SC pede ajuda ao Ministério da Saúde para repor kit de entubação em hospitais

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A Secretaria de Saúde de Santa Catarina solicitou ao Ministério da Saúde envio de medicamentos do chamado "kit entubação", que inclui lidocaína, atracúrio, propofol 1%, midazolam, morfina, dexmedetomidina, haloperidol, entre outros, essenciais para o tratamento de pacientes graves da covid-19. A informação foi confirmada pelo órgão na tarde desta segunda-feira, 8. O comunicado ao ministério foi feito em 23 de fevereiro, quando o Estado relatou a falta de medicamentos.

A falta de insumos vem sendo reportada por hospitais catarinenses desde a 2ª quinzena de fevereiro, quando a ocupação de leitos aumentou até chegar ao limite da capacidade. "O uso por bloqueadores neuromusculares (usados para intubação de pacientes) aumentou 2.000% em Xanxerê", disse Neusa Luiz, presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina, e diretora do Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, no oeste catarinense.

"Os hospitais, normalmente, trabalham com uma margem de 15 dias de estoque de segurança, mas a situação está bastante complicada. Além do aumento no uso, também temos elevação de 150% nos custos desses medicamentos."

O Hospital Florianópolis, referência para tratamento da covid-19, é uma das unidades que relatou ao Estado risco de desabastecimento dos remédios que compõem o kit entubação. O prefeito de Brusque, em solicitação enviada no dia 25 de fevereiro, disse que a necessidade pelos medicamentos é uma "demanda crucial".

A crise gerada por um novo pico da pandemia em Santa Catarina parece não dar sinais de arrefecer. O número de pacientes na fila de espera por uma UTI tem aumentado diariamente há duas semanas. Nesta segunda, pelo menos 388 pessoas aguardam vaga na terapia intensiva.

A falta de leitos obrigou o Estado a enviar pacientes para o Espírito Santo e também a fazer remanejamento de vagas nas unidades de saúde do Estado, inclusive com a compra de leitos na rede privada. Mesmo assim, Santa Catarina ainda registra mortes de pessoas que aguardavam transferências. O secretário de Saúde, André Motta, nega desassistência médica nesses casos e resiste à adoção de medidas mais restritivas de isolamento.

O Estadão confirmou que, em diversas unidades, pacientes estão sendo entubados em emergências e em alas improvisadas nas unidades. Só no Hospital São Paulo, de Xanxerê, 27 pessoas morreram desde fevereiro à espera de um leito de UTI. Em Chapecó, das 33 mortes em leitos normais registradas na cidade, 31 ocorreram este ano, após a oferta de vagas de UTIs.

A reportagem tem solicitado reiteradas vezes ao governo estadual o número de pessoas que morreram com pedidos de transferências no sistema de regulação, mas o Estado tem se negado a dar esta informação.

Nesta segunda-feira, pela primeira vez em 15 dias esse número de pessoas com o vírus ativo caiu. Mesmo assim, são mais de 33 mil pessoas nessa condição, ou seja, com potencial de transmissão. Na sexta-feira, 5, o Estado chegou a 45 mil infectados ativos.

Outro insumo importante para o tratamento da covid, o oxigênio, também teve grande aumento no consumo nas últimas semanas: na ordem de 66%, segundo informou um dos fornecedores, a White Martins.

O Estado já soma 8.062 mortes por covid-19 desde março de 2020, sendo que 25% dessas mortes ocorreram nos primeiros meses de 2021.

Questionada, a Secretaria de Saúde do Estado não informou se o ministério atendeu às solicitações para envio de medicamentos do kit entubação. O órgão também não forneceu detalhes sobre o estoque atual e se já há desabastecimento em alguma unidade. Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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O Troféu Imprensa 2025 divulga sua lista de vencedores no SBT na noite deste domingo, 4. Durante a cerimônia, os apresentadores Patricia Abravanel e Celso Portiolli conversaram com Carlos Alberto de Nóbrega, que comanda o humorístico A Praça É Nossa, que recebeu o Troféu Imprensa Pela História por conta de sua trajetória na TV.

