Presidente do ICMBio impõe censura prévia a pesquisadores do órgão

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O presidente do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Fernando Cesar Lorencini, instituiu, em portaria editada esta semana, a censura prévia a publicações produzidas pelos servidores do órgão. A partir de 1º de abril, os pesquisadores do ICMBio terão de submeter todo e qualquer texto científico à autorização da diretoria antes de divulgá-lo.

O papel de autorizar ou não a publicação de pesquisas caberá ao diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do instituto, Marcos Aurélio Venancio, que é tenente-coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo.

Todos os integrantes da cúpula do ICMBio são militares, indicados aos cargos pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Lorencini, presidente da autarquia, é coronel da PM paulista.

Para os servidores, a portaria é um desdobramento do novo Código de Conduta e Ética dos Agentes Públicos do ICMBio, instituído em maio do ano passado e visto como uma "mordaça".

Eles consideram que a função delegada a Venancio pelo presidente do instituto é a de um "censor".

A norma publicada na edição da quinta-feira, 11, do Diário Oficial da União também obriga os pesquisadores que submeterem textos a Venancio a assinar uma "declaração de responsabilidade", em que assumem, "para os devidos fins", total responsabilidade sobre os manuscritos.

Os desdobramentos que vão desde a criação do novo Código de Ética até a portaria da censura prévia são encaixados pelos servidores no contexto da manifestação de Salles na famigerada reunião ministerial de 22 de abril do ano passado, em que o ministro defendeu a adoção de medidas infralegais durante a pandemia para "passar a boiada".

"O atual contexto do ICMBio marcado pelo esvaziamento de suas atribuições, os ataques à gestão ambiental e aos servidores, a destruição ambiental e a ocupação de cargos de chefia por militares reforça a preocupação com a transparência dos documentos da autarquia e a necessidade de assegurar o direito à informação e transparência à sociedade brasileira", já declarava a Associação Nacional dos Servidores de Meio Ambiente (Ascema) em maio do ano passado.

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A nova temporada do programa The Masked Singer Brasil começou na tarde deste domingo, 12, na TV Globo, e já teve um momento inusitado: a humorista Tatá Werneck arrancou um selinho do cantor Belo.

O momento ocorreu logo no início do programa, quando Eliana, que faz sua estreia nos domingos da Globo, apresentava o corpo de jurados.

Neste ano, além de Belo e Tatá, Tony Ramos e Sabrina Sato compõem a bancada - na estreia, contudo, a humorista Dani Calabresa substitui a apresentadora.

Ao ser apresentada, Tatá Werneck brincou sobre os seus colegas: "Muito feliz de estar ao lado do Tony Ramos, esse homem maravilhoso, e do Belo, que eu nem achava belo e agora acho."

"Fala a verdade", respondeu o cantor.

Nesse momento, a atriz se aproximou do artista e deu um beijo nele.

O The Masked Singer retornou à programação da TV Globo neste domingo, 12, com a apresentação de Eliana, que, agora contratada da emissora, substitui Ivete Sangalo. Sheila Mello e Scheila Carvalho, do grupo É o Tchan!, foram as primeiras eliminadas da temporada de 2025.

Neste ano, o time de jurados foi atualizado: Tony Ramos e Belo se juntaram a Tatá Werneck e Sabrina Sato.

Na estreia do programa, contudo, a humorista Dani Calabresa fez uma participação especial e substituiu Sabrina na bancada.

No ano em que a TV Globo celebra 60 anos no ar, as fantasias dos participantes são inspiradas por personagens icônicos da dramaturgia da emissora, com participantes como Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino, Odete Roitman, de Vale Tudo, e Vlad, de Vamp.

Na estreia, apenas cinco dos 16 competidores se apresentaram.

Foram eles: Odete Roitman, de Vale Tudo, Ruth e Raquel, de Mulheres de Areia, Foguinho, de Cobras & Lagartos, Bruno Mezenga, de O Rei do Gado, e Tieta, de Tieta.

Após a primeira votação da plateia, foram salvos Odete Roitman, Foguinho e Tieta.

Em seguida, Ruth e Raquel e Bruno Mezenga apresentaram um duelo inspirado na novela A Dona do Pedaço.

Após a apresentação, os jurados decidiram salvar Bruno Mezenga, tornando Ruth e Raquel as primeiras eliminadas da edição.

Depois da eliminação, foi revelado à plateia e aos jurados que Sheila Mello e Scheila Carvalho estavam por baixo da fantasia.

Todos os jurados mantiveram os palpites dados inicialmente: Renata Vasconcellos e Lanza Mazza (Tony Ramos), Ludmilla e Brunna Gonçalves (Belo) e Cleo e Antonia Morais (Tatá Werneck e Dani Calabresa).

Os participantes da estreia do Masked Singer 2025 e os palpites dos jurados

Odete Roitman, de Vale Tudo

Tony Ramos: Andréia Horta

Belo: Carolina Dieckmann

Tatá Werneck: Wanessa Camargo

Dani Calabresa: Dandara Mariana

Ruth e Raquel, de Mulheres de Areia

Tony Ramos: Renata Vasconcellos e Lanza Mazza

Belo: Ludmilla e Brunna Gonçalves

Tatá Werneck: Cleo e Antonia Morais

Dani Calabresa: Cleo e Antonia Morais

Foguinho, de Cobras & Lagartos

Tony Ramos: Emicida

Belo: Marcello Melo Jr.

Tatá Werneck: Jonathan Azevedo

Dani Calabresa: George Sauma

Bruno Mezenga, de O Rei do Gado

Tony Ramos: Leonardo

Belo: Rodolffo Matthaus

Tatá Werneck: Marcos, da dupla Marcos & Belutti

Dani Calabresa: Marcos Palmeira ou Marcos Pasquim

Tieta, de Tieta

Tony Ramos: Fátima Bernardes

Belo: Paolla Oliveira

Tatá Werneck: Alessandra Negrini

Dani Calabresa: Grazi Massafera

A atriz Graziella Moretto, 52, mulher do ator Pedro Cardoso, falou sobre o cancelamento que sofreu do meio artístico após ela questionar a exposição da nudez feminina nas artes cênicas.

Isso teria ocorrido em meados de 2008, na época do lançamento de um filme de seu marido.

"Quando eu me posicionei, fui super cancelada e pela própria classe artística", disse ela durante entrevista ao podcast Embrulha sem Roteiro.

Ela também revelou que o fato de se opor a exposição do corpo resulta na perda de oportunidades.

"Eu pago um preço todo dia. A partir do momento em que você se opõe a esse tipo de representação do seu corpo no audiovisual, fica desempregada. Você não tem trabalho", disparou a artista que trabalhou em projetos como Os Normais e Da Cor do Pecado.

Ela ainda admitiu que já aceitou tirar a roupa para um personagem apenas para não perder o emprego. "Eu fiz, eu tentei resistir e achei que não tinha mais que fazer. Para uma atriz continua sendo uma faca no pescoço. Se você não faz, não tem trabalho", contou.