Estudo da USP e da AMB mapeia cirurgias e cirurgiões e revela diferenças no acesso à saúde

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A edição de 2025 da Demografia Médica no Brasil, divulgada nesta quarta-feira, 30, revela grandes disparidades em relação às cirurgias no País. Mostra também que o problema da distribuição de profissionais pelo território se repete entre os cirurgiões e que há sérias diferenças no acesso a técnicas cirúrgicas mais avançadas na comparação entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede privada.

É a primeira vez que o estudo, realizado pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), traz um olhar para a atenção cirúrgica, ainda pouco investigada no País.

Segundo o documento, a taxa de apendicectomia (remoção do apêndice), um procedimento cirúrgico de urgência que requer diagnóstico e intervenção rápidos, é 34,4% maior entre pacientes da rede privada do que no SUS (embora o sistema público realize o maior número absoluto de procedimentos, o dado considera a relação desse total por população assistida em cada rede). A taxa é de 58,7% e 86,6%, respectivamente, para colecistectomias e cirurgias de hérnias da parede abdominal, que em geral são consideradas eletivas.

Em relação ao número de cirurgiões gerais, o Brasil dispõe de 42.426 profissionais, de acordo com o estudo. "Eles são muito importantes na atenção básica da população. Não estamos falando de atenção cirúrgica especializada, como cardíaca e neurológica. Estamos falando daquele médico que atua em unidades de pronto atendimento ou em pronto-socorro para atender emergências cirúrgicas gerais, como uma úlcera perfurada ou um abdômen agudo inflamatório", explica César Eduardo Fernandes, presidente da AMB, ao Estadão. Segundo ele, outras especialidades serão esmiuçadas nas próximas edições.

Os cirurgiões gerais, porém, distribuem-se desigualmente pelo País e concentram-se especialmente nas regiões Sul e Sudeste, assim como a oferta de cirurgias. Desse modo, dois níveis de desigualdades na realização de procedimentos cirúrgicos se sobrepõem no Brasil: um entre regiões e unidades da federação e outro entre os setores público e privado.

Além disso, o relatório aponta que pacientes do SUS também são menos submetidos a cirurgias por videolaparoscopia, tipo de procedimento considerado minimamente invasivo e que há décadas tem sido preconizado por estar associado a menor tempo de recuperação, dor e sangramento.

"A ausência da assistência cirúrgica em momento oportuno é geradora de filas, mas também pode transformar condições passíveis de tratamento e cura em doenças graves, sequelas e mortes", alertam os pesquisadores no documento. Eles evitam, porém, delimitar qual seria a "boa taxa" de cirurgias para o Brasil.

Os pesquisadores assumem que, como em qualquer estudo, há limitações e o levantamento pode proporcionar um olhar parcial sobre o cenário de cirurgiões e cirurgias, especialmente por depender da comparação de duas bases de dados distintas, do Datasus, para a rede pública, e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para a privada.

Mesmo assim, de acordo com Fernandes, os dados acendem um "sinal amarelo". "Não é de se imaginar que os pacientes atendidos pelo SUS tenham uma incidência menor de doenças das vias biliares ou da vesícula biliar do que os pacientes atendidos na rede privada. O que possivelmente pode estar acontecendo é que os pacientes da rede privada podem ter mais acesso a diagnóstico e, por consequência, o número de cirurgias ser maior", avalia.

"Existem quadros, por exemplo, de colecistite calculosa (pedras na vesícula) que muitas vezes são silenciosos, mas nem por isso deixam de representar risco porque uma pedra pode migrar e ocorrer uma complicação obstrutiva. Esses casos quase sempre têm indicação cirúrgica", explica.

A despeito das deficiências, Fernandes ressalta a importância do SUS. "Ele veio em benefício da população e deu exemplos de competência fantástica na pandemia. Agora, claro, tudo precisa evoluir e se aperfeiçoar."

Pandemia

Pela primeira vez, o estudo foi financiado também pelo Ministério da Saúde. Presente de forma remota na coletiva de divulgação dos resultados, o ministro da Saúde Alexandre Padilha afirmou que a "obsessão" do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da pasta é "garantir atendimento em tempo adequado para quem usa o atendimento médico especializado no nosso País".

