Anvisa determina recolhimento de medidor de glicose e interdição de tiras para teste

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento e a suspensão de três lotes do glicosímetro (medidor de glicose) "Ok Pro" e a interdição cautelar de dois lotes das tiras para testes de glicemia da marca.

Os produtos, fabricados pela empresa Biomolecular Technology, foram reprovados em testes realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que analisaram aspectos como rotulagem, conformidade e reprodutibilidade.

Segundo a Anvisa, os itens não devem ser utilizados e está proibida sua comercialização, importação, distribuição e anúncio.

No caso do glicosímetro, estão suspensos os lotes OKPR000266498, OKPR000266508 e OKPR000266509. De acordo com a agência, a suspensão dos equipamentos é definitiva.

Já os dois lotes das tiras, chamadas de "Família para teste de glicose Ok Pro", são o HHH240415B-1 e o B30025B25-1. Como a interdição cautelar representa uma medida preventiva que visa impedir temporariamente a fabricação, comercialização e uso de um produto até que ele esteja adequado às normas estabelecidas, a medida pode vir a ser revertida.

A Anvisa orienta que os usuários entrem imediatamente em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do fabricante, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., para mais informações a respeito do recolhimento e da substituição dos produtos.

Glicosímetro: para que serve?

O glicosímetro é um aparelho importante para o automonitoramento da glicemia e ajuda o paciente com diabetes a entender como fatores como alimentação, atividade física e medicamentos afetam sua glicemia, contribuindo para o controle da doença.

O aparelho mede o nível de glicose no sangue a partir de uma gota colhida geralmente do dedo. O sangue é colocado em uma fita reagente que, ao entrar em contato com a glicose, gera um sinal que o aparelho traduz em número, permitindo a avaliação da taxa de açúcar e sua comparação com o nível almejado.

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O festival The Town, que vai ocorrer de 6 a 14 de setembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, terá área gastronômica comandada pelo chef Henrique Fogaça.

A chamada Market Square é uma opção para quem quer fugir do fast food disponível no evento. Neste ano, estará localizada em uma área mais central do festival, com 1.200 metros quadrados, autoatendimento e um beer Garden.

O cardápio será inspirado no restaurante Cão Veio, de Fogaça e Badauí, vocalista da banda CPM 22, e separado por gêneros musicais. "Música e comida têm tudo a ver. Ambos despertam memórias", afirma o chef, um dos principais do País. Fogaça acrescenta que "quem vai a um festival como esse quer uma comida rápida, reconfortante e gostosa. Além disso, pelo contexto, precisa ser algo prático para se comer."

A opção rock, por exemplo, tem sanduíche de cupim com manteiga de garrafa e vinagre de agrião. De sobremesa, a opção é uma mousse de chocolate com praliné de castanhas.

A MPB tem salada tropical com molho oriental à base de gengibre, hambúrguer vegano com maionese de castanha e açaí com frutas e granola artesanal. Na estação do samba e hip hop, destacam-se o bolinho de arroz com aioli de tabasco e pastel de feira. Outro símbolo bem paulistano é o cannoli de pistache com doce de leite.

Para quem é do jazz e do blues, o cardápio tem polenta cremosa com ragu de cogumelos, nhoque de mandioquinha e pudim de cumaru.

Toneladas

Os preços dos pratos não foram divulgados. A organização do festival também não deu mais detalhes sobre como o autoatendimento funcionará. Em 2023, quando o The Town estreou em São Paulo, a Market Square serviu cinco toneladas de comida.

A programação do The Town 2025 terá headliners como Travis Scott, Green Day, Mariah Carey, Lionel Richie, Katy Perry e Backstreet Boys. Além deles, nomes do jazz como Jacob Collier e Stacey Ryan. Entre as atrações nacionais estão Ivete Sangalo, Capital Inicial, Filipe Ret, Luisa Sonza, Belo e Jota Quest.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite deste domingo, 20, na rede social X, que está "profundamente triste" em saber que a cantora Preta Gil faleceu. "Assim que soube da triste notícia, liguei para o companheiro Gilberto Gil e para Flora para confortá-los nesse momento de dor", disse Lula.

O compositor Gilberto Gil, pai de Preta Gil, foi ministro da Cultura de Lula entre 2003 e 2008.

O presidente descreve Preta Gil como "talentosa e batalhadora em tudo o que fazia - seja como artista, seja como empresária -, Preta seguiu espalhando a alegria de viver mesmo nos momentos mais difíceis de seu tratamento".

O presidente também diz que a cantora era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público e pelas pessoas que tiveram a felicidade de conviver com ela. "Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta."

Preta Gil morreu neste domingo, 20, aos 50 anos de idade, em Nova York (EUA). A cantora passava por um tratamento contra câncer no intestino, também chamado de câncer colorretal.

Dois anos e meio após anunciar o início de um tratamento contra o câncer no intestino que causou comoção no País, a cantora, atriz, empresária e apresentadora Preta Gil, 50, morreu neste domingo, 20, por conta de complicações em decorrência da doença.

