André Correa do Lago: Agenda de Ações da COP30 será divulgada até dia 15

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Até o próximo dia 15, o presidente da COP30, o diplomata André Corrêa do Lago, vai apresentar a agenda das ações do encontro marcado para novembro em Belém, no Pará. A agenda será o tema da quarta Carta Aberta que será enviada por Lago à comunidade internacional sobre a COP30. Segundo ele, a agenda de ação tem crescido significativamente nos últimos encontros, e é de onde "surgem muitas das melhores soluções para combater mudanças do clima", informou.

"Ao mesmo tempo em que as negociações ocorrem, você tem outras salas em que outros atores podem apresentar o que estão fazendo, porque a negociação em si são os países que negociam, mas na agenda de ação você tem espaço para os setores, para as cidades, para os governos locais e para o setor privado, para a sociedade civil também contar o que estão fazendo", explicou Lago após participar de evento do Fórum Econômico Mundial, que está acontecendo esta semana no Rio de Janeiro.

Ele explicou que nos últimos anos as Conferências das Partes (COPs) se desligaram um pouco da realidade das pessoas, que veem os países assinando documentos que não se sabe bem o que são, e como se aplicam na vida delas.

"Você teve na agenda de ação em alguns países, por exemplo, uma união de empresas, de grandes produtoras de comida, grandes empresas produtoras de petróleo, grandes empresas produtoras de outras coisas, que se juntam, do mundo inteiro, que se juntam para se comprometer a ser, por exemplo, o carbono zero em 2040 ou em 2050, ou seja, são compromissos que vão além dos compromissos dos países", explicou.

De acordo com Lago, é graças às COPs que muitos países desenvolveram soluções para combater as mudanças climáticas e muitas tecnologias foram adotadas e, por consequência, tiveram um impacto sobre a vida das pessoas.

A agenda de ação está sendo elaborada pela presidência brasileira, em consulta com todos os ministérios do governo, mas também ouvindo o mundo, de acordo com o diplomata, já que é uma agenda de ação para o mundo inteiro.

"Estamos ouvindo muito os outros países também, do que eles esperam, porque a agenda de ação é um pouco uma forma de você mostrar como você vai implementar o que você assinou e há, eu acho, uma grande frustração do mundo com relação à implementação, então, vamos ter que mostrar isso", disse Lago, ressaltando que a CPO30 será a COP das soluções.

Energia

Em relação ao setor de energia, um dos mais cobrados por ambientalistas, principalmente por conta da produção de combustíveis fósseis, Lago informou que as três grandes decisões tomadas na COP28 realizada em Dubai, em 2023, continuam na pauta dos governos e precisam ser implementadas: a transição para o afastamento dos combustíveis fósseis; a necessidade de triplicar as energias renováveis no mundo e a duplicação da eficiência energética.

"Mas você teve várias outras coisas também no balanço global, dois anos atrás, inclusive o fim do desmatamento, por exemplo, e uma maior recuperação de áreas de florestas", destacou.

"O que acontece na agenda de ação é interessante, porque você junta aqueles que querem fazer e não necessariamente todos, porque se você for implementar, você precisa que todo mundo concorde, é muito mais difícil a implementação. Então, vamos começar com quem quer implementar e nós vamos discutir temas, por exemplo, como biocombustíveis. Nem todos os países têm capacidade de produção de biocombustíveis, nem todos os países preferem adotar biocombustíveis, mas muitos países têm interesse, muitos países podem e muitos países podem se beneficiar de biocombustíveis", concluiu.

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V de Vingança vai ganhar uma nova adaptação como série de TV. De acordo com a revista Variety, a produção está em desenvolvimento para a HBO, com James Gunn e Peter Safran atrelados como produtores executivos.

A nova série é inspirada na graphic novel escrita por Alan Moore e ilustrada por David Lloyd, originalmente publicada entre 1982 e 1985. A história acompanha o personagem titular, um anarquista que usa uma máscara de Guy Fawkes e elabora uma campanha teatral e revolucionária para matar seus antigos captores e torturadores e derrubar o estado fascista. A história foi adaptada para o cinema em 2005, com Hugo Weaving e Natalie Portman no elenco. A direção do filme é de James McTeigue.