Ele se emocionou ao relembrar os passos do pai, Manoel de Nóbrega: "A Praça é a minha vida, porque eu pude continuar um trabalho que o meu pai teve só 14 anos [para fazer], coitado. Eu tô há 38 fazendo. E sempre que eu entro eu me lembro dele".

Na sequência, recordou a importância de Silvio Santos para trazê-lo ao SBT em 1987. "[Foi] a maneira que achei para dizer 'muito obrigado' para o Silvio pelo que ele fez pelo meu pai - Porque todo mundo fala o que meu pai fez pelo Silvio, ninguém fala sobre o que o Silvio fez pelo meu pai. Eu sei."

"Vou dar o meu melhor. No dia que a Praça acabar, não sei, eu vou junto", continuou. Em outro momento, brincou, fazendo referência a Daniela Beyruti, filha de Silvio e presidente do SBT: "Estou aqui há 38 anos e espero ficar mais, viu dona patroa? [Olhou na direção de Daniela] Eu quero fazer 90 anos aqui! [Risos]".

Patricia Abravanel valorizou o prêmio dado a Carlos Alberto de Nóbrega: "É um troféu pela sua história. Você está sendo o primeiro a ganhar um troféu pela sua história, dedicação ao entretenimento, ao humor, à televisão brasileira."

O ator David Harbour passou pelo Brasil em novembro do ano passado, quando participou da conferência D23, da Disney, e falou ao Estadão sobre o que os fãs podiam esperar de Thunderbolts*, novo filme da Marvel que acaba de estrear nos cinemas brasileiros.

Contido e com medo de spoilers, o ator bateu na tecla de que o longa mudaria o rumo da Casa das Ideias - uma conversa que, no final das contas, acaba surgindo sempre em entrevistas com atores da Marvel. Mas, algo chamou a atenção: a devoção de Harbour a Florence Pugh.

Espontaneamente, o Jim Hopper de Stranger Things falou sobre a colega de elenco. Vale ressaltar que, até aquele momento, não estava claro quem seria o protagonista do filme.

"Acho que uma das coisas de que mais gosto em Thunderbolts* é que a Florence Pugh é a líder do filme. Acho que ela tem uma força e uma presença. É provavelmente a melhor atriz entre nós", afirmou Harbour, de maneira muito franca. "Fico feliz em ser ator coadjuvante para uma mulher como ela. É menos sobre diversidade e mais sobre capacidade".

Agora, com Thunderbolts* finalmente nas telonas, dá para notar duas coisas: Florence Pugh é realmente uma atriz extraordinária, elevando a qualidade do filme para outro patamar, e Harbour parece realmente uma pessoa feliz em ser a "escada" do elenco.

O papel de Guardião Vermelho

No novo longa-metragem da Marvel, ele interpreta novamente o Guardião Vermelho, herói da época da União Soviética e que também é o emocionado pai da personagem de Pugh. Aqui, ele passa a fazer parte desse time de anti-heróis ao lado de Yelena (Pugh), Soldado Invernal (Sebastian Stan), John Walker (Wyatt Russell) e Fantasma (Hannah John-Kamen).

Nessa equação toda, Harbour é o mais coadjuvante de todos. Pugh é a protagonista absoluta, Stan tem o peso de já fazer parte do universo há bons anos, Wyatt ganha pontos pelo arco dramático em Falcão e o Soldado Invernal e John-Kamen também sai um pouco à frente por já ter aparecido como vilã de Homem-Formiga e a Vespa. Já Harbour apareceu em Viúva Negra, mas nunca assumindo um posto de peso.

Ainda assim, Harbour é uma das almas de Thunderbolts* - e ajuda o filme a ser realmente bom, livrando um peso das costas da Disney. No novo filme, o norte-americano é o alívio cômico da coisa toda, interpretando esse russo exagerado e histriônico que tenta ter mais proximidade com a filha. Não há grande dramaticidade ou momentos importantes do astro.

