Parte do comércio fura a fase vermelha no centro de SP

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Parte do comércio da cidade de São Paulo não parou de funcionar no 1º dia útil da fase vermelha, a mais restritiva do plano paulista de combate à covid-19. Além de ambulantes, muitas lojas sem autorização para abrir deixaram as portas a meia altura e colocaram os funcionários para trabalhar, para receber mercadorias, contar estoque e organizar vendas drive-thru. Entre aquelas lojas de serviços essenciais, como as de materiais de construção, os relatos eram de queda de faturamento.

Nas ruas do Brás, 25 de março e Santa Efigênia, na região central da cidade, ambulantes tentavam driblar a fiscalização para vender às poucas pessoas que circulavam nas ruas, a maioria sem máscara ou com o item de proteção no queixo. Os camelôs colocavam os produtos na calçada, anunciavam "bonecas LOL, Homem-Aranha e Bob Esponja", mas logo tinham de recolher, pois apareciam funcionários da Vigilância Sanitária amparados pela Polícia Militar. Não houve tumulto. Enquanto a reportagem esteve nos locais na tarde de segunda, nenhum produto foi apreendido.

No centro, a principal movimentação estava no entorno da Armarinhos Fernando. A loja tinha aval para abrir por comercializar itens essenciais, como álcool em gel, luvas cirúrgicas, máscaras e material de limpeza. Mas ali os consumidores buscavam outros produtos, como material escolar e brinquedos.

Ondamar Antonio Ferreira trabalha na loja matriz, na 25 de Março, há 33 anos, 19 como gerente. "Temos o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) modificado e autorizado pela Prefeitura para funcionar nesse período", afirma.

Apesar do movimento intenso na loja, ele comentou que diminuiu muito em comparação aos dias sem restrições. "Como a maioria dos outros lojistas da região não possui a mesma autorização, tiveram de fechar. E isso também acaba nos prejudicando. O faturamento deve cair de 60% a 70% nestas duas próximas semanas, com certeza."

A despesa, ele diz, continuará a mesma. O quadro completo, com 215 funcionários, seguirá trabalhando normalmente. A expectativa de Ferreira é que as vendas melhorem nos próximos dias. "Por ser o primeiro dia útil, o movimento está muito baixo. Mas a gente acredita que nos próximos dias vai melhorar um pouquinho."

Na Santa Efigênia, havia uma loja de eletrônicos aberta. A autorização da prefeitura, no caso, é dada pelo comércio de materiais de construção, como tomadas e interruptores. Mas o movimento era fraco. "Entra aqui. Dá para jogar futebol de tanto espaço que tem. Uma hora dessas (por volta das 16h), estaria cheia", disse o gerente de uma loja que não quis se identificar. "80% dos funcionários ficaram em casa. Esperamos ter queda de vendas na mesma proporção", disse.

Muitos que não tinham aval para abrir também não dispensaram todos os funcionários. Lá dentro, empregados executavam funções como conferir estoque, além de contar e receber mercadoria. Mas bastava passar a fiscalização para, por via das dúvidas, fecharem totalmente a porta. Havia também lojas abertas com aviso de vendas drive thru: o consumidor não entrava na loja, mas podia comprar da calçada.

"Vai fotografar o (governador) João Doria. Deixa o chinês trabalhar, vai prejudicar o trabalhador honesto?", questionou um homem que passava pela calçada, ao notar o fotógrafo do Estadão, que registrava o comércio com a porta semiaberta.

Especialistas têm apontado a necessidade de ajuda financeira a comerciantes e empregados, como linhas de crédito e o auxílio emergencial (cuja 2ª rodada ainda não foi liberada pelo governo federal) para que as pessoas tenham condições financeiras de ficar em casa.

Vigilância diz que autuou 231 estabelecimentos

A Vigilância Sanitária Estadual informou, em nota, que inspecionou 3.759 estabelecimentos, entre a noite de sexta-feira e anteontem, em todo o Estado. Foram autuados 231 locais por desacordo com as normas, como falta de placas obrigatórias, falta de distanciamento social, aglomerações, funcionamento após o horário liberado e também por permitir consumidores sem máscaras dentro do estabelecimento.

Na capital, foram 148 estabelecimentos inspecionados e 19 autuados - sete fechados. As equipes percorreram bairros em várias regiões, como Itaim Bibi, Pinheiros, Paraíso, Moema, Morumbi, Penha, Jabaquara, Itaquera, entre outros.

Procurada, a Vigilância não esclareceu se o comércio não essencial pode receber funcionários para recebimento de mercadorias ou checagem de estoque.

As equipes sanitárias estaduais realizaram 204.956 inspeções e 3.988 autuações entre 1º de julho de 2020 e 7 de março de 2021, diante da constatação de aglomerações e da falta de uso de máscaras.