Segundo ele, esse é um "grande desafio" que foi agravado pela pandemia de covid-19. "Durante um longo período, os serviços de saúde, desde os ambulatórios até os hospitais, estiveram completamente ocupados com casos relacionados à covid-19. Isso resultou em atrasos de cirurgias, adiamento e não realização de exames de acompanhamento para pacientes com doenças crônicas. Esse represamento gera uma pressão enorme (até) hoje."

No curto prazo, para ampliar o atendimento especializado e as cirurgias eletivas, Padilha diz apostar principalmente nas parcerias com o setor privado. A intenção da pasta é firmar esses acordos ainda neste ano.

"Seja para contratação de capacidade ociosa, seja para utilização dessas estruturas privadas para atender pacientes do sistema público, seja para apoio dessas estruturas privadas para atendimento especializado via telessaúde."

Médicos, onde estão?

De acordo com o estudo, 17 unidades da federação estão abaixo da média nacional de 20,89 cirurgiões por 100 mil habitantes, sendo Pará (8,73), Maranhão (9,40) e Acre (9,52) os Estados mais desassistidos. No outro extremo, Distrito Federal (50,72), Rio Grande do Sul (26,72), São Paulo (26,61) e Rio de Janeiro (25,45) têm as maiores taxas.

Os cirurgiões são um exemplo da desigualdade regional na distribuição de médicos especialistas. O País tinha 353.287 profissionais nessa categoria em 2024, um crescimento de 154% em uma década, mas a distribuição nacional deles é "extremamente irregular", de acordo com o documento. O Distrito Federal (453,50 por 100 mil habitantes) e São Paulo (244,19) têm as maiores concentrações, enquanto Maranhão (68,22), Pará (70,73) e Amazonas (81,29) apresentam as menores densidades.

O número de médicos, de maneira geral, chegou a 635.706 em 2024. O crescimento no total de profissionais gera uma taxa nacional de 2,98 médicos por 1 mil habitantes, mas a concentração regional também chama atenção. No DF, a taxa é de 6,28 por 1 mil, e, no Maranhão, de 1,27.

De acordo com o relatório, as capitais concentram 366% mais médicos por 1 mil habitantes do que o restante de cada Estado. Enquanto as 48 cidades brasileiras com 500 mil habitantes ou mais têm uma taxa de 5,75 médicos por 1 mil habitantes, nos 339 municípios com população entre 50 mil e 100 mil a razão cai para 1,79. Naquelas com até 5 mil moradores, a menor categoria analisada, despenca para 0,51.

Fernandes reconhece os esforços do Ministério da Saúde ao longo dos anos para promover a fixação de profissionais, mas avalia que a política precisa ser "mais agressiva" e contínua. "Precisamos de uma política de Estado, não de governo", afirma.

O presidente da AMB argumenta que, mesmo em cidades pequenas, o juiz ou promotor tem uma carreira estruturada, enquanto o médico é contratado em caráter precário, "isso quando tem um vínculo empregatício".

"Medicina não é sacerdócio. O médico vai procurar o local que oferece a ele condições de exercício profissional", diz Fernandes. Boa qualidade de vida e um salário competitivo também são importantes, destaca.

A jornada do cirurgião

Os pesquisadores também ouviram mais de 1,5 mil cirurgiões gerais para compreender melhor tópicos como vínculos, jornadas, remuneração e locais de trabalho.

Sete em cada dez relataram dupla prática (72,4%), isto é, atuam tanto na rede pública quanto na privada. Apenas 7,7% disseram atuar exclusivamente no SUS; enquanto 19,9% atuam somente no setor privado.

A multiplicidade de locais de trabalho também chamou atenção. A maioria tem mais de um vínculo simultâneo: são três (23,1%), quatro (29,4%), cinco (20,4%) e até seis ou mais (17,4%).

