Nº de vítimas de homicídio sobe 40% em abril na cidade de SP; furtos também crescem

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O número de vítimas de homicídio doloso, quando há intenção de matar, subiu 40% em abril deste ano na cidade de São Paulo, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 30, pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP). Foram 49, ante 35 no mesmo período do ano passado.

A alta é ainda maior do que a apresentada no primeiro trimestre deste ano, quando, na contramão do Estado, o número cresceu 8,2% na capital paulista. Quando se leva em conta o período de janeiro a abril, houve incremento de 11,5% no indicador, com 181 pessoas assassinadas.

O crescimento vai na contramão do cenário observado nos últimos anos, quando São Paulo se firmou como a unidade federativa com o menor índice de homicídios do País. Edição recente do Atlas da Violência aponta que, em 2023, houve 6,4 mortes para cada 100 mil habitantes no Estado. No Amapá, foram 57,4.

Em nota publicada no site, a SSP afirma que os homicídios seguem tendência de queda no Estado. "De janeiro a abril, aconteceram 839 mortes intencionais. Essa foi a menor quantidade para o período desde 2001", diz.

Ao analisar só abril, porém, o Estado teve alta de 5,1% no número de vítimas de homicídio doloso na comparação com o mesmo período do ano passado. Questionada sobre isso, a secretaria ainda não retornou.

Casos recentes de violência chamam atenção. No fim de abril, a professora de Matemática Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, foi encontrada morta com sinais de estrangulamento nos arredores do Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo.

A principal suspeita, a ex-mulher da vítima, foi presa pela polícia dias depois. Foram detidos ainda ao menos outros três suspeitos de envolvimento no crime. O caso é investigado pela Polícia Civil.

No mesmo mês, Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi assassinada perto da estação Corinthians-Itaquera, zona leste de São Paulo. A jovem, que nasceu e cresceu na região, fazia mestrado na Universidade de São Paulo (USP).

"Quando se sepulta um filho, parece que vai uma parte do seu coração. E, do meu coração, foi a melhor e mais linda parte", disse a mãe da vítima, Simone Francelina da Silva, em entrevista ao Estadão. O homem apontado como autor foi encontrado morto no fim do mês.

Também em abril, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou por feminicídio Maicol Sales dos Santos, preso pela morte de Vitória Regina de Souza, de 17 anos. O caso em questão ocorreu em março em Cajamar, região metropolitana da capital. A defesa dele não foi localizada.

Furtos também crescem

Além do aumento das vítimas de homicídio, os registros de furto cresceram 7,9% em abril deste ano, também mantendo tendência de alta - no primeiro trimestre, o indicador atingiu o maior patamar para o período em toda a série histórica, iniciada em 2001.

Ao mesmo tempo, os registros de estupros, roubos e latrocínios (assaltos seguidos de morte) apresentaram quedas, respectivamente, de 4,4%, 15% e 57,1%, apontam os dados oficiais da secretaria.

O cenário é parecido com o apresentado no Estado, que registrou uma queda até mais expressiva nos roubos (-17,8%). Entre os cinco indicadores analisados pela reportagem, o único que teve comportamento diferente foi o de latrocínios, que se manteve estável, com 14 ocorrências.

Dados da capital

Homicídios: tiveram alta de 40% em abril, com 49 vítimas

Furtos: tiveram alta de 7,9% em abril, com 20,8 mil casos

Roubos: tiveram queda de 15% em abril, com 8,4 mil casos

Estupros: tiveram queda de 4,4% em abril, com 241 casos

Latrocínios: tiveram queda de 57,1% em abril, com 3 vítimas

Números no Estado

Homicídios: tiveram alta de 5,1% em abril, com 204 vítimas

Furtos: tiveram alta de 1,2% em abril, com 46,5 mil casos

Roubos: tiveram queda de 17,8% em abril, com 14 mil casos

Estupros: tiveram queda de 3,7% em abril, com 1,2 mil casos

Latrocínios: não oscilaram, com 14 vítimas

Também em nota publicada no site, a Secretaria da Segurança Pública atribui a queda dos roubos a estratégias adotadas combater os crimes patrimoniais. "No acumulado do ano, os roubos atingiram o menor patamar da história no estado, resultado do trabalho integrado das Polícias Civil e Militar", diz a pasta.

Em outra categoria

Eliane Giardini, que viveu Muricy em Avenida Brasil (2012), confirmou que a novela terá uma continuação. A atriz comentou o assunto durante uma palestra, em vídeo que circula nas redes sociais. No momento, o mediador do encontro mencionou que o próximo trabalho dela será com João Emanuel Carneiro, autor da trama original, e citou o título.

