Delegado de SP preso em flagrante por injúria em festa junina volta ao trabalho, mas sem arma

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O delegado Henrique Kästner Júnior, da Polícia Civil de São Paulo, foi colocado em liberdade provisória na audiência de custódia, um dia após ter sido preso em flagrante por injúria. Com a decisão, ele continua trabalhando na Delegacia de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, mas sem a arma, que foi confiscada por ordem judicial.

Em nota, o advogado Márcio Cunha Barbosa, que representa o delegado, disse que a prisão foi ilegal (leia a manifestação ao final da matéria).

A prisão aconteceu no último sábado, 28, depois que Kästner se envolveu em uma briga em uma festa em Santo André.

O início do entrevero se deu quando o policial teria ficado irritado com o modelo do chapéu de um integrante da banda que se exibia no local. Kästner, então, teria ofendido o homem. Fontes ouvidas pela reportagem relataram ter ouvido 'coisas horríveis' por parte do delegado, que teria dito 'judeu safado'. Por meio de seu advogado, o delegado nega com veemência a ofensa.

"Em verdade, segundo a versão do próprio músico em seu depoimento, Henrique apenas teria perguntado: 'Por que você está usando este chapéu, você é judeu?', durante a discussão havida entre eles", afirma a defesa.

O Estadão apurou que, em meio ao tumulto, o delegado deu um tiro para o alto. Ninguém ficou ferido. A defesa nega enfaticamente que a arma tenha sido disparada. "Jamais, em nenhum momento, foi efetivado disparo de arma de fogo."

Confusão na madrugada

O Estadão teve acesso a documentos da ocorrência no bar 'Old Town English Pub', localizado à rua das Pitangueiras, bairro do Jardim, em Santo André, onde ocorreu o tumulto envolvendo Kästner no último fim de semana, madrugada do sábado, 28.

Testemunhas e vítimas relataram momentos de pânico e horror ante o delegado armado fazendo ameaças após tomar uma dose de uísque e uma lata de cerveja. Oficialmente, não consta que Kästner tenha disparado sua pistola Glock, que foi apreendida com 16 cartuchos intactos.

São relacionadas três vítimas, o gerente do bar e dois músicos.

O delegado foi indiciado em sete crimes - preconceito de raça ou de cor, ameaça, dano, embriaguez, desacato, resistência e desobediência. Depoimentos aos quais a reportagem teve acesso dão conta de que funcionários e frequentadores do bar se esconderam sob uma mesa, acuados e apavorados, sentindo-se alvo de uma 'caçada' do delegado com sua Glock 9 milímetros.

Testemunhas falam de um comportamento agressivo do delegado e que ele ofendeu um dos integrantes da banda de 'judeu do c...' e 'idiota', por causa do chapéu que usava. "E esse chapéu de judeu do c...? Você é judeu do c...com esse chapéu?"

A defesa do delegado afirma que ele não chamou o músico de 'judeu safado', como informou o Estadão inicialmente. Não há qualquer menção a isso no boletim de ocorrência, reitera a defesa.

Segundo o documento, o delegado arrombou uma porta do bar e jogou ao chão uma impressora. Ao resistir à prisão, diz relatório ao qual a reportagem teve acesso, o delegado é acusado de ter chamado os policiais militares que o prenderam em flagrante de 'otários', 'trouxas', 'vagabundos'.

Ao ser autuado em flagrante, Kästner negou injúria racial. Ele disse que, ao sair do bar, percebeu que havia perdido as chaves de seu carro e, por isso, voltou. Como a porta estava fechada, chutou-a. Segundo ele, os PMs que o prenderam foram 'arbitrários', o imobilizaram no chão e o chutaram e algemaram. No 'calor do momento', disse, ficou nervoso e disse 'palavras injuriosas' aos PMs. Admitiu ter bebido uma dose de uísque e uma lata de cerveja. Negou palavras de 'cunho racista'

No domingo, 29, o juiz plantonista Paulo Antonio Canali Campanella, do fórum de Santo André, substituiu a prisão por medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar à noite e nos dias de folga - o que permite o trabalho no horário de expediente -, a suspensão do porte de arma, o comparecimento no fórum quando for intimado e a proibição de viajar por mais de oito dias sem autorização judicial.

A decisão afirma que, apesar da "gravidade dos fatos noticiados", a prisão preventiva deve ser "excepcional", "somente cabível quando não for possível a aplicação das medidas cautelares".

O juiz mandou notificar a Corregedoria da Polícia Civil. Segundo Campanella, "a prova da materialidade está caracterizada, em princípio, pelo boletim de ocorrência, auto de exibição e apreensão, declarações das vítimas e das testemunhas, gravações e demais diligências policiais".

