Homem preso por agredir criança ao confundir com bebê reborn é solto; entenda

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Preso em flagrante por lesão corporal depois de agredir um bebê em Belo Horizonte na semana passada, Filipe Martins Cruz, de 36 anos, foi solto pela Justiça de Minas Gerais após audiência de custódia realizada no último sábado, 7. O homem acreditou que a criança, de 4 meses, fosse um bebê reborn, uma boneca hiper-realista que os pais estariam usando para furar a fila de uma lanchonete.

A decisão foi assinada pela juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa. A magistrada entendeu que o caso não preencheu os requisitos que levariam a conversão de uma prisão em flagrante em preventiva.

"Acerca das hipóteses que autorizam a preventiva, entendo que, por ora, não se fazem presentes, pois o crime de lesão corporal leve possui pena máxima inferior a 4 (quatro) anos, não restando preenchido, assim, um dos requisitos legais previstos no artigo 313 do CPP (Código de Processo Penal) (inciso I)", afirma a juíza na sentença.

Ao conceder a liberdade provisória para Martins, a magistrada determinou medidas cautelares, como o comparecimento à Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ceapa) por três meses, e o pagamento de uma fiança no valor de três salários mínimos, que corresponde a R$ 4.554.

Em vídeo gravado nas redes sociais, a defesa de Filipe Martins afirma que a Justiça acertou na decisão e afirma que seu cliente não teve dolo na agressão, ou seja, intenção de machucar a criança.

"Meu cliente praticou a conduta em equívoco, acreditando que tratava-se de um objeto, de um boneco, hiper-realista, por razão pela qual correu em erro e praticou a conduta sem o dolo de machucar uma pessoa vulnerável, um bebê, uma criança", disse o advogado Inti Collio.

O caso aconteceu na noite da última quinta-feira, em um trailer de uma lanchonete. Martins agrediu a criança por achar que os pais dela estariam usando um bebê reborn para conseguir prioridade no atendimento. Ele abordou os pais, questionou se a criança era uma boneca e, mesmo diante da negativa, desferiu um tapa na cabeça do bebê.

O bebê chegou a apresentar inchaço atrás da orelha e precisou de atendimento médico no Pronto-Socorro João XXIII. Filipe Martins foi detido pelas testemunhas até a chegada da Polícia Militar. Ele foi preso em flagrante.

O advogado Inti Collio afirma que seu cliente lamenta profundamente a agressão, e alega que, como a lesão não gerou sequelas à criança, a prisão em flagrante não deveria ser convertida em preventiva.

"Dessa forma, tratando-se de uma lesão corporal leve, não há possibilidade jurídica para a conversão de uma prisão preventiva", afirmou o defensor, que ainda declarou que Martins é réu primário e não tem histórico de passagens pela polícia.

A juíza Maria Beatriz informou na sua decisão que enviou um ofício ao pronto-socorro onde a criança foi atendida para questionar o grau da lesão provocada pelo tapa de Martins. No entanto, até a publicação da decisão no último sábado, não houve um retorno.

"Até o momento, não houve resposta (sobre o grau da lesão), o que implica, por ora, o enquadramento da conduta como lesão corporal leve", escreveu a magistrada.

Ainda no comunicado, a defesa de Filipe Martins diz que se encontra à disposição da Justiça para outros esclarecimentos sobre o caso. (COLABOROU JOSÉ MARIA TOMAZELA)

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Luana de Paula, noiva de Marcus Marinho, que apresenta o RJ No Ar, da Record, morreu em um acidente de trânsito no Rio de Janeiro.

Segundo o site Audiência Carioca, ela estava como passageira em uma corrida de moto por aplicativo quando o acidente aconteceu. Luana chegou a receber atendimento médico e ficou internada por dois dias, mas não resistiu.

Marcus Marinho e Luana de Paula estavam juntos há 11 anos e iam se casar em outubro. O apresentador usou as redes sociais para se despedir da noiva nesta quarta-feira, 6.

"Os últimos 11 anos foram incríveis ao seu lado. A gente caiu, se levantou, chorou... Riu junto... Superou tanta coisa... E é esse seu sorriso e os bons momentos que eu vou guardar. O casamento já estava marcado para outubro", escreveu.

"Uma pessoa imprudente no trânsito tirou você de mim", lamentou.

Internautas se comoveram com a morte de Luana e escreveram mensagens de solidariedade à Marinho. "Todos nós telespectadores da Record estamos muito tristes com essa notícia. Que Deus conforte você nesse momento tão difícil", disse um.

Flor Gil compartilhou um vídeo emocionante em suas redes sociais na noite de terça-feira, 5. A cantora mostrou a emoção e surpresa de sua tia, Preta Gil, ao vê-la se apresentando pela primeira vez na TV, ainda criança, no Tamanho Família, na Globo.

