Lula relança programa e tenta alavancar acesso a especialistas com parcerias com setor privado

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta sexta-feira, 30, uma medida provisória (MP) para permitir que hospitais privados sejam utilizados no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros pontos.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o programa deve mobilizar R$ 16 bilhões, considerando recursos já existentes no orçamento da pasta e valores abatidos das dívidas do setor privado. As primeiras ofertas de atendimento devem começar em agosto.

A medida faz parte do relançamento do programa "Mais Acesso a Especialistas", que agora passa a se chamar "Agora tem Especialistas". O programa tem como objetivo facilitar o acesso da população a consultas especializadas e acelerar o tempo de diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer.

A expectativa do governo é que o programa seja a principal marca do terceiro mandato de Lula na área da Saúde e traga resultados que possam ser capitalizados pela gestão no curto prazo. A iniciativa foi relançada em cerimônia no Palácio do Planalto, com vídeos simultâneos do lançamento em quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí e Paraná.

"A doença não espera. Não é possível a gente ficar brincando com a sorte da pessoa, porque a gente sabe que, se a doença não for tratada, vai ser agravada", disse o presidente durante o evento.

Principais medidas

O governo calcula que o setor privado tem uma dívida de R$ 9 bilhões com a União. A MP permite que o Executivo abata esse valor a partir da realização de cirurgias e atendimentos à população em geral. A previsão é que sejam abatidos R$ 4,4 bilhões por ano.

"Quando um usuário de plano de saúde acaba utilizando o SUS, ele (o plano) tem que fazer o ressarcimento e, por vários motivos, (o dinheiro) nunca chega de volta. E, quando chega, não significa mais atendimento à saúde. Esse ressarcimento pode ser trocado por mais cirurgia, mais exame diagnóstico, mais consulta com especialista", explicou o ministro da Saúde.

Para Padilha, esse será "um arranjo produtivo muito mais rápido".

Entre os novos pontos do programa estão:

- Prestação de serviços pela União: A medida assinada pelo presidente permite que a União possa contratar e prestar atendimentos de média e alta complexidade em apoio a Estados e Municípios. Antes, o governo federal apenas repassava recursos para que esses entes pudessem oferecer esse serviço.

- Atendimento no setor privado: A MP permite que dívidas do setor privado (ressarcimento de planos de saúde e dívidas de hospitais particulares e filantrópicos) sejam abatidas por meio da prestação de serviços para o SUS. Unidades de saúde sem dívidas com a União também poderão aderir e serão pagas pela tabela "Agora tem Especialistas", com um crédito gerado pelo Ministério da Fazenda para abatimento de tributos. Serão abertos editais para que o setor privado se cadastre no programa e, a partir disso, o governo fará o credenciamento dos estabelecimentos que poderão ser utilizados pelo SUS.

- Áreas prioritárias: serão contempladas prioritariamente as áreas de oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. De acordo com o governo, poderão ser realizados mais de 1,3 mil tipos de cirurgia na rede privada.

- Carretas: O governo vai disponibilizar 150 carretas equipadas para realização de 720 mil pequenas cirurgias e biópsias, 4,6 milhões de exames e 9,4 milhões de consultas. Parte desse atendimento será direcionado a caminhoneiros e serão realizados mutirões em áreas remotas do País, como terras indígenas.

- Formação: O programa prevê o lançamento de um edital específico do Mais Médicos para oferta de 500 vagas para médicos especialistas. O Ministério da Saúde prevê 3 mil bolsas para formação de médicos especialistas e a criação de novos programas de residência médica em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB).

Padilha deixou claro que o Ministério da Saúde não vai criar uma fila própria para o atendimento à população, e sim ofertar os procedimentos, exames e consultas via centrais de regulação dos próprios municípios.

No formato anterior do programa, eram repassados recursos para contratação de pacotes de serviços, a chamada Oferta de Cuidados Integrados. Nessa modalidade, consultas e exames eram contratados de uma só vez, com prazo máximo de 30 dias para realização.

Em outra categoria

Flor Gil compartilhou um vídeo emocionante em suas redes sociais na noite de terça-feira, 5. A cantora mostrou a emoção e surpresa de sua tia, Preta Gil, ao vê-la se apresentando pela primeira vez na TV, ainda criança, no Tamanho Família, na Globo.

O programa foi ao ar em agosto de 2018, quando a filha de Bela Gil tinha apenas 9 anos. Enquanto cantava, Flor Gil estava acompanhada de outros parentes, como o primo Francisco Gil, filho de Preta Gil, o primo João Gil, filho de Nara Gil, e o tio Bem Gil. "Que coisa mais linda", exclamou Preta surpresa ao ver a sobrinha cantando.

Hoje aos 16 anos e com seu primeiro disco lançado, Flor Gil falou sobre a sensação de cantar pela primeira vez na TV e com a tia na plateia. "Lembro da sensação de estar atrás daquela parede de LED, antes dessa surpresa pra você. Uma mistura de nervosismo por cantar ali, na sua frente, por conta da imensa admiração que sempre tive por você", escreveu a sobrinha de Preta, que morreu no último dia 20 de julho.