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Preta Gil usou suas redes sociais nesta segunda-feira, 28, para se declarar ao pai, Gilberto Gil. Os dois se apresentaram juntos no final de semana e cantaram Drão, música escrita em homenagem a Sandra Gadelha, mãe da cantora.

Atualmente, o cantor está em sua turnê de despedida, chamada de Tempo Rei. Os dois dividiram palco no Allianz Parque, em São Paulo.

"No palco, de mãos dadas com meu pai, cantando Drão, foi impossível não me emocionar. Drão fala sobre o amor que permanece, mesmo depois das grandes transformações da vida", escreveu Preta.

A artista ainda disse que o momento viverá para sempre em sua memória. "Cantar essa música com você, pai, foi sentir na pele tudo o que vivemos: o amor, a música e a história que carregamos juntos."

Ela finalizou o texto agradecendo ao pai pelos ensinamentos sobre o amor e afirmou que a música dos dois é a maneira mais bonita de eternizar isso.

Lady Gaga desembarcou no Brasil na madrugada desta terça-feira, 29, para iniciar os preparativos do show que fará no sábado, 3, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Até então, Gaga só tinha visitado o País uma única vez, em 2012 - e foi o suficiente para ir embora com uma tatuagem nova.

A artista nutre carinho especial pelos little monsters brasileiros e, naquela ocasião, resolveu marcar na pele a palavra "Rio". Gaga recebeu um desenho de fãs durante a passagem pela capital fluminense e decidiu tatuá-lo na nuca, com a letra I estilizada em formato de cruz, em referência ao Cristo Redentor.

O responsável pelo traço foi o tatuador Daniel Tucci, que tinha um estúdio entre Copacabana e Ipanema. "Era um domingo, eu estava almoçando com o meu filho, à época com 4 anos, e a produção dela me ligou e disse: 'É hoje, vamos nessa!', contou Tucci em entrevista ao g1.

Gaga estava acompanhada de amigos, que ficaram cerca de 3 horas bebendo cerveja e conversando no estúdio. Tara Savelo, então maquiadora da artista, também acabou tatuando o Cristo. "Foi tudo muito tranquilo, ela é muito gente boa. Foi uma tarde divertida", lembra o tatuador. Ele ainda revelou que a cantora pediu por "uma coisa meio tosca, uma tatuagem estilo cadeia".

Em uma postagem no Facebook, a estrela explicou que "a fonte foi criada a partir das assinaturas de três fãs, todos de bairros e idades diferentes" do Rio. "Representa como a música nos une", escreveu.

Naquele ano, Gaga fez três shows da turnê Born This Way Ball no Brasil, no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre. Em 2017, ela retornaria ao País para participar do Rock in Rio, mas precisou cancelar de última hora por questões de saúde. A cantora sofre de fibromialgia e enfrentava dores intensas.

Nas redes sociais, ela publicou uma foto da tatuagem e relembrou os fãs da homenagem. "Por favor, não se esqueçam do meu amor por vocês. Lembram quando tatuei 'Rio' no pescoço, anos atrás? A tatuagem foi desenhada por crianças das favelas. Vocês têm um lugar especial no meu coração, eu te amo", escreveu Gaga.

A escritora alemã Alexandra Fröhlich, de 58 anos, foi encontrada sem vida na casa flutuante em que morava em Hamburgo, na Alemanha. Segundo informações da polícia local, o corpo foi descoberto na última terça-feira, 22, por um dos filhos da autora. Até o momento, não há informações sobre suspeitos; a polícia investiga o caso.

"De acordo com as informações atuais, um membro da família encontrou a mulher de 58 anos sem vida na sua casa flutuante e alertou os bombeiros, que conseguiram confirmar sua morte", diz um comunicado da polícia de Hamburgo. Agora, os investigadores estão em busca de possíveis suspeitos e qualquer testemunha que possa fornecer informações relevantes.

Autora de romances e jornalista

Considerada uma das romancistas de maior sucesso dos últimos anos na Alemanha, Fröhlich começou a carreira como jornalista na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina na capital, Kiev, e começou a ficar conhecida. Mais tarde, já na Alemanha, trabalhou como escritora e repórter freelancer para algumas publicações voltadas para o público feminino.

Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, Minha Sogra Russa e outras Catástrofes (em tradução livre). A obra é inspirada em suas próprias experiências com a sogra e vendeu mais de 50 mil cópias, figurando na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel.

Nos anos seguintes, ela lançou mais três livros: Viajando com Russos (2014), sequência de seu primeiro romance, As Pessoas Sempre Morrem (2016) e Esqueletos no Armário (2019). Lançadas em outras países como França, Rússia e Inglaterra, nenhuma das obras tem edição lançada em português - as traduções dos títulos são livres.

A imprensa alemã descreve o texto de Fröhlich como bem-humorado e ao mesmo tempo profundo, mesclando temas como romance policial e suspense psicológico dentro da ficção. Ela deixa três filhos.