Assaltos no Morumbi: quadrilhas são estruturadas e têm receptadores na ponta, diz polícia

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As quadrilhas que atacam residências de alto padrão no bairro Morumbi, na zona sul de São Paulo, têm como foco objetos de alto valor, como relógios de luxo, joias e canetas de ouro, além de dinheiro vivo, especialmente euros e dólares. De acordo com a polícia, são quadrilhas estruturadas que têm, na ponta, receptadores aguardando a entrega dos itens. No último roubo, na terça-feira, 24, os bandidos renderam seis pessoas e roubaram bens avaliados em R$ 3 milhões de uma mansão do bairro.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que as investigações do caso prosseguem pelo 34° Distrito Policial (Morumbi), com apoio da 3ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). "Diligências estão em andamento para identificar os autores e elucidar o crime", diz, em nota.

Os criminosos miram casas de alto padrão perto de obras ou terrenos vazios. A ação ocorre à noite ou de madrugada e envolve de quatro a cinco criminosos muito bem armados. A maioria dos imóveis tem vigilância particular, mas os suspeitos contam com o elemento surpresa para render os vigilantes. A preferência é por imóveis em que os proprietários não estejam presentes, mas quando isso acontece, eles também são rendidos.

No caso recente, o casal - um advogado de 71 anos e a sua mulher de 75 - foram amarrados e trancados em um cômodo. Os ladrões roubaram joias, relógios, 2 mil euros (cerca de R$ 12,8 mil) e 2 mil dólares (R$ 11 mil). A suspeita é que seja a mesma quadrilha que, no último dia 13, invadiu outra mansão do bairro, fez reféns e fugiu levando joias, relógios e canetas valiosas.

A SSP diz que a Polícia Civil de São Paulo intensificou o combate às quadrilhas especializadas em roubos a residência. Em uma das ações, no dia 15 de abril, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão que resultaram na apreensão de 200 relógios de luxo, incluindo um Rolex avaliado em mais de R$ 100 mil, além de bolsas de R$ 17 mil e obras de arte e um automóvel Porsche.

Na ocasião, o delegado Fábio Sandrim, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), disse que, entre os alvos estavam receptadores. "É uma cadeia criminosa estruturada. Os objetos saem rapidamente das casas invadidas para os receptadores e, em questão de horas, já estão sendo revendidos."

Diferente dos roubos de celulares e relógios retirados do pulso das vítimas, que acontecem em avenidas movimentadas e saídas de shoppings, nos roubos a residências os ladrões escolhem ruas internas dos bairros, onde há pouco movimento e predominam casas de alto padrão. Para entrar na residência, eles inutilizam alarmes e cercas elétricas e usam escadas, mas também podem clonar o controle dos portões eletrônicos.

Dois casos recentes aconteceram na rua General José Scarcela Portela. No dia 22 de abril, cinco homens encapuzados, armados de pistolas e fuzis, renderam funcionários e invadiram a casa de um empresário, levando 13 relógios de luxo, joias e 5 mil dólares (cerca de R$ 30 mil) em cédulas.

Na mesma rua, em fevereiro de 2024, os bandidos levaram a pior. Durante a tentativa de assalto, um vigilante particular reagiu e matou um dos suspeitos. O outro, ferido, tentou fugir, bateu o carro e morreu carbonizado. Um terceiro foi baleado e levado para um hospital.

Outra operação da polícia, em abril, cumpriu 26 mandados de busca e apreensão na comunidade de Paraisópolis, que fica na região. Os alvos eram pontos de revenda de produtos roubados. Foram apreendidos dinheiro, motocicletas e carros importados. Um dos itens localizados foi um relógio Rolex avaliado em R$ 40 mil que estava sendo anunciado em uma rede social no momento da apreensão.

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Uma fala de Amado Batista sobre estar solteiro em um show na noite de quarta-feira, 25, e a conta do Instagram fora do ar de esposa do cantor, Cálita Franciele, formaram a combinação perfeita para que os fãs do cantor desconfiassem que o casamento com a Miss Mato Grosso tivesse chegado ao fim após apenas três meses.

"Fiquei solteiro, sozinho de novo. Tá vendo? Dizem que vida de solteiro é melhor que vida de casado. Não sei. Quem tá apaixonado não vai concordar com isso […] Se não for por amor eu não fico", disse o cantor em cima do palco no Arraiá do Povo, em Aracaju.

Mas tudo não passou de um mal-entendido, segundo a assessoria do cantor. O trecho do show em que Amado fala sobre estar solteiro faz parte da introdução da música Vida de Solteiro, gravada por ele em 2022, dois anos antes de conhecer Cálita.

