Labrador barrado pela TAP: família de criança com autismo tenta embarcar cão desde abril

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Ainda não há previsão de embarque do cão de serviço Teddy, que a TAP se recusou transportar na cabine em um voo que sairia do Aeroporto do Galeão, no Rio, com destino a Lisboa (Portugal) na tarde de sábado, 24.

Com 288 passageiros, segundo informou a companhia, o voo TP74 foi cancelado após a empresa descumprir uma liminar que determinava o transporte do labrador Teddy acompanhado da irmã da tutora do animal, uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de 12 anos que está em Portugal há mais de um mês sem seu cão.

Em nota, a TAP afirma que a ordem judicial viola seu manual de operações e "colocaria em risco a segurança a bordo". Diz ainda ter dado alternativas de transporte para o animal, que não foram aceitas.

"A TAP lamenta a situação, que lhe é totalmente alheia, mas reforçamos que jamais poremos em risco a segurança dos nossos passageiros", disse a companhia.

Além do cancelamento, houve atraso na decolagem dos dois voos seguintes com a mesma rota. Conforme a companhia, "os voos foram reprogramados com grave impacto para os passageiros", e todos os afetados já haviam conseguido viajar na tarde de domingo, 25.

Primeira negativa

Conforme a decisão judicial da 5ª Vara Cível de Niterói, o impedimento de embarque do cachorro pela companhia ocorreu pela primeira vez em 8 de abril, quando viajaria com a tutora a Lisboa.

O incidente teria causado "grande sofrimento" a ela e à família e a separação acarretou "prejuízos emocionais significativos" pelo fato de a criança necessitar de auxílio constante do cão de assistência, diz o documento, que atesta o cumprimento de requisitos administrativos e sanitários do cão de assistência pela família.

Em 23 de abril, a Justiça concedeu tutela de urgência para que o labrador fosse transportado pela companhia aérea, na cabine, determinando ainda a emissão da passagem sem custo para a irmã da tutora do animal.

Em 24 de maio, porém, a companhia aérea negou novamente o transporte do animal na cabine. Ao Estadão, a TAP reiterou só permitir o transporte de animais no bagageiro.

Lei Joca

O transporte de animais no bagageiro das aeronaves passou a ser questionado após falhas de companhias aéreas levarem pets à morte no ano passado.

O caso do Golden Retriever Joca, que foi levado para a cidade errada pela Gol e morreu ao ser levado de volta em abril de 2024, fez a companhia aérea suspender temporariamente o transporte no porão.

No fim de abril, o Senado aprovou a "Lei Joca", permitindo que os animais possam ser conduzidos tanto na cabine quanto no compartimento de bagagens, a depender do porte e do peso, exceto no caso de cães-guia, que poderão viajar com os tutores. Com modificações, o texto retornou à Câmara dos Deputados para análise.

Já uma decisão de 14 de maio do Superior Tribunal de Justiça diz que empresas aéreas não são obrigadas a transportar animais de suporte emocional na cabine do avião.

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Desde que chegou à Netflix em 30 de maio, O Jogo da Viúva não saiu do topo. O filme ocupa atualmente o primeiro lugar entre os títulos mais assistidos no Brasil e também figura entre os maiores sucessos da plataforma em diversos países.

O apelo não vem apenas do roteiro instigante, mas do fato de a trama ser inspirada em uma história real que chocou a Espanha em 2017.

O crime, que ficou conhecido como "o assassinato de Patraix", envolve traição, manipulação e um desfecho trágico arquitetado por María Jesús Moreno, mais conhecida como Maje, e seu amante, Salvador Rodrigo.

Crime escandalizou a Espanha

Em Valência, no dia 16 de agosto de 2017, o engenheiro Antonio Navarro Cerdán, de 36 anos, foi encontrado morto na garagem do prédio onde morava com a esposa. O corpo tinha seis perfurações no peito, e nada foi roubado.

À primeira vista, Maje se apresentou como uma viúva devastada. Mas bastaram alguns dias para que a polícia começasse a desconfiar. O comportamento dela parecia ensaiado demais. Contradições em depoimentos e relatos de pessoas próximas logo vieram à tona.

A investigação revelou uma teia de mentiras e traições. Maje mantinha múltiplos relacionamentos fora do casamento. Um deles com Salvador Rodrigo, colega de trabalho, mais velho, casado e completamente obcecado por ela. E foi justamente essa obsessão que ela usou a seu favor.

Maje convenceu o amante de que vivia um relacionamento abusivo e o manipulou até que ele aceitasse matar seu marido. Ela entregou as chaves da garagem e todas as instruções. Antonio foi atacado de surpresa pelas costas, em uma emboscada.

A queda da 'Viúva Negra'

Nos meses seguintes, o caso parecia um mistério sem solução. Até que a polícia, desconfiada, passou a monitorar as conversas telefônicas de Maje e, então, armou uma cilada e gravou, escondida, uma conversa entre os amantes em uma cafeteria na cidade de Torrent, na região de Valência.

O diálogo não só confirmou a relação dos dois, como também revelou detalhes da participação no crime.

O julgamento teve grande repercussão na mídia espanhola. Maje foi apelidada pela imprensa como a "Viuva Negra de Patraix".