Desde janeiro de 2023, quando revelou o início do tratamento, ela emocionou o País ao expor com transparência a luta contra a doença por meio de procedimentos realizados no Brasil e nos Estados Unidos, o que incluiu cirurgias e tratamentos de quimioterapia e radioterapia.

Com mais de duas décadas de carreira na música desde o primeiro de seis álbuns, de 2003, Preta Gil é filha de Gilberto Gil, sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa. Ela também foi atriz de novelas e séries, apresentou programas de TV e registrou carreira como empresária.

Em suas redes sociais, a assessoria da cantora confirmou a morte neste domingo. Leia o pronunciamento:

"É com imensa dor e profundo pesar que comunicamos o falecimento da nossa amada Preta Gil. Preta foi uma mulher transgressora, sempre à frente do seu tempo. Quebrou paradigmas, provocou reflexões e iluminou caminhos com sua coragem. Uma mulher empoderada, que foi e continuará sendo luz para inúmeras outras mulheres. Pretinha era justa, honesta, generosa. Uma mãe e avó dedicada, uma guerreira incansável que inspirou e seguirá inspirando milhares de pessoas. Sabemos o quanto sua luta foi dura, e o quanto ela desejava viver. Ela não desistiu nem por um instante. É esse amor pela vida, essa história de força e resiliência, que permanecerá eternamente em nossos corações."

O histórico da doença

Preta anunciou que estava com câncer no intestino, também chamado de câncer colorretal, em janeiro de 2023. Ela descobriu a doença após exames que diagnosticaram a presença de um tumor adenocarcinoma na porção final do órgão.

A primeira fase de tratamento foi feita com cirurgia e sessões de radioterapia. A artista também teve de passar por uma histerectomia total abdominal, procedimento que consiste na remoção do útero, e por uma amputação de reto.

Em junho de 2023, Preta foi liberada pelos médicos para voltar a cantar. Na época, ela estava em turnê com o Gilberto Gil, seu pai, no show Nós, a Gente. Em entrevista para o Estadão à época, Preta disse que voltar aos palcos era receber uma "dose de cura". "É uma prescrição médica: voltar ao palco, estar com a família", disse.

Preta comemorou 50 anos de idade em agosto de 2024. Para marcar a data, ela lançou o livro Preta Gil: Os primeiros 50. Na época, em entrevista ao Estadão, ela se mostrou esperançosa. "Sou uma pessoa que chega aqui zero traumatizada com o que viveu, tudo serviu de lição pra mim, pra poder valorizar ainda mais esses próximos cinquenta. Estou cheia de gás, de ideias, de assuntos, e bora pra mais cinquenta que só tá começando".

No mesmo mês, Preta voltou a se tratar com quimioterapia após a recidiva do câncer em quatro diferentes lugares do corpo: dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter. Em novembro, Preta sentiu dores na região abdominal e exames apontaram que ela estava com cálculos renais que entupiram o cateter que ela usava. Ela precisou interromper a quimioterapia e passar por cirurgia.

No mês de dezembro, Preta anunciou que faria para uma nova cirurgia para a remoção de tumores. Antes, no entanto, a cantora viajou aos Estados Unidos para se consultar com médicos de lá. Foi uma recomendação dos médicos brasileiros que acompanhavam seu caso. O objetivo era alinhar um novo tratamento no pós-operatório, já que a quimioterapia aplicada até então não havia surtido o efeito esperado.

Preta fez a cirurgia no dia 19 de dezembro. O procedimento durou cerca de 18 horas e transcorreu com sucesso, segundo as primeiras informações divulgadas naquele momento. Preta ficou 10 dias na UTI do Hospital Sírio Libanês. Quando foi para o quarto, passou a receber visitas de amigos e parentes e também a se comunicar por meio de seus perfil em redes sociais. Passou a virada de 2024 para 2025 acompanhada pelo pai. Gilberto Gil, e pela madrasta, a empresária Flora Gil, entre outros familiares. Foi quando foi vista a primeira foto de Preta após a cirurgia.

Ao longo do mês de janeiro, Preta mostrou sua rotina de recuperação dentro do hospital, com fisioterapia e caminhadas, sempre acompanhada por amigos e familiares. No dia 27 de janeiro, ela anunciou que havia colocado uma bolsa de colostomia definitiva.

Em um vídeo, Preta explicou a seus seguidores sua nova condição e como seria o processo de adaptação. "Está sendo um desafio muito maior, diário. Precisei ficar afastada para me concentrar em mim mesma, em ficar boa", disse, na época. Segundo ela, naquele momento, os exames mostravam que ela estava melhorando.

Em 7 de fevereiro, Preta passou por um novo procedimento cirúrgico, dessa vez para corrigir o rompimento de pontos de sutura em uma das cirurgias anteriores.

Mesmo internada, durante o processo de recuperação, Preta fez questão que falar sobre o câncer e divulgar informações sobre com o objetivo de diminuir o estigma sobre a doença.

"Um dia muito importante para a gente falar e disseminar informação, que é o mais importante. Um dos grandes problemas que a gente enfrenta no combate ao câncer é o estigma. Esse estigma é algo que foi criado e passado de geração em geração, e até hoje faz com que muita gente não se cuide, não busque ajuda, e tenha preconceito com a doença".

Ela alertou que os estigmas contribuem para que mais pessoas percam a luta contra a doença, culpando também o diagnóstico tardio. "A gente vai banalizando as coisas. Eu mesma fiz isso no começo, quando comecei a ter os primeiros sintomas.", disse. "Eu ainda tive sorte, no meu primeiro diagnóstico, de ter um tratamento precoce, e agora também", finalizou.

A alta do Hospital Sírio Libanês ocorreu no dia 11 de fevereiro, depois de 55 dias. Preta, então, seguiu para sua casa, em São Paulo, para continuar a recuperação e a reabilitação pós cirúrgica.

Após um período em casa, Preta foi liberada pelos médicos para passar o carnaval, no início de março, em Salvador. Ela esteve no Camarote Expresso 2222, comandado pelo seu pai. Preta também aproveitou para tomar um banho de mar. Ela postou um vídeo do momento nas redes sociais. "Foi melhor do que eu sonhei! Fui liberada pelos médicos a dar um mergulho no mar, e hoje finalmente aconteceu!", escreveu ela.

Na ocasião, ela usava a bolsa colostomia e explicou que a cirurgia feita na região das nádegas ainda a incomodava. "Ainda está em fase de cicatrização. Mas eu esperei muito por esse dia. Estava sonhando no hospital com esse píer especificamente". Preta estava acompanhada por amigos e pela neta, Sol de Maria.

No dia 8 de março, Preta foi internada na UTI do Hospital Aliança Star para tratar de uma infecção urinária. Ela mesma acalmou seus seguidores, com um comunicado nas redes sociais. "Estou sendo bem cuidada e, em breve, estarei em casa", escreveu na época.

Filha de Gilberto Gil, Preta ganhou fama para além do pai

Nascida no Rio de Janeiro, Preta Maria Gadelha Gil Moreira era a terceira filha do cantora e compositor Gilberto Gil. Sua mãe, Sandra Gadelha, conhecida como Drão, foi musa inspiradora de Gil na música Drão, que falava do rompimento do casamento entre os dois.

Preta tinha como irmãos Nara e Marília, filhas de Gil como Belina de Aguiar, Maria e Pedro (morto em 1990), também filhos de Sandra, e Bem, José e Bela, filhos de Gil com a empresária Flora Gil. Era sobrinha de Caetano Veloso por parte de mãe e afilhada da cantora Gal Costa.

Preta foi casada com o ator Otávio Müller, com quem teve seu único filho, o músico Francisco Gil. Era avó de Sol de Maria, nascida em 2015. Preta namorou os atores Caio Blat, Marcos Palmeira, Paulo Vilhena e o apresentador Marcos Mion.

Ela também foi casada com Rodrigo Godoy, com quem rompeu no período em que tratava o câncer. Preta acusou Godoy de traí-la enquanto ela fazia quimioterapia. O assunto gerou debates na sociedade.

Atriz, cantora e empresária, Preta ganhou fama depois de lançar seu primeiro álbum, em 2003, Prét-A-Porter. O trabalho, em um primeiro momento, ficou marcado por uma polêmica. A foto de capa trazia Preta nua. Anos mais tarde, em uma entrevista, Preta revelou que até mesmo seu pai, Gil, achou a foto "desnecessária".

"Meu pai é um sábio. Ele sabia exatamente o que eu iria passar depois. E não deu outra. Eu lancei o disco achando que eu estava abafando, que era bonita e gostosa. E aí veio um enxurrada de muitas críticas na época, de muito conservadorismo, muito preconceito", disse Preta em uma entrevista ao jornalista Pedro Bial.

Passado esse momento inicial, o álbum ganhou destaque pela faixa Sinais de Fogo, uma composição de Ana Carolina e Antonio Villeroy. Preta, então, passou a se apresentar como cantora e ganhou forte identificação sobretudo com o público gay. Preta, então, se tornou uma importante voz contra o preconceito, racismo e homofobia. Mais tarde, com a doença, a artista também se tornou uma voz importante na divulgação da prevenção e no diagnóstico precoce do câncer.

Como cantora, Preta ainda lançou outros cinco álbuns. O último deles, Todas As Cores, de 2017, trouxe as participações de Gal Costa, Pabllo Vittar e Marília Mendonça. Seu projeto Bloco da Preta foi um dos mais bem sucedidos do carnaval carioca.

Como atriz, Preta trabalhou em novelas como Agora É Que São Elas, Caminhos do Coração, Os Mutantes e nas séries As Cariocas e Pé Na Cova.

Preta também teve destaque como empresária. Ela foi um das fundadoras da agência de marketing de influência e entretenimento Music2 + Mynd8. A empresa desenvolveu projetos para nomes como Pabllo Vittar, Xamã, Camilla de Lucas, Jessi Alves, Douglas Silva, Pequena Lo, entre outros artistas, atletas e influenciadores. Em 2019, a agência ganhou Prêmio Caboré, voltado aos profissionais da propaganda.