Brasileira processa ex-namorado italiano por difamação após ser acusada de fazer parte de seita

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Um italiano que conheceu uma brasileira em Santa Catarina, namorou e teve uma filha com ela agora a acusa de integrar uma seita em que mulheres engravidam de um líder, durante rituais satânicos, para dar à luz crianças sobrenaturais e extorquir dinheiro de europeus. A versão difundida pelo advogado e empresário Nunzio Bevillacqua repercutiu na imprensa italiana, que veiculou dezenas de reportagens sobre o caso.

A brasileira Bárbara Zandomênico Perito processa o italiano por calúnia, difamação e violência doméstica. O caso foi divulgado neste domingo pelo Fantástico, da TV Globo, e confirmado pelo Estadão. A reportagem não conseguiu contato com Bevillacqua nem com representantes dele. Abordado em Roma pelo Fantástico, o italiano não quis se manifestar.

Bevillacqua nega ser pai da filha de Bárbara, mesmo após o teste de DNA ter confirmado a paternidade. Ele contestou o resultado e exigiu um segundo teste, não autorizado pela Justiça.

"Ele veio até minha casa e me ofereceu fazer um aborto. Ele encontrou uma clínica no Rio de Janeiro que faria o aborto, e ofereceu hospedagem e passagem para 'eliminar os problemas futuros', nas palavras dele", diz a mulher em vídeo que postou nas redes sociais. Ela não aceitou nenhuma das propostas e teve a filha, chamada Domênica, em julho de 2022.

O caso

Bárbara e Bevillacqua se conheceram em 2021. O advogado e empresário mora em Roma, mas tem negócios no Brasil e eventualmente vinha ao País. Em março de 2021 começou a ter aulas de português com Bárbara, que mora na cidade catarinense de Tubarão e tinha então 31 anos.

Em novembro de 2021, após uma viagem pelo Brasil com Bevillacqua, Bárbara constatou que estava grávida. O italiano voltou para Roma e teria passado a ter comportamentos abusivos.

"Nossa comunicação se dava principalmente por mensagens de texto e chamadas de vídeo. Ele esperava que eu respondesse imediatamente, em questão de segundos ou em um ou dois minutos. Se não (atendia) ele me ligava sem parar até que eu atendesse, ignorando completamente meus limites e minha rotina", contou a brasileira. "Eu sou professora e quando estou em aula não costumo atender o telefone nem responder mensagens, mas para ele isso não importava", narra.

Apesar das desavenças, havia uma gravidez, e o italiano tinha um plano. "A gente moraria em Roma, nossa filha chamaria Anita, ela já tinha padrinhos escolhidos, pessoas que eu não conheço, o quarto dela já estava em construção na casa e dele e a data do nosso casamento já tinha sido escolhida, sendo que a gente nunca tinha conversado sobre isso", narra a brasileira.

Depois disso, grávida de três meses, ela decidiu romper o relacionamento. "Ele chegou a vir me buscar no Brasil, com uma mala vazia e uma passagem só de ida", diz Bárbara. Apesar da insistência dele para que ela fosse para a Itália, a brasileira não aceitou.

Foi, então, que o italiano exigiu um teste de DNA, que foi realizado em laboratório de São Paulo escolhido por ele, embora Bárbara morasse em Santa Catarina. O exame deu positivo, mas foi contestado pelo homem, que exigiu um segundo teste, não autorizado pela Justiça.

Sem acordo, o italiano "passou a difundir na Itália a versão de que a brasileira integrava uma seita satânica que engravida mulheres com o sêmen de um único homem, um guru espiritual, para atribuir a paternidade a estrangeiros, obter cidadania e extorquir esses homens por meio da pensão alimentícia e da venda dessas crianças, aos dois anos", diz a mulher.

"Ele mistura religiões, tráfico de drogas, tráfico de crianças, irregularidades na obtenção de cidadania italiana e falsificação de DNA, tudo isso sem apresentar uma única prova", conta Bárbara.

O caso, que já tinha sido discutido judicialmente quando da investigação de paternidade e da cobrança de pensão, em que o italiano foi condenado mas nunca pagou, então passou à esfera criminal. "Solicitamos e obtivemos medidas protetivas de urgência em favor de Bárbara e sua filha, após a instauração de inquérito policial para apuração do crime de perseguição. O acusado teria violado a liberdade e a privacidade da vítima com ameaças e condutas intimidatórias", afirma nota do escritório Sardagna Poeta Advogados, que representa Bárbara.