"Fui com medo mas você ficou tão feliz que até chorou e se emocionou ainda mais. Foi a minha primeira vez cantando sozinha no palco, na TV e agora só penso como foi aquela sensação de cantar essa música pra você. Foi lindo, tão gostoso, cheio de amor… E agora sempre que eu canto, eu penso em você", completou Flor.

Atualmente Flor Gil está em turnê para divulgar o seu primeiro álbum: Cinema Love. Após um show de estreia em Nova York, a neta de Gilberto Gil vai se apresentar em São Paulo, em Salvador e no Rio de Janeiro, com ingressos esgotados em duas datas. A cantora também está na trilha sonora da nova novela das seis da Globo, Êta Mundo Melhor!, com a música inédita Chegou Pra Ficar.

Mais de 750 cineastas, atores, produtores, roteiristas, técnicos e artistas de todas as regiões do País assinam uma carta aberta endereçada ao presidente Lula, à ministra Gleisi Hoffmann, ao presidente da Câmara Hugo Motta, à ministra Margareth Menezes e à secretária nacional do audiovisual Joelma Gonzaga. O documento reivindica a criação imediata de um marco regulatório para o setor de streaming no Brasil, visando garantir contrapartidas justas das plataformas internacionais que atuam no Brasil.

Segundo os signatários, a regulação "não pode mais ser adiada", e é urgente que o tema receba tratamento prioritário no diálogo entre o Executivo e o Congresso. A carta também pede que o presidente Hugo Motta reconduza a deputada Jandira Feghali como relatora dos projetos em tramitação no plenário da Câmara.

"Ao audiovisual de um país registra a identidade em movimento de sua cultura. Conta quem nós somos, de onde viemos, e nos ajuda a pensar para onde queremos ir. Constrói algo fundamental: a memória de um país", afirma o documento.

A carta, assinada em ordem alfabética, expressa ampla diversidade regional e artística - incluindo grandes nomes do cinema comercial, diretores premiados, roteiristas, técnicos e figuras da produção independente de estados como São Paulo, Acre, Pernambuco, Rio de Janeiro, Brasília e Santa Catarina. Há representantes do cinema indígena e periférico.

Entre os signatários estão Fabiano Gullane, Fernanda Torres, Fernando Meirelles, Heitor Dhalia, Joel Zito Araújo, José Padilha, Julia Rezende, Kleber Mendonça Filho, Laís Bodanzky, Luiz Carlos Barreto, Petra Costa, Wagner Moura, Walter Salles, e nomes da cena independente como Anna Muylaert, Affonso Uchoa, Andre Novais, Adirley Queiróz, Eryk Rocha, Gabriel Mascaro, Maya Da-Rin, Daniel Filho, Helena Ignez, Júlio Bressane, Grace Passô, Marcelo Caetano, Lincoln Pérciles, Mozarniel Iramari Yanomami e o escritor Paulo Lins.

"Não podemos aceitar que o nosso mercado audiovisual seja usado como moeda de troca, como em momentos anteriores de nossa história. Devemos almejar equilibrar a nossa balança comercial da cultura, exportando nossa diversidade e nossa produção cultural para o mundo."

O PL 2331/22 propõe que as plataformas de streaming contribuam com 6% da receita para o desenvolvimento de conteúdo nacional, percentual inferior aos 12% recomendados pelo Conselho Superior do Cinema. A proposta foi construída com base em modelos adotados em França, Itália e Coreia do Sul, e já recebe apoio consolidado do setor.

A carta pede ainda:

- Apoio formal do Executivo ao PL 2331/22;

- Atuação ativa do Ministério da Cultura em defesa da indústria audiovisual;

- Mobilização conjunta para garantir a tramitação urgente do projeto no Congresso.

"Sem regulação, o Brasil corre o risco de ser apenas um mercado consumidor, sem consolidar uma indústria nacional capaz de gerar emprego, renda e projeção internacional." O documento ressalta ainda que a regulação representa uma questão de soberania nacional, cultura e democracia, e conclui: "Trata-se de garantir que a voz do Brasil continue a ser contada por brasileiros."

Juliana Paes retorna como rainha de bateria da escola de samba Unidos da Viradouro em 2026 após 17 anos longe do posto. O Estadão confirmou a notícia com a escola de samba.

Em 2026, a vermelha e branca de Niterói vai homenagear com seu enredo Ciça, seu mestre de bateria, retomando uma parceria histórica entre ele e Juliana.

A festa de coroação da atriz será no dia 30 de agosto. O posto de rainha de bateria antes era ocupado pela atriz Érika Januza, que foi avisada após o Carnaval 2025 que precisaria entregar o posto.

Juliana nunca escondeu a paixão pela Viradouro. Ela já desfilou pela escola como rainha de bateria entre 2004 e 2008. Depois, já casada o empresário Carlos Eduardo Baptista, ela deixou o posto para se concentrar na novela Caminho das Índias, em que viveu sua primeira protagonista no horário da nobre.

Embora nunca tenha escondido seu amor pela Viradouro, Juliana Paes chegou a desfilar como rainha de bateria da Acadêmicos do Grande Rio por dois anos. Ela esteve à frente dos ritmistas da escola entre 2018 e 2019, sendo substituída por Paolla Oliveira, que colocou o cargo à disposição neste ano para se dedicar às gravações da novela Vale Tudo.