Ela foi condenada a 22 anos de prisão, enquanto Salvador recebeu uma pena de 17 anos.

Do tribunal para as telas

Dirigido por Carlos Sedes (O Caso Asunta), O Jogo da Viúva reconstrói essa história real com uma pegada de suspense policial e drama psicológico. O longa não se limita ao crime e mergulha na complexidade das relações, nos jogos de poder e no impacto da manipulação emocional.

Ivana Baquero interpreta Maje e Tristán Ulloa faz o papel de Salvador. O elenco ainda conta com Carmen Machi, como Eva, inspetora que lidera a investigação.

O capítulo de Vale Tudo exibido na terça-feira, 3, introduziu um segredo que Odete Roitman (Débora Bloch) tenta esconder. Nas cenas, a vilã atende a uma ligação misteriosa e, em seguida, se dirige para um sítio. Lá encontra Nice (Teca Pereira), personagem estreante na trama.

"Espero que você tenha um bom motivo para me fazer vir até aqui", confronta Odete. Nice pede para a empresária dobrar o dinheiro que paga a ela, e também menciona que Odete não vai ao local há quatro ou cinco anos. A vilã concorda com o aumento, desde que ela continue "fazendo o que tem que fazer". Nice garante: "Vou continuar fazendo tudo o que tenho que fazer aqui".

Odete parece procurar alguém dentro da casa e, ao deixar o local, vê outra pessoa com Nice pelo reflexo da janela. A cena levantou teorias entre os espectadores: estaria aquela senhora escondendo alguém para Odete? Quem?

O que acontece na versão original de 'Vale Tudo'?

Na versão original do folhetim, de 1988, a personagem Nice se chamava Ruth (Zilka Salaberry), e havia trabalhado por anos como empregada doméstica na casa da empresária. Ruth só ganhou destaque no final da trama, indicando que a autora Manuela Dias deve fazer alterações na história - a cena com a silhueta misteriosa também é novidade.

Se o remake seguir o roteiro original, o grande segredo de Odete é que ela estava dirigindo o carro no acidente que matou o filho mais velho, Leonardo, e não Heleninha (Renata Sorrah/Paolla Oliveira).

Na ocasião, Odete foi flagrada pelo filho com um amante, que era amigo do rapaz, em Angra dos Reis. Leonardo se revolta e decide voltar para casa para contar ao pai. Odete dirige e o rapaz vai no banco de trás para ajudar a irmã, que estava alcoolizada. Nervosa com a situação, Odete acaba batendo o carro. A empregada presencia o acidente.

Ruth também sabia que o incêndio que quase matou Tiago (Fábio Villa Verde/Pedro Waddington), filho de Heleninha, foi causado por cinzas de cigarro derrubadas por Odete em uma cortina. Odete deixou a filha carregar a culpa por acreditar ter sido a responsável pelos dois acidentes, e comprou o segredo de Ruth, sustentando a mulher fora do País.

Leo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão por "discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários". Após a repercussão da decisão, humoristas se pronunciaram sobre o caso.

Nas redes sociais, grandes nomes do humor no Brasil se manifestaram sobre a decisão da Justiça Federal; veja as reações:

Renato Albani

No Instagram, Renato Albani compartilhou um vídeo defendendo o colega de profissão. "Inacreditável ver como os valores são invertidos nesse País. Isso é o começo do fim", destacou ele.

Thiago Ventura

O humorista Thiago Ventura também expôs indignação com o caso. "Não é possível", disse no Instagram ao compartilhar a notícia.

Mauricio Meirelles

Mauricio Meirelles fez uma série de desabafos no X (antigo Twitter) a favor de Leo Lins. Em uma das publicações ele chegou a comparar a condenação de Leo com a recente prisão do MC Poze do Rodo, acusado de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.

Danilo Gentili

Danilo Gentili também comentou sobre a condenação de Leo Lins em um vídeo nas redes sociais. "Piadas não geram gente morrendo, não geram intolerância, preconceito. São apenas piadas", declarou o apresentador.

Murilo Couto

Murilo Couto, que trabalhou com Leo Lins no The Noite com Danilo Gentili, também prestou apoio ao amigo. "Humorista não é bandido", declarou.

Antonio Tabet

Antonio Tabet, ex-integrante do canal de humor Porta dos Fundos, compartilhou a notícia no X e criticou a decisão: "Isso aqui é um absurdo."

Victor Sarro

Victor Sarro ainda não fez nenhum pronunciamento oficial, mas já deixou claro que discorda da decisão. No entanto, no X, compartilhou a publicação de Antonio Tabet.

No Instagram, ele repostou uma imagem de Leo Lins com a palavra "censurado", publicada pelo cineasta e roteirista Paulo Cursino, com a seguinte legenda: "'A censura é filha do medo, pai da ignorância, e a arma dos tiranos'.- Laurie Halse Anderson. Toda força a Leo Lins."

Fábio Rabin

O humorista Fábio Rabin postou um vídeo nas redes sociais comentando o assunto, também a favor de Leo. "Tem gente que usa a piada de forma negativa, para machucar o outro, fazer discurso de ódio. Mas quando o cara está no palco fazendo um show para quem pagou, ele tem licença poética para fazer aquelas piadas", disse ele.