Advogado de 'André do Rap' e policial 'Bombom' mantêm 'colaboração suspeita', diz PF

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O advogado Anderson dos Santos Domingues, conhecido como "Dr", prestou serviços a chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC) - entre eles André de Oliveira Macedo, o André do Rap -, e empregou em seu escritório o filho do investigador Marcelo Marques de Souza, o "Bombom", da Polícia Civil de São Paulo, preso na Operação Agusta sob suspeita de corrupção.

Segundo a Polícia Federal, advogado e policial mantêm uma relação escusa e agem em conluio para beneficiar clientes em troca de propinas.

"A relação estreita entre Marcelo Bombom e o advogado Anderson se manifesta através da oferta de emprego ao filho Pedro (Garbelini), da atuação profissional deste no escritório de Anderson e da posição de chefia policial ocupada por Bombom. Esse elo transcendeu a esfera da amizade, configurando uma colaboração suspeita", afirma a Polícia Federal.

Procurado pelo Estadão, o advogado informou que não teve acesso aos autos e, por isso, preferiu não se manifestar.

A Operação Agusta, deflagrada nesta quarta-feira, 25, investiga um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas envolvendo policiais civis de São Paulo.

O criminalista foi denunciado em março na Operação Mafiusi, que desmontou um esquema do PCC com a máfia italiana para o tráfico de cocaína pelo Porto de Paranaguá, no Paraná. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), 'Dr' participou de um plano frustrado de resgate de Gilberto Aparecido dos Santos, o "Fuminho", preso em Moçambique, em 2020.

O advogado teria repassado ordens de Fuminho a Willian Barile Agati, o "Concierge do PCC", sobre pagamentos e a destruição de documentos e celulares, de acordo com a denúncia. Também teria participado "ativamente" da negociação de propinas ao cônsul honorário de Moçambique, Deusdete Januário Gonçalves, para impedir a extradição de Fuminho ao Brasil, o que ocorreu.

'Dr' foi implicado na Operação Agusta depois que a Polícia Federal encontrou diálogos dele com Marcelo Bombom no celular do policial. O aparelho foi apreendido em outra investigação, a Operação Tacitus, que prendeu agentes da Polícia Civil suspeitos de envolvimento com o PCC.

No contexto desse emaranhado de investigações, a Polícia Federal colocou a relação entre o advogado e o policial sob suspeita. Para os investigadores, o relacionamento era de "trocas de favores e indicações". O advogado, de acordo com a PF, "atuava como intermediário em negociações ilícitas entre agentes públicos e terceiros".

"Bombom orientava e direcionava casos sob sua atribuição para serem conduzidos pelo Dr. Anderson, suscitando a hipótese de negociações envolvendo policiais por ele indicados. Adicionalmente, há evidências de que Bombom compartilhava informações sigilosas de investigações policiais com o referido advogado", detalha a PF na representação da Operação Agusta.

"Com o decurso dos meses, constatou-se que Bombom havia reiteradamente transmitido informações policiais ao advogado, como boletins de ocorrência. Tais dados, concernentes a ocorrências policiais pretéritas, objetivaram otimizar o desempenho profissional do causídico", complementa a Polícia Federal.

Os diálogos teriam iniciado em junho de 2022. Com o passar dos meses, segundo a PF, os dois passaram a conversar preferencialmente por ligação. "Adicionalmente, as mensagens textuais remanescentes exibiram um nível de prudência elevado no tratamento de temas delicados", destaca a PF.

O advogado e o policial teriam trabalhado juntos para liberar um helicóptero usado pelo PCC para transportar drogas, dinheiro e lideranças da facção. Também teriam agido em conluio para encerrar uma investigação sobre uma empresa de comércio exterior atendida por Anderson Domingues.

Em um dos diálogos recuperados pela PF, Bombom envia um áudio ao advogado sobre o rateio de dinheiro. "Doc, então era mais ou menos isso que a gente falou, 100 da comissão, 100 que o Flá devia e 57 seu", diz a mensagem.

A Polícia Federal pediu a prisão preventiva do advogado, mas a Justiça de São Paulo negou. O juiz Luigi Monteiro Sestari, do Fórum Criminal da Barra Funda, considerou que a prisão neste momento seria "precipitada".

"Embora haja fartos indícios nos autos de que o representado tenha relação de clientela e/ou amizade com os demais investigados, cuja liberdade representa risco ao combate ao crime organizado, novamente repito que tais relações confundem-se com o exercício da advocacia, devendo a preventiva ser decretada neste caso apenas muito excepcionalmente, diante de provas robustas e contemporâneas de que a liberdade do patrono deve ser restringida para resguardar a ordem pública, o que não é o caso dos autos", argumentou o juiz.

O magistrado determinou buscas na casa e no escritório do criminalista, em São Paulo, bloqueou bens do advogado e o proibiu de manter contato com outros investigados. Segundo a decisão, "a atuação de Anderson como advogado confunde-se e/ou facilita as condutas criminosas sob investigação".

O bloqueio judicial alcança R$ 12 milhões em bens imóveis e ativos financeiros do advogado de André do Rap e dos outros alvos da Operação Agusta - Bombom, "Serginho Denarc" e o empresário Roberval, todos presos nesta quarta, 25.

O juiz Luigi Monteiro Sestari proibiu que Anderson "Dr" se comunique com os policiais e o empresário.

O advogado atuou em casos de grande repercussão e escreveu obras sobre Direito Penal. Foi ele quem conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o habeas corpus que resultou na soltura de André do Rap, foragido desde 2020.

COM A PALAVRA, OS CITADOS

A reportagem busca contato com as defesas. O espaço está aberto para manifestação

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