Plataforma arrecada R$ 500 mil para alpinista que resgatou corpo de Juliana e cancela vaquinha

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A plataforma Voaa, da página no Instagram "Razões para Acreditar", que compartilha histórias e promove vaquinhas para ajudar pessoas, cancelou a arrecadação de dinheiro para o alpinista asiático Agam, que resgatou o corpo da brasileira Juliana Marins no monte Rinjani, na Indonésia, na semana passada.

A decisão foi tomada após a plataformas receber críticas de doadores sobre a taxa cobrada para operação: 20% do total doado. No momento em que foi encerrada, a vaquinha de Agam já tinha acumulado mais de R$ 500 mil, o que significa que a plataforma ficaria com pelo menos R$ 100 mil.

"Entendo a cobrança de uma taxa de operação, mas 20% é um abuso. Normalmente, é cobrado cerca de 8% para esse tipo de transação online", escreveu um usuário.

Muitos não concordaram com o cancelamento da vaquinha, aberta voluntariamente sem que o alpinista pedisse qualquer ajuda. "Criou expectativa no rapaz e deixou no vazio, isso não se faz", afirmou uma pessoa nos comentários do post de anúncio da decisão.

Os brasileiros se solidarizaram com Agam e decidiram recompensá-lo financeiramente após ele se colocar em risco para ajudar no resgate de Juliana Marins - infelizmente, quando chegaram até ela, constataram a morte da jovem.

"A Voaa nasceu da vontade genuína de transformar histórias reais e necessidades em solidariedade prática. Ao longo dos anos, nossa missão sempre foi marcada pela transparência absoluta", publicou a plataforma no Instagram ao anunciar o cancelamento da campanha.

"Decidimos pelo cancelamento imediato da campanha (de doações para o alpinista Agam), com devolução integral e imediata das doações realizadas até aqui", diz a postagem. De acordo com a plataforma, nos últimos dias, houveram ataques, ameaças, informações falsas e mensagens de ódio a pessoas envolvidas com o projeto.

"Reconhecemos com humildade que, neste momento, discussão en torno da 'Vaquinha do Agam' desviou a atenção da essência da campanha", afirmou.

Segundo a página, a taxa de 20% sempre esteve comunicada no site onde as doações são feitas e é resultado de "um modelo de operação único", com curadoria, verificações produção de conteúdo, questões jurídicas, entre outros fatores.

Mas reconheceu que a comunicação sobre o valor poderia ter sido mais clara. Agam, que em suas redes sociais se diz guia de trilha em montanha e especialista em resgate em terrenos verticais e em cavernas, recebeu milhares de seguidores brasileiros após participar do resgate a Juliana.

Seus posts foram inundados por comentários de agradecimentos em português. A família da brasileira também agradeceu a ele e aos outros voluntários que participaram.

De acordo com o alpinista, as condições climáticas na região em que a brasileira caiu eram desafiadoras e extremas. Em live feita na sua conta no Instagram, ele contou que chovia, fazia muito frio e o terreno em que o corpo da jovem foi encontrado era instável, o que colocou até mesmo a sua vida em risco.

"Se chovesse um pouco mais, morreríamos junto. Podíamos cair a qualquer momento", afirmou o alpinista no Instagram. Ele e o grupo que resgatou Juliana dormiu uma noite no penhasco até conseguir trazê-la de volta à trilha da montanha, por meio de içamento.

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V de Vingança vai ganhar uma nova adaptação como série de TV. De acordo com a revista Variety, a produção está em desenvolvimento para a HBO, com James Gunn e Peter Safran atrelados como produtores executivos.

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Dua Lipa no Brasil

A estrela pop britânica trará a turnê Radical Optism ao Brasil. A artista, que marcou presença no Rock in Rio em 2022, se apresentará em São Paulo, no dia 15 de novembro, no estádio MorumBIS; no Rio de Janeiro, o show será na Área Externa da Farmasi Arena, no dia 22. Os ingressos estão a venda no site da Ticketmaster.

Em Má Influencer, nova série original sul-africana da Netflix, uma mãe solo, BK (Jo-Anne Reyneke), se une a uma influenciadora, Pinky (Cindy Mahlangu), para vender bolsas de luxo falsificadas online. Mas o golpe chama a atenção tanto de uma gangue de falsificadores quanto das autoridades, e elas precisam ser mais espertas do que a polícia e os criminosos caso queiram ganhar dinheiro e não ir para a cadeia.

Em sete episódios, a nova atração aborda temas como a fama nas redes sociais, a cultura - por vezes tóxica - dos influenciadores digitais, além de lealdade e a busca por sobrevivência. A série foi criada e escrita por Kudi Maradzika, com direção de Ari Kruger e Keitumetse Qhali. Atualmente, a produção está entre as mais vistas da Netflix.

Definida pela edição sul-africana da revista Glamour como "parte da nova onda de talentos africanos que estão redefinindo a forma de contar as histórias do continente, e quem pode contá-las", Kudi oferece um ponto de vista particular sobre temas como cultura digital e cultura de influência. Afinal, ela mesma tentou se tornar uma influenciadora em períodos anteriores de sua carreira, e fala de uma perspectiva própria.

"Cheguei até mesmo a ser convidada para eventos de marca", declarou à revista. "Mas, como jornalista de formação, comecei a perceber um mundo muito mais complexo do que as pessoas imaginam."

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