Ainda conforme a Variety, a nova série terá roteiro de Pete Jackson, e Gunn e Safran produzem por meio da DC Studios. O projeto é o mais recente entre as adaptações de selos da DC para o formato seriado. Além de Pinguim, derivada de Batman, a HBO também lançará Lanterns, que vai apresentar os Lanternas Verdes John Stewart (Aaron Pierre) e Hal Jordan (Kyle Chandler). Anteriormente, a emissora também produziu Watchmen, com Regina King, Jeremy Irons e Yahya Abdul-Mateen II.

Uma fã brasileira de Dua Lipa presenteou a cantora com uma cópia do livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. O momento aconteceu no último sábado, 8, durante um show da artista na Argentina.

Bárbara Sousa, administradora de um perfil de fãs de Dua Lipa no Instagram, viajou até Buenos Aires para acompanhar uma das apresentações da turnê Radical Optimism, e levou um cartaz com a frase "Troco um livro por uma selfie".

A proposta chamou a atenção da cantora, que trocou algumas palavras com Bárbara antes de abraçá-la e posar para uma foto. Ela também recebeu o livro em mãos e agradeceu pelo presente.

Dua Lipa, que vem ao Brasil para apresentações a partir do próximo sábado, 15, tem um clube de leitura, chamado Service 95 Book Club, criado por ela em junho de 2023. O clube traz escolhas mensais de leitura escolhidas pela própria cantora britânica. Recentemente, Lugar de Fala, de Djamila Ribeiro, foi listado entre as indicações de "6 livros decisivos que vão mudar a maneira com a qual você pensa no mundo".

Dua Lipa no Brasil

A estrela pop britânica trará a turnê Radical Optism ao Brasil. A artista, que marcou presença no Rock in Rio em 2022, se apresentará em São Paulo, no dia 15 de novembro, no estádio MorumBIS; no Rio de Janeiro, o show será na Área Externa da Farmasi Arena, no dia 22. Os ingressos estão a venda no site da Ticketmaster.

Em Má Influencer, nova série original sul-africana da Netflix, uma mãe solo, BK (Jo-Anne Reyneke), se une a uma influenciadora, Pinky (Cindy Mahlangu), para vender bolsas de luxo falsificadas online. Mas o golpe chama a atenção tanto de uma gangue de falsificadores quanto das autoridades, e elas precisam ser mais espertas do que a polícia e os criminosos caso queiram ganhar dinheiro e não ir para a cadeia.

Em sete episódios, a nova atração aborda temas como a fama nas redes sociais, a cultura - por vezes tóxica - dos influenciadores digitais, além de lealdade e a busca por sobrevivência. A série foi criada e escrita por Kudi Maradzika, com direção de Ari Kruger e Keitumetse Qhali. Atualmente, a produção está entre as mais vistas da Netflix.

Definida pela edição sul-africana da revista Glamour como "parte da nova onda de talentos africanos que estão redefinindo a forma de contar as histórias do continente, e quem pode contá-las", Kudi oferece um ponto de vista particular sobre temas como cultura digital e cultura de influência. Afinal, ela mesma tentou se tornar uma influenciadora em períodos anteriores de sua carreira, e fala de uma perspectiva própria.

"Cheguei até mesmo a ser convidada para eventos de marca", declarou à revista. "Mas, como jornalista de formação, comecei a perceber um mundo muito mais complexo do que as pessoas imaginam."

Depois disso, ela fez parte de um laboratório do Instituto Realness, uma incubadora de projetos de onde a Netflix selecionou filmes e séries de países como Quênia, África do Sul e Nigéria, contratou roteiristas e passou um ano e meio desenvolvendo a história. "Má Influencer explora o quanto as mídias sociais moldam nossa identidade, nossas ambições e nossa bússola moral, especialmente em uma sociedade obcecada por imagem."

Além da fama das redes sociais, Má Influencer também aborda a relação entre tecnologia e crime, sobretudo quando consumidores podem ser enganados por influenciadores em quem confiam ou estratégias de marketing enganosas. A série também aborda as questões morais em torno da origem e do destino do dinheiro das falsificações - tudo isso sob um viés local.

"Os ritmos culturais, o humor e as contradições sul-africanas conduzem a história", declarou Maradzika ao portal nigeriano Nollywood Reporter. "A equipe fixou a história em um mundo que é reconhecidamente nosso."