"Não quero dar nenhum detalhe a mais. Acho que vocês deveriam ver o filme com uma mente aberta, sem expectativas, e então vão perceber que ele realmente se encaixa no universo, mas o leva para uma direção diferente, o que é divertido", explicou o ator ao Estadão, também em novembro, sem dar pistas exatas sobre seu papel de fato no filme.

Especialista em papéis secundários memoráveis

Harbour construiu uma carreira sólida aparecendo em papéis secundários que, invariavelmente, roubam a cena. Antes de seu grande momento como Jim Hopper, ele já havia demonstrado esse talento em obras como O Segredo de Brokeback Mountain (2005), onde interpretou um personagem pequeno mas marcante.

Na TV, Harbour apareceu em séries aclamadas como The Newsroom, onde interpretou Elliot Hirsch, e Manhattan, como Dr. Reed Akley. Em ambos os casos, mesmo sem ser o protagonista, conseguiu entregar performances que ficaram na memória dos espectadores.

Em Hellboy, de 2019, finalmente ganhou um papel protagonista, mas ironicamente não conseguiu o mesmo brilho que tem em papéis menores. Foi em Viúva Negra que ele realmente mostrou sua vocação para ser o complemento perfeito em grandes produções, roubando as cenas como o Guardião - mesmo dividindo tela com Scarlett Johansson.

"Eu acho que há algo no DNA de alguns atores que os torna especialmente bons em papéis de apoio. É preciso ter capacidade de criar algo memorável em pouco tempo", disse o ator em entrevista à Entertainment Weekly em 2023, questionado sobre ser coadjuvante. "Não é sobre quanto tempo você está na tela, mas o que você faz com esse tempo."

Vale lembrar que, recentemente, Harbour também deixou sua marca em filmes como Sem Remorso, ao lado de Michael B. Jordan, e em Agente Oculto, da Netflix - todos como coadjuvante. Neste ano, também está em um pequeno papel em Resgate Implacável, filme com Jason Statham - ele interpreta um colega da época do exército com problemas de visão.

"Acho que posso não ser a estrela principal em muitos projetos, mas sou aquela peça do quebra-cabeça que ajuda a dar forma ao todo", confessou o ator ao The Hollywood Reporter em uma entrevista de 2022. "E, honestamente, isso me agrada muito. Há uma liberdade criativa em papéis coadjuvantes que nem sempre se tem como protagonista."

Reconhecimento além das câmeras

Mesmo com esse destaque como coadjuvante, porém, Harbour se consagrou e fez seu nome. É querido, reconhecido e tietado. Ao Estadão, falou sobre essa relação com os fãs e a relação com a fama.

"Há dias bons e ruins. É bonito quando seu trabalho toca tanto as pessoas que elas sentem no coração e te amam por isso", reflete o ator, que provocou grande euforia ao aparecer em eventos recentes. Mas ele pondera: "Às vezes pode ser difícil, porque uma das coisas que eu realmente gosto é a sensação de anonimato. No fim, esse é um preço que estou disposto a pagar".

Sabrina Sato publicou um texto em homenagem ao marido, Nicolas Prattes, por conta de seu aniversário de 28 anos de idade, comemorado neste domingo, 4. A postagem foi feita junto a um vídeo com diversos momentos do casal em família.

"Viva você! Viva essa sua alma cheia de luz, propósito e uma vontade quase teimosa de viver tudo intensamente. Como eu admiro tudo isso. Estar ao seu lado é como estar num filme que mistura romance, comédia e aventura e você, claro, é o protagonista gato, forte, sensível, inteligente", escreveu.

Em seguida, Sabrina Sato prosseguiu: "Você me faz sair da minha realidade. Quando estou com você, esqueço dos problemas, das crises existenciais e que eu já tinha 16 anos e estava entrando na faculdade quando você nasceu. Porque você transforma tudo em leveza".

"Obrigada por compartilhar essa vida comigo. Você me faz viver algo único. Surreal. Quase um sonho. Só que com beijo bom, risada boba e amor de verdade. Te amo com tudo o que sou e com tudo o que você é e vem. Feliz aniversário, amor da minha vida."

Confira a publicação de Sabrina Sato em homenagem a Nicolas Prattes aqui.