COM A PALAVRA, O ADVOGADO MÁRCIO CUNHA BARBOSA, QUE DEFENDE O DELEGADO

Não é verdade que Henrique "teria ficado irritado com o modelo do chapéu de um integrante da banda que se exibia no local", sendo pura invenção, dissociada dos fatos.

Pior, a reportagem faz alegação caluniosa, por onde Henrique teria chamado o músico de "judeu safado". Trata-se de grave mentira. Em verdade, segundo a versão do próprio músico em seu depoimento, Henrique apenas teria perguntado "POR QUE VOCÊ ESTÁ USANDO ESTE CHAPÉU, VOCÊ É JUDEU?", durante a discussão havida entre eles.

Impende consignar que o músico não é judeu, nem nunca alegou em seu depoimento que se sentiu ofendido por conta dessa pergunta, muito menos que Henrique teria intenção de ofender a religião judaica. Como se vê, a alegação do músico dá conta de que foi feita pergunta à esmo, vaga, sem qualquer intenção de atingir a religião em si, pergunta esta que foi usada de forma equivocada para capitulação em crime inexistente, que motivou sua prisão ilegal.

Reitera-se: a conclusão é evidente de que a prisão de Henrique foi ilegal. Por fim, outra inverdade.

A reportagem alega que Henrique "em meio ao tumulto, o delegado deu um tiro para o alto", um absurdo. Jamais, em nenhum momento, foi efetivado disparo de arma de fogo, alegação da reportagem que é um verdadeiro disparate.

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Após muitos pedidos de fãs, a franquia A Múmia, dos anos 2000, está de volta. Brendan Fraser e Rachel Weisz, que interpretaram o casal Rick e Evelyn O'Connell, estariam em negociações com a Universal para voltar aos personagens em filme dirigido pelo coletivo Radio Silence (Casamento Sangrento), de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett.

O filme ainda não foi oficialmente confirmado pelo estúdio, mas, de acordo com fontes do Deadline e da The Hollywood Reporter, o roteiro será assinado por David Coggeshall (A Libertação). A sequência vem na esteira do "ressurgimento" da carreira de Fraser no começo da década de 2020 após papéis em Patrulha do Destino, Assassinos da Lua das Flores e A Baleia, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator em 2023.

Ainda segundo as fontes, o novo longa vai ignorar os acontecimentos de A Múmia: Tumba do Imperador Dragão, terceiro filme da franquia lançado em 2008 e que não contou com Weisz, que não queria ficar longe de Henry, seu filho de então 2 anos.

Veterano da franquia, Sean Daniel, que produziu a trilogia dos anos 2000, voltará como produtor. Parceiros frequentes do Radio Silence, tendo trabalhado com a dupla no quinto e sexto filmes de Pânico, a Project X Entertainment também desenvolverá a produção.

A Múmia, de 1999, está disponível para streaming no Prime Video, enquanto as sequências de 2001 e 2008 integram o catálogo do Telecine. A versão de 2017 está disponível na HBO Max, Netflix e no Prime Vídeo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de 12 músicos e bandas passou a integrar o Hall da Fama do Rock. A lista de 2025 foi anunciada no sábado, 8, em cerimônia no Peacock Theater, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O evento trouxe tributos, discursos e performances de artistas como Soundgarden, Outkast, Cindy Louper e Avril Lavigne, além de inúmeros convidados.

Para que pudessem entrar no hall da fama do rock, os músicos tinham de ter lançado seu primeiro hit há, pelo menos, 25 anos.

Veja a seguir quais artistas entraram para a lista de 2025, seus maiores sucessos e quem apresentou cada um deles durante a cerimônia.

Artistas do Hall da Fama do Rock 2025

Outkast

- Duo de rap americano que começou na década de 1990.

- Hits: "Hey Ya", "Ms. Jackson" e "Roses".

- Apresentados no evento por: Donald Glover. A performance teve como convidados Big Boi, Janelle Monáe, JID, Doja Cat, Killer Mike e Sleepy Brown.

Bad Company

- Banda de rock inglesa formada na década de 1970.

- Hits: "Feel Like Makin' Love", "Can't Get Enough" e "Bad Company".

- Apresentados no evento por: Mick Fleetwood. O baterista do Bad Company, Simon Kirke, foi acompanhado por Nancy Wilson, do Heart, e Joe Perry, do Aerosmith, nas guitarras, e pelo vocalista do Black Crowes, Chris Robinson, nos vocais.

Cyndi Lauper

- Cantora e compositora americana cuja carreira solo começou no início dos anos 1980.

- Hits: "Girls Just Wanna Have Fun", "Time After Time" e "True Colors".

- Apresentada no evento por: Chappell Roan. Lauper apresentou uma coletânea de seus sucessos, incluindo duetos com Avril Lavigne, Raye e Salt-N-Pepa.

Soundgarden

- Banda de rock americana formada em 1984.

- Hits: "Black Hole Sun", "Fell on Black Days" e "Outshined".

- Apresentados no evento por: Jim Carrey. Os membros do Soundgarden se apresentaram com Taylor Momsen e Brandi Carlile, que assumiram o papel do falecido vocalista Chris Cornell. A filha de Cornell, Toni, também fez uma performance com Nancy Wilson.

Salt-N-Pepa

- Grupo de rap americano formado na década de 1980.

- Hits: "Push It", "Let's Talk About Sex" e "Shoop".

- Apresentados no evento por: Missy Elliott. O grupo apresentou um apanhado de seus sucessos com uma aparição especial de En Vogue.

Chubby Checker

- Cantor americano que estreou na década de 1950.

- Hits: "The Twist", "Limbo Rock" e "Let's Twist Again".

- Participação no evento: tributo aconteceu em vídeo. Checker entrou remotamente para participar da cerimônia.

Joe Cocker

- Cantor inglês começou a lançar discos na década de 1960 e faleceu em 2014.

- Hits: "You Are So Beautiful", "Up Where We Belong" e "With a Little Help From My Friends."

- Apresentados no evento por: Bryan Adams. Tributo feito por Teddy Swims, Tedeschi Trucks Band, ao lado de Adams, Lauper, Chris Robinson e Nathaniel Rateliff, que subiram ao palco para uma interpretação de "With A Little Help from My Friends."

The White Stripes

- Banda de rock americana formada na década de 1990.

- Hits: "Seven Nation Army", "We're Going to Be Friends" e "Doorbell".

- Apresentados no evento por: Iggy Pop. Homenageados com performance de Olivia Rodrigo, Feist e Twenty One Pilots.

Warren Zevon

- Cantor e compositor americano que estreou com disco solo no início dos anos 1970 e faleceu em 2003.

- Hits: "Lawyers, Guns and Money", "Werewolves of London" e "Keep Me in Your Heart".

- Introduzido por: David Letterman. Homenageado com performance do The Killers.

Participações em vídeo

Carole Kaye

- Baixista americana que participou da gravação de dezenas de sucessos a partir da década de 1950.

- Hits: "Good Vibrations", do The Beach Boys, "These Boots are Made for Walkin'", de Nancy Sinatra, "The Way We Were", de Barbra Streisand.

Thom Bell

- Produtor musical e compositor americano que iniciou carreira nos anos 1960 e faleceu em 2022.

- Hits: "La-La (Means I Love You)", dos Delfonics, "The Rubberband Man", dos Spinners, "You Make Me Feel Brand New", dos Stylistics.

Nicky Hopkins

- Tecladista que gravou em dezenas de sucessos a partir da década de 1960 e faleceu em 1994.

- Hits: "Revolution", dos Beatles, "Sympathy for the Devil", dos Rolling Stones, "You Are So Beautiful", de Cocker.

Lenny Waronker

- Produtor e executivo da indústria da música dos Estados Unidos, com carreira iniciada nos anos 1970.

- Hits de artistas que ele produziu ou contratou: "Chuck E's in Love", de Rickie Lee Jones, "Purple Rain", de Prince, "Losing My Religion", do R.E.M.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Carlinhos de Jesus, que passou os últimos cinco meses tratando uma bursite trocantérica bilateral, doença autoimune, e uma tendinite nos glúteos, ficou de pé, dançou brevemente e se emocionou ao receber uma homenagem de Luciano Huck na Dança dos Famosos deste domingo, 9.

"Hoje é um dia muito especial. Saúde é tudo. A coisa mais dura que a gente enfrentou nesta temporada da Dança dos Famosos foi a gente ter um dos maiores dançarinos deste País numa cadeira de rodas. O Carlinhos falou: 'Eu vou voltar a andar'. E não foi um esforço pequeno", afirmou Huck.

Em seguida, saudou o jurado da atração: "Quando ele não estava aqui, estava na fisioterapia. O que vai acontecer neste palco agora, a gente rezou muito para conhecer. Parabéns, valeu a luta. Agora é só melhorar".

Carlinhos de Jesus chegou a chorar e deu um recado de superação ao público: "Qualquer um pode [superar problemas de saúde]. Desde que tenha foco, se dedique e procure, dentro da sua rotina diária, estabelecer um horário, maneiras e forma de seguir um tratamento.

"Fisioterapia é tudo na vida da gente. A medicina foi importante, com os medicamentos. A fé, agradeço as mensagens em solidariedade à minha situação. Mas a fisioterapia foi fundamental", concluiu.