Estudantes da PUC-SP ocupam campus em protesto; Justiça autoriza que PM retire alunos à força

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou neste sábado, 24, a mantenedora da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) a acionar a Polícia Militar para efetivar uma ação de reintegração de posse do campus da Rua Monte Alegre, em Perdizes, atualmente ocupado por estudantes, que denunciam casos de racismo e assédio, além da precariedade do prédio.

A Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP, afirmou ao Estadão, no entanto, que "acredita no diálogo e no bom senso dos ocupantes do campus Monte Alegre e espera não ter que lançar mão da ordem judicial emitida".

De acordo com a instituição, o pedido de reintegração de posse foi feito para que seja possível a "apuração dos danos causados ao seu patrimônio, garantindo o bom funcionamento" da universidade.

Os estudantes pedem por melhorias estruturais na instituição, reduções na mensalidade e posicionamento por parte da PUC-SP contra casos de racismo, assédios e descasos que, de acordo com os alunos, acontecem dentro da instituição.

Segundo os manifestantes, eles ocuparam o prédio velho em forma de protesto, mas tudo de forma organizada e pacífica. Foram montadas barricadas usando carteiras de salas de aula para bloquear a passagem no edifício.

Na decisão judicial, o juiz Marcelo Augusto Oliveira diz que os documentos enviados pela Fundação São Paulo mostram que a ocupação estudantil ocorre "de forma bastante agressiva, com depredação do patrimônio e fechamento de diversos pontos de acesso ao prédio".

"É de conhecimento que a liberdade de manifestação é garantida constitucionalmente. Contudo, ainda que fosse considerada justa e legítima a reivindicação, o exercício de tal direito não autoriza a prática de atos que violem o direito de posse da Universidade", escreveu o juiz.

"Não há amparo legal para a ocupação das dependências da Universidade, menos ainda para a restrição do direito de ir e vir de professores, alunos, funcionários, colocando ainda em risco saídas de emergências do prédio", completa o texto.

Rato em restaurante universitário aumentou a tensão

Conforme apuração do , a manifestação, organizada pelo coletivo Saravá desde segunda-feira, 19, afeta os cursos de Ciências Sociais, Serviço Social e Psicologia.

Além dos das reivindicações, na quarta-feira, 21, alunos flagraram um rato no restaurante universitário da universidade.

Na ocasião, a reitoria da PUC-SP emitiu nota sobre o ocorrido no restaurante e as manifestações estudantis, dizendo que "está e sempre esteve aberta ao diálogo com todos os estudantes" e que, "embora as pautas levantadas sejam legítimas, a manifestação realizada nessa quarta-feira à noite envolveu um grupo restrito de alunos do edifício Cardeal Motta".

"Sobre o restaurante universitário, a reitoria informa que o espaço foi temporariamente interditado nessa quarta-feira, por precaução, e que foram disponibilizadas salas para o oferecimento de refeições", disse a reitoria. O local receberia visita da vigilância sanitária e representantes da empresa responsável pela gestão do restaurante na quinta-feira, 22.

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Luca Arroyo Borges, filho do cantor Lô Borges, usou o Instagram para publicar uma homenagem ao pai cinco dias após sua morte, na segunda-feira, 3. Com duas fotos ao lado do músico, o jovem escreveu um texto sobre a saudade.

"Eu te amo mais do que você é talentoso. Não tenho palavras para tudo que está acontecendo agora e vou viver minha vida inteira sentindo sua falta. O privilégio de ter Lô Borges como pai, vocês não têm ideia", escreveu.

"Perdi meu melhor amigo no seu auge, mas como meu pai sempre falou, ser fraco não é uma opção. Independente de onde você esteja, sei que você vai cuidar de mim igual você sempre fez. Você é a minha maior inspiração. Tudo o que eu queria era mais 20 anos com você. Te amo, pai, já sinto saudade. Obrigado pelo privilégio de ser seu filho", concluiu o filho de Lô Borges, que ainda agradeceu às mensagens de apoio recebidas nos últimos dias.

Lô Borges estava internado desde 19 de outubro, após uma intoxicação por medicamentos. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. O cantor e compositor ficou conhecido por músicas como O Trem Azul e Paisagem da Janela, presentes no clássico álbum da MPB Clube da Esquina (1972).

O SBT usou inteligência artificial (IA) para recriar a voz e a imagem de Silvio Santos e Hebe Camargo em vídeo exibido durante a abertura do Teleton 2025, na última sexta-feira, 7.

O material, que tem cerca de três minutos de duração, mostra a imagem artificial dos apresentadores durante uma ligação telefônica na qual Hebe sugere o programa beneficente ao patrão. "Me diz, o que acha?", pergunta, ao que Silvio responde: "Se é para mudar vidas, o SBT abre suas portas".

O médico Renato da Costa Bonfim, fundador da AACD, também foi recriado com IA, enquanto outras personalidades, como Eliana, Ratinho, Celso Portiolli e o cantor Daniel, embaixador do Teleton, apareceram em versões do passado.

Matheus Trombino, criador do vídeo, foi entrevistado por Celso Portioli durante o programa, neste sábado, 8. Segundo ele, o conteúdo levou seis dias para ficar pronto.

"Os desafios eram conseguir restaurar poucas imagens antigas que a gente tinha, porque a AACD foi criada em 1950, e também criar as cenas de bastidor que a gente nunca viu, como a Hebe Camargo apresentando a AACD ao Silvio Santos, ou o Silvio Santos falando: 'Pode entrar no SBT'", relatou Trombino.

Eliane Giardini, que viveu Muricy em Avenida Brasil (2012), confirmou que a novela terá uma continuação. A atriz comentou o assunto durante uma palestra, em vídeo que circula nas redes sociais. No momento, o mediador do encontro mencionou que o próximo trabalho dela será com João Emanuel Carneiro, autor da trama original, e citou o título.

Ao refletir sobre o projeto, Eliane explicou que considera um remake mais simples de encarar. "O remake você já sabe que é uma história maravilhosa. No mínimo vai fazer sucesso porque as pessoas odeiam e ficam comparando, isso também é uma forma de sucesso", disse.

Já a ideia de continuar uma história que marcou época preocupa a atriz. "Quando a história é boa, é uma equação perfeita. A gente não tem o domínio sobre essa equação, ela acontece por acaso, e é muito difícil reproduzir. Por isso tenho um pouco de medo da continuação, porque você vai mexer em uma coisa que fez grande sucesso", afirmou.

Continuação de 'Avenida Brasil'

De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do portal LeoDias, a Globo procurou o autor João Emanuel Carneiro, que teria aceitado dar continuidade à história. Os primeiros esboços do projeto já estariam em andamento.

Procurada pelo Estadão, a Globo ainda não confirmou a produção. O espaço segue aberto.

Adriana Esteves e Murilo Benício também já teriam sinalizado interesse em reviver os papéis de Carminha e Tufão. Ainda não há informações sobre o restante do elenco. A previsão é que a produção estreie em 2027.