"A Justiça deferiu as medidas em tempo recorde, determinando que Nunzio mantenha distância mínima de 3 km de Bárbara e seus familiares, além da proibição de qualquer forma de contato direto ou indireto, inclusive por meios eletrônicos", continua a nota.

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A jornalista italiana Eleonora Boi, de 39 anos, foi mordida por um tubarão em uma praia de Porto Rico. Ela é casada com Danilo Gallinari, jogador de basquete do Milwaukee Bucks na NBA, e está grávida do terceiro filho do casal.

Boi precisou ser submetida a cirurgia na perna, mas ela e o bebê passam bem.

Em informações compartilhadas no Instagram nesta sexta-feira, 1º, ela descreve o episódio como "o pior dia de sua vida".

"Pequena Sereia da Sardenha 1 x 0 Baby Tubarão de Porto Rico", brinca na postagem. "Nunca pensei que poderia ser atacada por um tubarão, perto da costa, em uma praia superlotada. Fui resgatada rapidamente e a cirurgia para reparar minha pobre perna mastigada correu bem."

A jornalista não perdeu o humor ao dizer que agora só precisa se recuperar do grande susto e ao mencionar o tubarão. "Quanto ao tubarão, ele terá notícias em breve dos meus advogados."

Ela ainda agradeceu pelo apoio e mensagens e segue em recuperação em Porto Rico.

A cantora Alcione, de 77 anos, uma das artistas mais conhecidas do País, diz que vai fazer uma 'macumbinha' para que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump deixe o Brasil em paz. "Quero mandar um recado pro Trump. Ele precisa deixar o Brasil em paz, larga o Alexandre de Moraes, nosso ministro maravilhoso. Quando sair daqui vou fazer uma macumbinha pra Trump", disse, quando participava do programa É de Casa, da Rede Globo, deste sábado, 2.

A fala das artista viralizou em redes sociais. "Nesta terra tem uma coisa que ele não tem lá: macumba. Será que a macumba deles lá é boa?", pergunta a artista. Alcione é fã declarada de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), contra quem o presidente americano usou a Lei Global Magnitsky. Moraes também já foi proibido por Trump de entrar nos Estados Unidos.

No último dia 30, o presidente americano assinou decreto que estabelece uma tarifa adicional de 40% sobre os produtos importados do Brasil, o chamado 'tarifaço'. A justificativa para o decreto das tarifas cita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e diz que ele é perseguido pela Justiça brasileira. Bolsonaro é réu em processo no STF que apura a trama golpista de 2022 - Moraes é relator da matéria no Supremo.

Alcione já expressou publicamente, em várias ocasiões, sua admiração pelo ministro Alexandre de Moraes. Ela declarou em um show que, se o tivesse conhecido antes, teria se casado com ele, pois o admirava muito. Em uma apresentação em Brasília, a cantora se referiu ao ministro de forma carinhosa como "meu careca". Recentemente, Alcione afirmou que tem grande admiração pelas atitudes e pelo trabalho de Moraes no STF.

Um pintor da Tasmânia (Estado da Austrália) descobriu uma garrafa de vidro fechada que estava escondida havia mais de 120 anos dentro de um buraco na parede do farol de Cape Bruny - contendo e dentro dela havia uma carta de duas páginas. As informações são do jornal britânico The Guardian.

Annita Waghorn, gerente de patrimônio histórico do Serviço de Parques e Vida Selvagem da Tasmânia, disse ao jornal britânico que a descoberta ocorreu quando o pintor Brian Burford realizava uma manutenção de rotina na estrutura.

"Ele ficou tão animado que me ligou e disse que havia encontrado uma mensagem em uma garrafa", disse Waghorn. A carta não era apenas um simples bilhete, mas um envelope contendo duas páginas escritas à mão detalhando as melhorias feitas no farol em 1903. Uma escada, piso, sala de lanterna e lente foram adicionados ao farol tombado como patrimônio histórico quase 70 anos após a construção da estrutura original em 1838.

Para chegar à mensagem, eles precisaram da ajuda de especialistas do Museu e Galeria de Arte da Tasmânia, que extraíram cuidadosamente o delicado papel envelhecido. "A garrafa estava selada com uma rolha revestida de betume, o que dificultou a abertura", disse Cobus van Breda, do museu, à ABC.

Uma vez extraída a mensagem, a equipe ainda precisou de vários dias para decifrar seu conteúdo, segundo o Guardian. Os funcionários do museu agora planejam colocar a carta em exposição para que o público possa vê-la.