi divulgada pelo MTE nesta sexta-feira, 25. Ela foi realizada entre os dias 8 e 15 de abril, a partir de uma denúncia registrada no canal Disque 100 indicando sinais de trabalho forçado, cárcere privado, exploração sexual e violência física e psicológica.

Durante a inspeção, os auditores identificaram que as vítimas - um homem homossexual e uma mulher transgênero, ambos do Uruguai - foram aliciadas por meio de redes sociais e traficadas para a região, onde foram submetidas a jornadas exaustivas, sem pagamento de salário e em condições precárias de moradia.

"Os empregadores usavam plataformas para abordar pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e afetiva, prometendo falsas oportunidades de trabalho, moradia e acolhimento. As abordagens exploravam principalmente membros de comunidades LGBTQIAPN+, com o objetivo de estabelecer vínculos de confiança e, posteriormente, promover situações abusivas e degradantes", afirma o MTE em nota.

De acordo com o órgão, um dos resgatados foi mantido por cerca de nove anos como empregado doméstico, sem registro em carteira e sofrendo diversos tipos de violência - física, sexual e psicológica.

"Marcas de agressões físicas foram identificadas e confirmadas por testemunhas, e há indícios de outras formas de violência, como exploração sexual e extorsão", diz a Polícia Federal.

A outra vítima chegou a sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no período em que esteve na casa dos patrões, "possivelmente causado pelo estresse e pelas violências presenciadas", de acordo com o MTE.

Três homens identificados como empregadores foram presos em flagrante e encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça. Foram apreendidos celulares, notebooks e pen drives, e o caso segue em investigação.

As vítimas estão sendo acolhidas pelas Clínicas de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), que oferecem assistência médica, psicológica e jurídica.

Denúncias

Denúncias sobre violações de direitos humanos podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100, com ligação gratuita e atendimento 24 horas por dia, a partir de qualquer telefone fixo ou celular. Casos de trabalho análogo à escravidão também podem ser denunciados pelo Sistema Ipê do Ministério do Trabalho e Emprego.

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A dupla Sá & Guarabyra anunciou no último sábado, 26, o fim do grupo após mais de cinco décadas de trajetória.

Em comunicado divulgado nas redes sociais, Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra informaram que a separação ocorre por "causas naturais", sem desentendimentos ou brigas. Segundo os músicos, o fato de residirem há anos em estados diferentes contribuiu para o afastamento gradual e a formação de novos vínculos musicais com parceiros locais.

Apesar da decisão, Sá & Guarabyra ainda farão quatro apresentações, entre 31 de maio e 25 de setembro, em São Paulo, São Bernardo do Campo, Belo Horizonte e Itajaí, no interior de Santa Catarina.

A dupla teve forte presença em trilhas sonoras de novelas, assinando temas como Roque Santeiro e Verdades e Mentiras. Além disso, são autores da canção Dona, popularizada pelo Roupa Nova. Em 1990, voltaram a se destacar na trilha de Pantanal com a música Estrela Natureza.

A cantora Preta Gil, que está em tratamento contra um câncer, fez uma participação especial no show de seu pai, Gilberto Gil, neste sábado, 26, no estádio Allianz Parque, em São Paulo.

Juntos, eles cantaram a música Drão, hit escrito por Gil para a mãe de Preta, Sandra Gadelha. Durante a performance, o músico de 82 anos chorou muito.

Preta recebeu recentemente alta hospitalar depois de um período internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ela luta contra um tumor no intestino desde 2023.

Outro convidado especial do show foi Nando Reis, que cantou com Gil o tema A Gente Precisa Ver o Luar. A apresentação na arena palmeirense foi a última do artista baiano em solo paulista. Agora, ele retoma a turnê de despedida Tempo Rei no dia 31 de maio, no Rio de Janeiro.

Tony Ramos interpretou Roberto Marinho, que herdou o jornal O Globo de seu pai e fundou a TV Globo em 1965, na novela Garota do Momento. O capítulo foi ao ar neste sábado, 26, em que diversos programas celebram os 60 anos da inauguração da emissora.

Na trama, ele comparece à transmissão de um programa de Alfredo Honório (Eduardo Sterblitch). Ao fim da atração, o personagem sugere que Marinho compre um horário na TV Ondas do Mar para a exibição de um telejornal diário.

"Alfredo, é uma ótima ideia, sem dúvida. Mas eu aceitei seu convite para vir aqui e conhecer esse estúdio justamente porque eu pretendo fundar a minha própria emissora de televisão", diz Roberto. Alfredo pergunta sobre qual será o nome, e vem a resposta: "Rede Globo de Televisão". Em seguida, tocou em uma campainha, que fez o característico "plim plim".

Depois da cena, foi exibido um trecho dos bastidores de Garota do Momento em que Tony Ramos é entrevistado sobre viver o personagem: "Imaginem você representar a história de um homem que, aos 62 anos, cria a TV Globo. Claro que me assustei."

"Falei: 'Não sou parecido'. 'Mas vamos ter uma caracterização'. Não tenho essa obrigação de ser igual ao seu Roberto. Para mim, foi fundamental reproduzir o espírito de um homem visionário e comunicador", relatou.