O cantor de 74 anos se casou com a miss 50 anos mais nova em 15 de março. A cerimônia aconteceu na fazenda dele localizada em Cocalinho, no interior do Mato Grosso. O local é avaliado em R$ 350 milhões.

Esposa nega separação

A equipe jurídica da esposa de Amado Batista emitiu uma nota negando a separação. "A senhora Cálita Franciele foi surpreendida, na presente data, com a veiculação de notícias inverídicas que afirmam, de forma leviana, que ela estaria separada de fato de seu marido, o Sr. Amado Batista", diz o texto.

"Por meio de sua assessoria jurídica, a senhora Cálita nega categoricamente a existência de qualquer separação, esclarecendo que tal informação é falsa e não possui qualquer respaldo na realidade dos fatos. Trata-se, portanto, de uma narrativa inventada, disseminada com o único propósito de constranger o casal e gerar repercussão negativa."

Instagram fora do ar

A equipe jurídica também esclareceu o fato de a conta de Cálita Franciele estar fora do ar no Instagram, que não teria nenhuma relação com os boatos de separação. Por enquanto, a esposa de Amado Batista está usando uma conta reserva para se comunicar com os seguidores.

"Quanto à sua ausência nas redes sociais, em especial no Instagram, a assessoria esclarece que a conta da senhora Cálita foi temporariamente bloqueada pela própria plataforma, por motivo ainda desconhecido. Já estão sendo avaliadas e serão adotadas as medidas judiciais cabíveis para o imediato restabelecimento de seu acesso."

Em suas redes sociais, Amado Batista republicou vídeos do show em Aracaju e não deve se pronunciar sobre o mal-entendido em relação à vida pessoal, informou a assessoria de imprensa do cantor.

O julgamento de Sean "Diddy" Combs, que começou em 12 de maio, está em sua fase final.

O magnata da música responde a acusações que envolvem tráfico sexual, coação, distribuição de drogas e uso de armas de fogo. O caso é conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que afirma ter evidências de que Diddy liderou uma rede sofisticada de exploração sexual por mais de duas décadas.

Agora, segundo a Variety, a promotoria está dizendo que o rapper é "líder de organização criminosa". A procuradora-assistente Christy Slavik alegou que Diddy sempre foi um homem muito poderoso, mas que conseguiu mais poder e influência devido ao apoio de seu círculo íntimo e sua empresa que, segundo ela, tem como objetivo proteger o rapper.

"Ele [Diddy] é o líder de uma organização criminosa. Ele não aceita não como resposta, e agora vocês sabem sobre muitos crimes que o réu cometeu com membros de sua organização", alegou.

Ela então passou a listar os crimes pelos quais o rapper é acusado e focou no tráfico sexual, que foi chamado de "crime brutal."

Ainda de acordo com a Variety, a procuradora-assistente falou sobre dois episódios de agressão: quando Diddy agrediu Cassie Ventura em 2016 e quando ele agrediu Jane (pseudônimo da testemunha) em 2024. "São capítulos do mesmo livro", disse.

Christy lembrou que, no caso de Cassie, ele pagou o hotel onde a agressão aconteceu para que o vídeo do ataque fosse apagado e também mencionou que o músico sempre tinha drogas a seu dispor, para uso próprio e para as vítimas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Léo Lins, humorista que foi condenado a oito anos e três meses de prisão por "discursos preconceituosos contra diversos grupos minoritários" em uma apresentação divulgada no Youtube, voltou aos palcos na última quinta-feira, 19.

Ele se apresentou no Teatro Gazeta, em São Paulo, e lotou o local com 720 pessoas.

Segundo O Globo, o humorista falou sobre alguns dos processos que fizeram com que ele fosse condenado e citou Preta Gil, que moveu uma ação contra ele em 2019, quando Léo Lins a comparou com uma "porca".

"A Preta Gil veio me processar por causa de uma piada de anos atrás. Três meses depois que chegou o processo, ela apareceu com câncer. Bom, parece que Deus tem um favorito. Acho que ele gostou da piada. E pelo menos ela vai emagrecer", disse ele, de acordo com o veículo.

A pedido de seus advogados, o humorista proibiu o uso de celulares, que foram lacrados no início da sessão.

Entenda o caso de Léo Lins

O vídeo que gerou a condenação de Léo Lins, produzido em 2022, mostra o show "Pertubador" no qual o humorista fez uma série de declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.

Em agosto de 2023, quando a veiculação no YouTube foi suspensa por decisão judicial, a publicação tinha mais de três milhões de visualizações.

A disponibilização do vídeo pela internet e a "grande quantidade de grupos sociais atingidos" foram fatores que a Justiça Federal considerou para aumentar a pena aplicada ao comediante.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais