Cânion Fortaleza: como é o parque no RS onde menina de 11 anos caiu e morreu

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O Cânion Fortaleza, onde uma menina de 11 anos caiu de um precipício e morreu nesta quinta-feira, 10, fica dentro do Parque Nacional da Serra Geral, em Cambará do Sul (RS), perto da divisa com Santa Catarina. O local é conhecido por suas formações geológicas impressionantes, com grandes paredões e vales.

Trata-se de unidade de conservação do bioma Mata Atlântica com 17 mil hectares e controlada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ambiental do governo brasileiro.

"O relevo e os aspectos naturais característicos da região refletem uma série de atributos cênicos, histórico-culturais e de biodiversidade que justificam plenamente a sua conservação e o manejo sustentável de seus recursos", diz o ICMBio.

Vizinho ao parque, há ainda um segundo parque, Aparados da Serra, com as mesmas características - juntos, os dois têm aproximadamente 30 mil hectares.

Apesar de não ser um local primordialmente turístico, assim como em outros parques nacionais de unidade de conservação, a visitação é permitida para aqueles que querem apreciar a natureza.

A entrada é gratuita e as principais atrações são as trilhas do Mirante do Fortaleza, onde a menina caiu, da Pedra do Segredo e da Borda dos Cânions. Os serviços de apoio à visitação do Cânion Fortaleza são da empresa privada Urbia, que lamentou o ocorrido e informou que em sinal de luto manterá fechado o Cânion Fortaleza nesta sexta-feira, 11.

"A empresa concentrou todos seus esforços no apoio às autoridades durante o resgate, que se iniciou imediatamente após a equipe da concessionária ter sido informada do acidente. A companhia segue cooperando com as investigações sobre o caso", diz o comunicado da Urbia.

Visitantes são responsáveis por sua segurança

No site do ICMBio, as instruções a turistas que querem visitar o parque são: "não é permitido entrar com animais de estimação, nem fazer churrasco ou fogueiras na área do parque. Venha vestido com roupas adequadas para caminhada, inclusive para casos de chuva. Traga seu lanche e água. Não há lanchonetes ou restaurantes no parque. Seja consciente: leve embora todo o seu lixo".

O instituto também disponibiliza um guia de "conduta consciente em ambientes naturais". Nele, diz que o visitante é responsável por sua segurança. As trilhas são autoguiadas e possuem sinalização que orienta sobre os riscos e cuidados necessários durante o passeio.

"Caso você não tenha experiência de atividades recreativas em ambientes naturais, entre em contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes. Visitantes inexperientes podem causar grandes impactos sem perceber e correr riscos desnecessários", afirma o instituto.

"O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade", alerta.

A criança de 11 anos que morreu no parque era uma menina, chamada Bianca, natural de Curitiba, no Paraná. Ela estava passeando com os pais e dois irmãos menores quando ocorreu o acidente. Não há informações sobre eles estarem sozinhos ou acompanhados de um guia.

Segundo Andrews Mohr, secretário de Turismo de Cambará do Sul, a família havia parado para fazer um lanche próximo a um dos mirantes. "A menina saiu correndo em direção ao penhasco do cânion. O pai tentou correr atrás dela, mas infelizmente não conseguiu salvá-la", relatou Mohr para a reportagem.

O acidente aconteceu por volta das 13h e, às 17h30, com auxílio de um drone, ela foi localizada a cerca de 70 metros abaixo do ponto da queda. Os bombeiros chegaram até o seu corpo por volta das 23h, utilizando técnica de rapel. As condições meteorológicas e de relevo não eram favoráveis para outro tipo de resgate.

O ICMBio disse, em nota, que "funcionários da concessionária (Urbia), do ICMBio, do Corpo de Bombeiros e de grupos de montanhistas parceiros foram acionados para apoiar a operação" assim que a ocorrência foi comunicada aos responsáveis pelo parque.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também emitiu nota. "Ao pai, à mãe e seus dois irmãos, com quem ela visitava o Parque, meus sentimentos e o mais profundo pesar pela perda tão precoce. Que Deus possa consolar e dar sustentação à família neste momento de dor e irreversível perda", disse.

"Equipes do Corpo de Bombeiros, com o apoio de profissionais do ICMBio, trabalharam intensamente no resgate durante o dia, mas infelizmente a encontraram sem vida. Como se faz inteiramente necessário, o ICMBio está à disposição das autoridades competentes para cooperar com a investigação sobre o caso", afirmou a ministra.

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