Nos últimos seis meses, 85% dos cirurgiões relataram ter operado pacientes particulares, 81%, de planos de saúde e 76,6%, do SUS. Grande parte deles (73%) contou ter passado por pelo menos uma suspensão de cirurgia nos seis meses anteriores ao estudo.

"A suspensão ou cancelamento de cirurgias, especialmente as eletivas, é um problema frequente cujas causas precisam ser compreendidas para minimizar impactos nos serviços, profissionais e pacientes", afirmam os pesquisadores.

Os principais motivos apontados pelos médicos foram: condições relativas aos próprios pacientes (58,8%), como hipertensão arterial sistêmica; problemas ligados ao centro cirúrgico ou UTI/CTI (21%); negativa de cobertura ou não autorização pelo plano (10,7%); e questões ligadas a recursos humanos, como falta de profissionais, equipe incompleta e contratempos do próprio cirurgião (8%). Para a maioria dos motivos apontados, são similares as frequências entre cirurgiões com atuação pública ou privada, segundo o estudo.

Raio-x das cirurgias

A apendicectomia é a cirurgia feita para remover o apêndice inflamado. O SUS foi responsável por 70% de todas as apendicectomias realizadas em 2023, com uma taxa de 74,45 cirurgias por 100 mil usuários exclusivos do sistema público. Nos planos de saúde, a razão foi de 100,11 por 100 mil.

No mesmo ano, enquanto a região Sul realizou 105,59 cirurgias por 100 mil habitantes, na região Nordeste foram 65,92.

As diferenças se intensificam quando são consideradas cirurgias em caráter eletivo, como a colecistectomia, um procedimento para remoção da vesícula biliar geralmente indicado devido à presença de cálculos (pedras); e as cirurgias de hérnia da parede abdominal, dedicadas a corrigir aberturas pelas quais partes do intestino ou gordura podem se projetar.

Olhando para a remoção de vesícula, a taxa no SUS foi de 196,81 cirurgias por 100 mil usuários, enquanto nos planos de saúde foi de 312,38 por 100 mil. A região Sul lidera com uma taxa de 274,93, enquanto o Norte fica na lanterna, com 174,92.

No caso das correções de hérnia, a taxa no SUS foi de 215,07 cirurgias por 100 mil usuários, já nos planos, 401,41. A região Sul teve um índice de 301,1, enquanto a Norte, de 167,9.

Via de acesso

O relatório também investigou a via de acesso pela qual as três cirurgias foram feitas. O mais recomendável seria a videolaparoscopia, técnica minimamente invasiva em que o cirurgião opera por meio de pequenas incisões, porém o que predominou no SUS foi a cirurgia aberta, na qual o corte precisa ser maior.

Fernandes explica a diferença. Ele conta que, antes da possibilidade de procedimento minimamente invasivo, a retirada da vesícula pressupunha um longo corte na região logo abaixo das costelas. "O próprio corte que se fazia no abdômen, muitas vezes, era muito mais danoso do ponto de vista de recuperação. Ou seja, o paciente sofria mais por conta da cicatrização daquela abertura do que propriamente da cirurgia", comenta.

Ele aponta que as cirurgias abertas não podem ser desmerecidas - elas são resolutivas, úteis e curam pacientes - mas, existindo as duas possibilidades, "é muito melhor fazer por via laparoscópica".

Segundo o relatório, em 2023, foram realizadas 101.344 apendicectomias por via aberta na rede pública e 12.961 por acesso videolaparoscópico (11,3% do total). Já no setor privado, foram respectivamente 11.920 e 37.735, o equivalente a 76% dos pacientes sendo operados pela via minimamente invasiva.

Em relação aos casos de correção de hérnia, foram 328.043 cirurgias abertas e 2.017 por vídeo (0,6% do total) no SUS. Pelos planos de saúde, foram 155.189 abertas e 43.960 laparoscópicas (22,1%).

"Ainda que o SUS possivelmente atenda a um volume maior de casos complexos ou de emergência que possam exigir cirurgia aberta, há evidências sobre a necessidade crucial de investir em equipamentos, capacitação de profissionais e infraestrutura nos hospitais para aumentar o acesso dos pacientes à videolaparoscopia na rede pública", dizem os cientistas no relatório.

