Líderes de povos indígenas protestam em leilão da ANP que inclui bacia da Foz do Amazonas

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Cerca de 250 pessoas estão concentradas em frente ao hotel na zona oeste do Rio de Janeiro onde será realizado a 5ª Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Líderes de povos indígenas do Estado do Mato Grosso, membros de sindicatos da indústria petroleira e representantes da sociedade civil protestam contra o leilão de áreas de petróleo e gás natural no Brasil, o primeiro a ser realizado em mais de um ano.

O leilão começou às 10h desta terça-feira, 17, e oferta dezesseis setores com blocos exploratórios, localizados em cinco bacias sedimentares, sendo Parecis em terra e as demais - Foz do Amazonas, Potiguar, Santos e Pelotas -. Do total dos blocos ofertados pela ANP, 65 estão localizados na Margem Equatorial, sendo 47 na Bacia da Foz do Amazonas.

Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora executiva do Instituto Internacional Arayara, diz que dos blocos da bacia do Foz do Amazonas, 45 estão sendo ofertados sem "a devida análise ambiental".

"São áreas sensíveis e biodiversas da Amazônia e que estão sendo ofertadas no ano da COP30, o que sendo ofertados com o risco de não se conseguir o licenciamento, como ocorreu com o Bloco 59 FZA-M-59 localizado na Foz do Amazonas e que a Petrobras busca autorização para perfuração e exploração de petróleo. Já apresentamos cinco ações civis públicas e vamos continuar questionando esse leilão", declarou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Essa é a primeira vez que setores disponíveis na bacia da Foz do Amazonas entraram em oferta desde a implementação da OPC. Um dos pontos criticados pelo representantes dos povos indígenas Tapayuna, Manoki e Parecis foi a "rapidez" do Governo Federal para mapear as áreas que podem ser exploradas por empresas do exterior, enquanto a demarcação dos territórios é alvo de questionamentos no Congresso e de avaliação do no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Exploração de petróleo não é o nosso futuro. O governo precisa ouvir os povos indígenas", dizem as faixas do protesto.

Ativistas climáticos e representantes indígenas também realizaram nesta terça um protesto durante as negociações da ONU sobre o clima em Bonn, onde a presidência brasileira da COP30 tenta posicionar o País como uma liderança global na agenda climática.

O protesto no local foi conduzido pelo Cacique Ninawa Inu Huni Kui e "responde diretamente a uma grande contradição em curso. O governo federal brasileiro precisa demonstrar verdadeira liderança climática em casa. Isso significa parar de expandir fronteiras de petróleo - especialmente na Amazônia - e apresentar um plano transparente para uma transição energética justa", afirmam os organizadores em nota.

A Oferta Permanente é a principal modalidade de licitação para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Atualmente, há duas modalidades: Oferta Permanente de Concessão (OPC) e Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), de acordo com o regime de contratação (concessão e partilha). O prazo para a apresentação dos documentos de qualificação das licitantes vencedoras termina no dia 9 de julho. Outras três etapas documentais estão previstas antes da assinatura dos contratos de concessão, previstos para o dia 28 de novembro.

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V de Vingança vai ganhar uma nova adaptação como série de TV. De acordo com a revista Variety, a produção está em desenvolvimento para a HBO, com James Gunn e Peter Safran atrelados como produtores executivos.

A nova série é inspirada na graphic novel escrita por Alan Moore e ilustrada por David Lloyd, originalmente publicada entre 1982 e 1985. A história acompanha o personagem titular, um anarquista que usa uma máscara de Guy Fawkes e elabora uma campanha teatral e revolucionária para matar seus antigos captores e torturadores e derrubar o estado fascista. A história foi adaptada para o cinema em 2005, com Hugo Weaving e Natalie Portman no elenco. A direção do filme é de James McTeigue.

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Uma fã brasileira de Dua Lipa presenteou a cantora com uma cópia do livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. O momento aconteceu no último sábado, 8, durante um show da artista na Argentina.

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A proposta chamou a atenção da cantora, que trocou algumas palavras com Bárbara antes de abraçá-la e posar para uma foto. Ela também recebeu o livro em mãos e agradeceu pelo presente.

Dua Lipa, que vem ao Brasil para apresentações a partir do próximo sábado, 15, tem um clube de leitura, chamado Service 95 Book Club, criado por ela em junho de 2023. O clube traz escolhas mensais de leitura escolhidas pela própria cantora britânica. Recentemente, Lugar de Fala, de Djamila Ribeiro, foi listado entre as indicações de "6 livros decisivos que vão mudar a maneira com a qual você pensa no mundo".

Dua Lipa no Brasil

A estrela pop britânica trará a turnê Radical Optism ao Brasil. A artista, que marcou presença no Rock in Rio em 2022, se apresentará em São Paulo, no dia 15 de novembro, no estádio MorumBIS; no Rio de Janeiro, o show será na Área Externa da Farmasi Arena, no dia 22. Os ingressos estão a venda no site da Ticketmaster.

Em Má Influencer, nova série original sul-africana da Netflix, uma mãe solo, BK (Jo-Anne Reyneke), se une a uma influenciadora, Pinky (Cindy Mahlangu), para vender bolsas de luxo falsificadas online. Mas o golpe chama a atenção tanto de uma gangue de falsificadores quanto das autoridades, e elas precisam ser mais espertas do que a polícia e os criminosos caso queiram ganhar dinheiro e não ir para a cadeia.

Em sete episódios, a nova atração aborda temas como a fama nas redes sociais, a cultura - por vezes tóxica - dos influenciadores digitais, além de lealdade e a busca por sobrevivência. A série foi criada e escrita por Kudi Maradzika, com direção de Ari Kruger e Keitumetse Qhali. Atualmente, a produção está entre as mais vistas da Netflix.

Definida pela edição sul-africana da revista Glamour como "parte da nova onda de talentos africanos que estão redefinindo a forma de contar as histórias do continente, e quem pode contá-las", Kudi oferece um ponto de vista particular sobre temas como cultura digital e cultura de influência. Afinal, ela mesma tentou se tornar uma influenciadora em períodos anteriores de sua carreira, e fala de uma perspectiva própria.

"Cheguei até mesmo a ser convidada para eventos de marca", declarou à revista. "Mas, como jornalista de formação, comecei a perceber um mundo muito mais complexo do que as pessoas imaginam."

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