Ao refletir sobre o projeto, Eliane explicou que considera um remake mais simples de encarar. "O remake você já sabe que é uma história maravilhosa. No mínimo vai fazer sucesso porque as pessoas odeiam e ficam comparando, isso também é uma forma de sucesso", disse.

Já a ideia de continuar uma história que marcou época preocupa a atriz. "Quando a história é boa, é uma equação perfeita. A gente não tem o domínio sobre essa equação, ela acontece por acaso, e é muito difícil reproduzir. Por isso tenho um pouco de medo da continuação, porque você vai mexer em uma coisa que fez grande sucesso", afirmou.

Continuação de 'Avenida Brasil'

De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do portal LeoDias, a Globo procurou o autor João Emanuel Carneiro, que teria aceitado dar continuidade à história. Os primeiros esboços do projeto já estariam em andamento.

Procurada pelo Estadão, a Globo ainda não confirmou a produção. O espaço segue aberto.

Adriana Esteves e Murilo Benício também já teriam sinalizado interesse em reviver os papéis de Carminha e Tufão. Ainda não há informações sobre o restante do elenco. A previsão é que a produção estreie em 2027.

O dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, de 72 anos, se emocionou e também comoveu seguidores ao voltar a sambar após cinco meses afastado da dança por conta da limitação de movimentos. Ele está em tratamento para bursite trocantérica bilateral, uma doença autoimune, e também enfrenta tendinite nos glúteos.

Ele voltou a dançar ao som de Cabide, de Mart'nália. Ainda com acompanhamento, sambou sozinho e também performou em dupla. O momento foi divulgado em vídeo no Instagram.

Em entrevista ao RJTV, da Globo, ele celebrou o retorno. "Eu já estava me emocionando, tava mexido, mas não tinha a mínima ideia desse alcance", disse sobre a repercussão.

Carlinhos define a dança como seu porto seguro. "É uma válvula de escape, é meu divã, meu travesseiro, meu ombro porque a dança sempre esteve nos momentos mais difíceis da vida", destacou.

Ele contou ainda que seu quadro não tem cura, mas afirma que o tratamento - que inclui imunoterapia, musculação e fisioterapia - ajuda a frear a progressão. "Estou evoluindo. O meu amanhã já não é tão obscuro porque eu já consigo me levantar", disse.

A Escadaria das Bailarinas, espaço em Pinheiros, na zona oeste da cidade de São Paulo, revitalizado por Eduardo Kobra em 2018, passou por um novo processo de renovação. Agora, a escadaria, que une as ruas Alves Guimarães e Cardeal Arcoverde, conta com cores renovadas, iluminação cênica, acessibilidade e mobiliário urbano restaurado.

"Há sete anos, criamos esse espaço para ser mais agradável para a cidade e, portanto, restaurar esta obra é manter a história e a memória preservadas", diz o artista.

Além da manutenção artística, o espaço recebeu melhorias estruturais e paisagísticas. No momento, degraus e bancos foram restaurados e uma nova iluminação cênica foi colocada para valorizar o conjunto da obra também à noite.

O projeto foi conduzido pela incorporadora Munir Abbud em parceria com a construtora e incorporadora SKR, e contou com apoio do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). O próprio Kobra acompanhou a restauração, a recuperação das cores e brilho originais e criou um novo design cromático para os degraus, garantindo mais resistência diante do fluxo intenso de pedestres e turistas.

Para o futuro, os criadores planejam a instalação de um elevador no subsolo, com acesso a partir da Rua Cardeal Arcoverde. "De forma que pessoas com mobilidade reduzida possam ter acesso a lojas, restaurantes e cafés em todos os andares", conta Jota Abbud, sócio-diretor da Munir Abbud.

Quem já conhecia o lugar, no entanto, percebeu uma mudança impactante no espaço que antes da obra era popularmente conhecido como Escadão da Alves Guimarães. A icônica bailarina da escada - a primeira pintada pelo artista, conforme mostrou matéria do Estadão da época - não está mais lá. De acordo com os criadores do projeto, o motivo foi a alta degradação que o tempo e a chuva traziam à obra.

Antigamente eram seis bailarinas e agora o espaço retrata apenas quatro - duas delas inspiradas em integrantes do Ballet Paraisópolis.

Com a restauração, é esperado que a escadaria retorne ao radar como um dos cenários mais clicados de Pinheiros.