"A incorporação de tecnologias e a otimização dos processos de gestão podem desempenhar um papel fundamental na melhoria da eficiência e qualidade de serviços cirúrgicos do SUS", completam.

Em outra categoria

Após muitos pedidos de fãs, a franquia A Múmia, dos anos 2000, está de volta. Brendan Fraser e Rachel Weisz, que interpretaram o casal Rick e Evelyn O'Connell, estariam em negociações com a Universal para voltar aos personagens em filme dirigido pelo coletivo Radio Silence (Casamento Sangrento), de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett.

O filme ainda não foi oficialmente confirmado pelo estúdio, mas, de acordo com fontes do Deadline e da The Hollywood Reporter, o roteiro será assinado por David Coggeshall (A Libertação). A sequência vem na esteira do "ressurgimento" da carreira de Fraser no começo da década de 2020 após papéis em Patrulha do Destino, Assassinos da Lua das Flores e A Baleia, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator em 2023.

Ainda segundo as fontes, o novo longa vai ignorar os acontecimentos de A Múmia: Tumba do Imperador Dragão, terceiro filme da franquia lançado em 2008 e que não contou com Weisz, que não queria ficar longe de Henry, seu filho de então 2 anos.

Veterano da franquia, Sean Daniel, que produziu a trilogia dos anos 2000, voltará como produtor. Parceiros frequentes do Radio Silence, tendo trabalhado com a dupla no quinto e sexto filmes de Pânico, a Project X Entertainment também desenvolverá a produção.

A Múmia, de 1999, está disponível para streaming no Prime Video, enquanto as sequências de 2001 e 2008 integram o catálogo do Telecine. A versão de 2017 está disponível na HBO Max, Netflix e no Prime Vídeo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de 12 músicos e bandas passou a integrar o Hall da Fama do Rock. A lista de 2025 foi anunciada no sábado, 8, em cerimônia no Peacock Theater, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O evento trouxe tributos, discursos e performances de artistas como Soundgarden, Outkast, Cindy Louper e Avril Lavigne, além de inúmeros convidados.

Para que pudessem entrar no hall da fama do rock, os músicos tinham de ter lançado seu primeiro hit há, pelo menos, 25 anos.

Veja a seguir quais artistas entraram para a lista de 2025, seus maiores sucessos e quem apresentou cada um deles durante a cerimônia.

Artistas do Hall da Fama do Rock 2025

Outkast

- Duo de rap americano que começou na década de 1990.

- Hits: "Hey Ya", "Ms. Jackson" e "Roses".

- Apresentados no evento por: Donald Glover. A performance teve como convidados Big Boi, Janelle Monáe, JID, Doja Cat, Killer Mike e Sleepy Brown.

Bad Company

- Banda de rock inglesa formada na década de 1970.

- Hits: "Feel Like Makin' Love", "Can't Get Enough" e "Bad Company".

- Apresentados no evento por: Mick Fleetwood. O baterista do Bad Company, Simon Kirke, foi acompanhado por Nancy Wilson, do Heart, e Joe Perry, do Aerosmith, nas guitarras, e pelo vocalista do Black Crowes, Chris Robinson, nos vocais.

Cyndi Lauper

- Cantora e compositora americana cuja carreira solo começou no início dos anos 1980.

- Hits: "Girls Just Wanna Have Fun", "Time After Time" e "True Colors".

- Apresentada no evento por: Chappell Roan. Lauper apresentou uma coletânea de seus sucessos, incluindo duetos com Avril Lavigne, Raye e Salt-N-Pepa.

Soundgarden

- Banda de rock americana formada em 1984.

- Hits: "Black Hole Sun", "Fell on Black Days" e "Outshined".

- Apresentados no evento por: Jim Carrey. Os membros do Soundgarden se apresentaram com Taylor Momsen e Brandi Carlile, que assumiram o papel do falecido vocalista Chris Cornell. A filha de Cornell, Toni, também fez uma performance com Nancy Wilson.

Salt-N-Pepa

- Grupo de rap americano formado na década de 1980.

