Número de pacientes que morreram na fila por leitos ultrapassa cem em SC

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Mais de cem pacientes com covid-19 morreram em Santa Catarina enquanto aguardavam resposta a pedidos de transferência no sistema de regulação de leitos do Estado. Em Xanxerê, na região oeste, foram ao menos 26 mortes de pessoas que aguardavam na fila por leito de UTI. Informações colhidas com gestores hospitalares apontam que só em fevereiro mais de 40 pessoas morreram à espera de leitos, número que em março chegou a 66.

Os dados estão computados no sistema de dados anonimizados do Estado. Desde o dia 1º de fevereiro, quando a lotação dos hospitais chegou perto do limite máximo de atendimento, foram registradas 2.133 mortes, sendo que 915 ocorreram em leitos de UTIs, 1.082 de pacientes internados em leitos normais e 136 de pessoas que sequer estavam em unidade hospitalar.

Até o dia 12 de março, segundo documento enviado ao Ministério Público, foram 624 solicitações de busca por UTI para pacientes internados em leitos de emergências ou em clínicas. Como consequência, pessoas estão morrendo antes de serem transferidas para a terapia intensiva.

Todas as regiões de Santa Catarina estão no nível máximo de alerta para a doença. Os hospitais já estão há mais de quatro semanas com mais pacientes do que a capacidade máxima de atendimento. Nos últimos 14 dias, o Estado registrou uma média de 85 mortes por dia (1.203 óbitos no período).

Das 8.499 mortes registradas no Estado desde março de 2020, 3.743 ocorreram em leitos normais, sem assistência da terapia intensiva. Mais de 37% dos óbitos foram registrados em 2021.

'Lockdown'

Nesta segunda-feira, 15, o juiz Jefferson Zanini, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Florianópolis determinou, em decisão liminar, que o governador catarinense Carlos Moisés (PSL) restabeleça o Centro de Operações de Emergência em Saúde, o COES, e coloque para análise os pedidos dos órgãos sanitários e de controle que pedem "lockdown" para acabar com a fila de leitos de UTIs.

A decisão de Zanini ocorreu em ação civil apresentada na semana passada pelo Ministério Público e Defensoria Pública de Santa Catarina por omissão do Estado na gestão da pandemia. O magistrado destacou que o mesmo apontamento consta em decisão recente do Tribunal de Contas do Estado e em pareceres que alertaram o governo sobre o risco de colapso na saúde.

Criado em março de 2020 como órgão multissetorial e instância deliberativa para tomada de decisões sobre a pandemia de covid-19 em Santa Catarina, o Coes foi "abandonado" pelo governo que passou a tomar decisões, segundo o magistrado, "sem ponderar evidências científicas".

"Verifica-se que essa estarrecedora situação de saúde decorre diretamente da ineficiência do Estado de Santa Catarina nas ações e medidas para o enfrentamento da pandemia, sobretudo pela retomada de atividades sociais e econômicas sem critérios técnico-científicos", escreveu Zanini.

O juiz também aponta que na tomada de decisões do governo "prevaleceu exclusivamente o interesse econômico, sequer sendo empregada a técnica da ponderação ou sopesamento de outros princípios e valores constitucionais inerentes à dignidade da pessoa humana", diz em outro trecho da decisão.

Além de determinar a recomposição o COES, Zanini frisa que a definição de novas medidas deverá partir do governo, através de novo decreto, considerando os pareceres do "órgão técnico-científico". Ele estabeleceu prazo de 24 horas para ser levado ao órgão "o pedido de decretação de lockdown" objeto da ação civil e também recomendado pelo Tribunal de Contas.

Se não cumprirem a decisão, o governador Carlos Moisés e o secretário de Saúde, André Motta, estarão sujeitos a multa diária de R$ 50 mil. O juiz ainda adverte que "a omissão tem potencialidade de configurar a prática de crime de responsabilidade e de ato de improbidade administrativa".

A Procuradoria-Geral do Estado informou que ainda não foi notificada da decisão, mas adiantou que o governo vai recorrer.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.