PCC se enraiza e exporta estrutura para EUA, Portugal, Espanha, Argentina e Holanda, diz Gaeco

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O Primeiro Comando da Capital (PCC) instalou redes em países da Europa e das Américas subordinadas à organização no Brasil. A estrutura detectada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo demonstraria o enraizamento da facção criminosa nesses países, que não seriam mais usados apenas como pontos de apoio logístico para o tráfico internacional de drogas.

A revelação foi feita pelo promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco, durante o seminário 'Crime Organizado e mercados ilícitos no Brasil e na América Latina: construindo uma agenda de ação' - promovido pela Cátedra Oswaldo Aranha da Escola de Segurança Multidimensional (ESEM), da Universidade de São Paulo (USP).

Os promotores devem apresentar os detalhes da migração do PCC para o exterior nesta quarta-feira, dia 25.

De acordo com investigações de Gakiya, a facção que nasceu em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté, no interior paulista, com meia dúzia de presos, teria hoje cerca de 40 mil integrantes distribuídos por 28 países.

Em países como Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia, o PCC criou estruturas que espelham as já existentes no Brasil, incluindo a mobilização de responsáveis pela coordenação de reclusos batizados no sistema prisional. O coordenador é conhecido como 'sintonia'.

Também existe um sintonia "progresso" que toca o tráfico local de drogas e pessoal recrutado pela 'disciplina' - responsáveis pelo regramento de disputas no mundo do crime e pelo cumprimento das ordens da facção. Essa ala também deve resolver disputas nos chamados tribunais do crime.

"Antes, a presença do PCC nesses países estava ligada a necessidades logísticas, agora, a organização está enraizada nesses lugares", afirma Gakiya.

De acordo com o promotor, a facção tem presença forte em Portugal, Espanha e Holanda. Da mesma forma, passou a ter representantes nos EUA. O PCC já estaria 'batizando' não apenas brasileiros residentes nesses países, mas também cidadãos dessas localidades onde instalou suas ramificações.

"Isso é uma novidade", afirmou o promotor.

Além disso, o PCC já ampliou sua presença na América do Sul, expandindo a atuação para a Venezuela e para a Guiana, bem como para o Caribe, lugares onde a facção ainda não tinha presença.

"Eles estão usando a rota do Caribe também para mandar droga à Europa. Recentemente, vimos um submarino com dois brasileiros e seis toneladas de droga da facção descoberto por autoridades na Europa. Isso mostra esse processo de internacionalização da facção. As ordens, no entanto, continuam partindo do Brasil. É aqui que está o comando da facção", alerta o promotor.

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Luca Arroyo Borges, filho do cantor Lô Borges, usou o Instagram para publicar uma homenagem ao pai cinco dias após sua morte, na segunda-feira, 3. Com duas fotos ao lado do músico, o jovem escreveu um texto sobre a saudade.

"Eu te amo mais do que você é talentoso. Não tenho palavras para tudo que está acontecendo agora e vou viver minha vida inteira sentindo sua falta. O privilégio de ter Lô Borges como pai, vocês não têm ideia", escreveu.

"Perdi meu melhor amigo no seu auge, mas como meu pai sempre falou, ser fraco não é uma opção. Independente de onde você esteja, sei que você vai cuidar de mim igual você sempre fez. Você é a minha maior inspiração. Tudo o que eu queria era mais 20 anos com você. Te amo, pai, já sinto saudade. Obrigado pelo privilégio de ser seu filho", concluiu o filho de Lô Borges, que ainda agradeceu às mensagens de apoio recebidas nos últimos dias.

Lô Borges estava internado desde 19 de outubro, após uma intoxicação por medicamentos. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. O cantor e compositor ficou conhecido por músicas como O Trem Azul e Paisagem da Janela, presentes no clássico álbum da MPB Clube da Esquina (1972).

O SBT usou inteligência artificial (IA) para recriar a voz e a imagem de Silvio Santos e Hebe Camargo em vídeo exibido durante a abertura do Teleton 2025, na última sexta-feira, 7.

O material, que tem cerca de três minutos de duração, mostra a imagem artificial dos apresentadores durante uma ligação telefônica na qual Hebe sugere o programa beneficente ao patrão. "Me diz, o que acha?", pergunta, ao que Silvio responde: "Se é para mudar vidas, o SBT abre suas portas".

O médico Renato da Costa Bonfim, fundador da AACD, também foi recriado com IA, enquanto outras personalidades, como Eliana, Ratinho, Celso Portiolli e o cantor Daniel, embaixador do Teleton, apareceram em versões do passado.

Matheus Trombino, criador do vídeo, foi entrevistado por Celso Portioli durante o programa, neste sábado, 8. Segundo ele, o conteúdo levou seis dias para ficar pronto.

"Os desafios eram conseguir restaurar poucas imagens antigas que a gente tinha, porque a AACD foi criada em 1950, e também criar as cenas de bastidor que a gente nunca viu, como a Hebe Camargo apresentando a AACD ao Silvio Santos, ou o Silvio Santos falando: 'Pode entrar no SBT'", relatou Trombino.

Eliane Giardini, que viveu Muricy em Avenida Brasil (2012), confirmou que a novela terá uma continuação. A atriz comentou o assunto durante uma palestra, em vídeo que circula nas redes sociais. No momento, o mediador do encontro mencionou que o próximo trabalho dela será com João Emanuel Carneiro, autor da trama original, e citou o título.

Ao refletir sobre o projeto, Eliane explicou que considera um remake mais simples de encarar. "O remake você já sabe que é uma história maravilhosa. No mínimo vai fazer sucesso porque as pessoas odeiam e ficam comparando, isso também é uma forma de sucesso", disse.

Já a ideia de continuar uma história que marcou época preocupa a atriz. "Quando a história é boa, é uma equação perfeita. A gente não tem o domínio sobre essa equação, ela acontece por acaso, e é muito difícil reproduzir. Por isso tenho um pouco de medo da continuação, porque você vai mexer em uma coisa que fez grande sucesso", afirmou.

Continuação de 'Avenida Brasil'

De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do portal LeoDias, a Globo procurou o autor João Emanuel Carneiro, que teria aceitado dar continuidade à história. Os primeiros esboços do projeto já estariam em andamento.

Procurada pelo Estadão, a Globo ainda não confirmou a produção. O espaço segue aberto.

Adriana Esteves e Murilo Benício também já teriam sinalizado interesse em reviver os papéis de Carminha e Tufão. Ainda não há informações sobre o restante do elenco. A previsão é que a produção estreie em 2027.