- Hits: "Push It", "Let's Talk About Sex" e "Shoop".

- Apresentados no evento por: Missy Elliott. O grupo apresentou um apanhado de seus sucessos com uma aparição especial de En Vogue.

Chubby Checker

- Cantor americano que estreou na década de 1950.

- Hits: "The Twist", "Limbo Rock" e "Let's Twist Again".

- Participação no evento: tributo aconteceu em vídeo. Checker entrou remotamente para participar da cerimônia.

Joe Cocker

- Cantor inglês começou a lançar discos na década de 1960 e faleceu em 2014.

- Hits: "You Are So Beautiful", "Up Where We Belong" e "With a Little Help From My Friends."

- Apresentados no evento por: Bryan Adams. Tributo feito por Teddy Swims, Tedeschi Trucks Band, ao lado de Adams, Lauper, Chris Robinson e Nathaniel Rateliff, que subiram ao palco para uma interpretação de "With A Little Help from My Friends."

The White Stripes

- Banda de rock americana formada na década de 1990.

- Hits: "Seven Nation Army", "We're Going to Be Friends" e "Doorbell".

- Apresentados no evento por: Iggy Pop. Homenageados com performance de Olivia Rodrigo, Feist e Twenty One Pilots.

Warren Zevon

- Cantor e compositor americano que estreou com disco solo no início dos anos 1970 e faleceu em 2003.

- Hits: "Lawyers, Guns and Money", "Werewolves of London" e "Keep Me in Your Heart".

- Introduzido por: David Letterman. Homenageado com performance do The Killers.

Participações em vídeo

Carole Kaye

- Baixista americana que participou da gravação de dezenas de sucessos a partir da década de 1950.

- Hits: "Good Vibrations", do The Beach Boys, "These Boots are Made for Walkin'", de Nancy Sinatra, "The Way We Were", de Barbra Streisand.

Thom Bell

- Produtor musical e compositor americano que iniciou carreira nos anos 1960 e faleceu em 2022.

- Hits: "La-La (Means I Love You)", dos Delfonics, "The Rubberband Man", dos Spinners, "You Make Me Feel Brand New", dos Stylistics.

Nicky Hopkins

- Tecladista que gravou em dezenas de sucessos a partir da década de 1960 e faleceu em 1994.

- Hits: "Revolution", dos Beatles, "Sympathy for the Devil", dos Rolling Stones, "You Are So Beautiful", de Cocker.

Lenny Waronker

- Produtor e executivo da indústria da música dos Estados Unidos, com carreira iniciada nos anos 1970.

- Hits de artistas que ele produziu ou contratou: "Chuck E's in Love", de Rickie Lee Jones, "Purple Rain", de Prince, "Losing My Religion", do R.E.M.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Carlinhos de Jesus, que passou os últimos cinco meses tratando uma bursite trocantérica bilateral, doença autoimune, e uma tendinite nos glúteos, ficou de pé, dançou brevemente e se emocionou ao receber uma homenagem de Luciano Huck na Dança dos Famosos deste domingo, 9.

"Hoje é um dia muito especial. Saúde é tudo. A coisa mais dura que a gente enfrentou nesta temporada da Dança dos Famosos foi a gente ter um dos maiores dançarinos deste País numa cadeira de rodas. O Carlinhos falou: 'Eu vou voltar a andar'. E não foi um esforço pequeno", afirmou Huck.

Em seguida, saudou o jurado da atração: "Quando ele não estava aqui, estava na fisioterapia. O que vai acontecer neste palco agora, a gente rezou muito para conhecer. Parabéns, valeu a luta. Agora é só melhorar".

Carlinhos de Jesus chegou a chorar e deu um recado de superação ao público: "Qualquer um pode [superar problemas de saúde]. Desde que tenha foco, se dedique e procure, dentro da sua rotina diária, estabelecer um horário, maneiras e forma de seguir um tratamento.

"Fisioterapia é tudo na vida da gente. A medicina foi importante, com os medicamentos. A fé, agradeço as mensagens em solidariedade à minha situação. Mas a fisioterapia foi fundamental", concluiu.