A indicação que foi surpresa

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Todo o mundo esperava que Druk - Mais uma Rodada concorresse ao Oscar de filme estrangeiro - na verdade, o filme é o favorito da categoria. Mas quase ninguém apostava na indicação do dinamarquês Thomas Vinterberg como melhor diretor. "Essa é uma notícia maravilhosa. Muito obrigado à Academia e parabéns aos meus colegas indicados. É uma honra receber essas indicações. Fiz alguns filmes ao longo da minha carreira, mas nenhum deles significou tanto para mim como esse", disse o cineasta em comunicado.

Curiosamente, Druk - Mais uma Rodada, que tem estreia prevista no Brasil para 25 de março nos cinemas que estiverem abertos, é uma espécie de reação aos sistemas de medidas do mundo. "Tudo agora é racional, medido, contado, numerado e avaliado com notas", disse Vinterberg em entrevista ao Estadão. "Até mesmo esta entrevista vai ser medida pela quantidade de cliques. Aqui está uma certa reação a isso tudo, uma certa rebelião."

Na trama, Mads Mikkelsen, que volta a trabalhar com o diretor depois de A Caça, é um professor de história desanimado com a vida. Junto com seus colegas professores Tommy (Thomas Bo Larsen), Nikolaj (Magnus Millang) e Peter (Lars Ranthe), Martin resolve colocar à prova uma suposta teoria do psiquiatra norueguês Finn Skårderud de que o ser humano tem um nível alcoólico no sangue 0,05% abaixo do ideal. Para alcançar o nível correto, basta ingerir bebidas alcoólicas.

O álcool, aqui, é apenas uma ferramenta, e o filme é bem mais profundo do que quatro amigos bebendo durante o dia. "Queríamos fazer um filme sobre substituir o tédio pela vitalidade, a curiosidade, a exploração, o risco", disse Vinterberg.

O longa não é autobiográfico, frisa o diretor. Mas ele descreveu como uma "horrível circunstância" o fato de, como artista, estar constantemente esperando um veredicto. "Ou são as críticas, ou a bilheteria, ou a resposta sobre um roteiro, de um investidor ou um ator, ou os festivais. E é fácil de lidar quando os resultados são bons. Mas não quando são maus, porque é um fluxo constante de resultados", disse o diretor. "Claro que isso não é privilégio só dos cineastas. Todo mundo está passando por isso, até por causa das redes sociais. Tudo é curtido ou não curtido."

No caso de Druk, os resultados têm sido quase todos positivos, desde a seleção do filme para o Festival de Cannes, que não aconteceu em 2020. Mas o cineasta tem um motivo a mais para comemorar os festivais de que participou, incluindo Toronto, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e San Sebastián, os quatro prêmios no European Film Awards (filme, direção, ator e roteiro), as quatro indicações para o BAFTA e, agora, as duas para o Oscar.

Em maio de 2019, poucos dias depois do início da produção, sua filha Ida, de 19 anos, morreu num acidente de carro. Druk era um projeto que Ida amava e adorava - e, segundo seu pai, ela era muito sincera em suas opiniões. Foi por causa dela que o longa foi em frente apesar da tragédia, e foi por causa dela que se tornou uma obra sobre a celebração da vida. "Então agora, quando o filme ganha prêmios, atenção, indicações, é extraespecial, porque parece que é para ela", disse Vinterberg. "É uma homenagem à sua memória, e há um elemento cicatrizante nisso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.