O programa foi ao ar em agosto de 2018, quando a filha de Bela Gil tinha apenas 9 anos. Enquanto cantava, Flor Gil estava acompanhada de outros parentes, como o primo Francisco Gil, filho de Preta Gil, o primo João Gil, filho de Nara Gil, e o tio Bem Gil. "Que coisa mais linda", exclamou Preta surpresa ao ver a sobrinha cantando.

Hoje aos 16 anos e com seu primeiro disco lançado, Flor Gil falou sobre a sensação de cantar pela primeira vez na TV e com a tia na plateia. "Lembro da sensação de estar atrás daquela parede de LED, antes dessa surpresa pra você. Uma mistura de nervosismo por cantar ali, na sua frente, por conta da imensa admiração que sempre tive por você", escreveu a sobrinha de Preta, que morreu no último dia 20 de julho.

"Fui com medo mas você ficou tão feliz que até chorou e se emocionou ainda mais. Foi a minha primeira vez cantando sozinha no palco, na TV e agora só penso como foi aquela sensação de cantar essa música pra você. Foi lindo, tão gostoso, cheio de amor… E agora sempre que eu canto, eu penso em você", completou Flor.

Atualmente Flor Gil está em turnê para divulgar o seu primeiro álbum: Cinema Love. Após um show de estreia em Nova York, a neta de Gilberto Gil vai se apresentar em São Paulo, em Salvador e no Rio de Janeiro, com ingressos esgotados em duas datas. A cantora também está na trilha sonora da nova novela das seis da Globo, Êta Mundo Melhor!, com a música inédita Chegou Pra Ficar.

Mais de 750 cineastas, atores, produtores, roteiristas, técnicos e artistas de todas as regiões do País assinam uma carta aberta endereçada ao presidente Lula, à ministra Gleisi Hoffmann, ao presidente da Câmara Hugo Motta, à ministra Margareth Menezes e à secretária nacional do audiovisual Joelma Gonzaga. O documento reivindica a criação imediata de um marco regulatório para o setor de streaming no Brasil, visando garantir contrapartidas justas das plataformas internacionais que atuam no Brasil.

Segundo os signatários, a regulação "não pode mais ser adiada", e é urgente que o tema receba tratamento prioritário no diálogo entre o Executivo e o Congresso. A carta também pede que o presidente Hugo Motta reconduza a deputada Jandira Feghali como relatora dos projetos em tramitação no plenário da Câmara.

"Ao audiovisual de um país registra a identidade em movimento de sua cultura. Conta quem nós somos, de onde viemos, e nos ajuda a pensar para onde queremos ir. Constrói algo fundamental: a memória de um país", afirma o documento.

A carta, assinada em ordem alfabética, expressa ampla diversidade regional e artística - incluindo grandes nomes do cinema comercial, diretores premiados, roteiristas, técnicos e figuras da produção independente de estados como São Paulo, Acre, Pernambuco, Rio de Janeiro, Brasília e Santa Catarina. Há representantes do cinema indígena e periférico.

Entre os signatários estão Fabiano Gullane, Fernanda Torres, Fernando Meirelles, Heitor Dhalia, Joel Zito Araújo, José Padilha, Julia Rezende, Kleber Mendonça Filho, Laís Bodanzky, Luiz Carlos Barreto, Petra Costa, Wagner Moura, Walter Salles, e nomes da cena independente como Anna Muylaert, Affonso Uchoa, Andre Novais, Adirley Queiróz, Eryk Rocha, Gabriel Mascaro, Maya Da-Rin, Daniel Filho, Helena Ignez, Júlio Bressane, Grace Passô, Marcelo Caetano, Lincoln Pérciles, Mozarniel Iramari Yanomami e o escritor Paulo Lins.

"Não podemos aceitar que o nosso mercado audiovisual seja usado como moeda de troca, como em momentos anteriores de nossa história. Devemos almejar equilibrar a nossa balança comercial da cultura, exportando nossa diversidade e nossa produção cultural para o mundo."

O PL 2331/22 propõe que as plataformas de streaming contribuam com 6% da receita para o desenvolvimento de conteúdo nacional, percentual inferior aos 12% recomendados pelo Conselho Superior do Cinema. A proposta foi construída com base em modelos adotados em França, Itália e Coreia do Sul, e já recebe apoio consolidado do setor.

A carta pede ainda:

- Apoio formal do Executivo ao PL 2331/22;

- Atuação ativa do Ministério da Cultura em defesa da indústria audiovisual;

- Mobilização conjunta para garantir a tramitação urgente do projeto no Congresso.

"Sem regulação, o Brasil corre o risco de ser apenas um mercado consumidor, sem consolidar uma indústria nacional capaz de gerar emprego, renda e projeção internacional." O documento ressalta ainda que a regulação representa uma questão de soberania nacional, cultura e democracia, e conclui: "Trata-se de garantir que a voz do Brasil continue a ser contada por brasileiros."