Como agia quadrilha que trocava etiquetas de malas no Aeroporto de Guarulhos

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Na manhã desta terça-feira, 22, a Polícia Federal prendeu um dos líderes da quadrilha que trocava etiquetas de bagagens de passageiros para o envio de cocaína ao exterior. Ele estava foragido há mais de dois anos.

O grupo é acusado de transportar 126 quilos de cocaína do Brasil para a Europa ilegalmente, em um esquema que existia desde 2022 e foi descoberto em 2023, após um casal de mulheres brasileiras ser preso injustamente na Alemanha. Mesmo inocentes, elas ficaram detidas por 38 dias.

Segundo as investigações, a operação criminosa funcionava com falso check-in feito por uma funcionária da Gol, e ação em área restrita por trabalhadores de empresas terceirizadas.

Imagens divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo, em julho de 2023, mostravam um homem com uma mala (com 43 quilos de cocaína) se encontrando com Tamiris Zacharias, 31 anos, à época funcionária da Gol Linhas Aéreas. Os dois vão a um dos guichês de check-in da empresa.

Tamiris, que também faz parte da quadrilha, finge fazer os procedimentos necessários, coloca a mala na esteira e despacha a bagagem com as drogas. A mala seguiu viagem para Lisboa, onde foi apreendida. As autoridades portuguesas localizaram a droga, mas ninguém apareceu para buscar a carga.

A investigação identificou que a mulher não emitiu nenhum comprovante para o dono da bagagem. Tamiris foi vista também pelas imagens em contato com outra mulher, Carolina Pennachiotti, de 35 anos. Carolina também trabalhava no aeroporto e era contratada por uma empresa para orientar os passageiros nas filas. Em áudios gravados para a mãe, interceptados pela polícia, ela faz declarações de também estar envolvida no esquema.

A segunda fase do crime, conforme apontado pelas investigações, envolvia a área restrita do aeroporto, especificamente o local para onde as malas vão após o check-in. Neste espaço, as imagens flagraram funcionários realizando a retirada de etiquetas de malas de outros passageiros e colocando, de forma escondida, na bagagem com as drogas. A ação dos criminosas é feita de forma sutil, de modo a driblar a segurança.

Para esta etapa da operação, a quadrilha contou com a ajuda dos funcionários Deivid Souza Lima e Pedro Venâncio. Os dois foram flagrados realizando a troca de etiquetas em março de 2023, poucos dias antes do mesmo golpe ser aplicado nas duas brasileiras.

Na ocasião, a defesa de Carolina disse que a prisão era "violação das normas legais" e que demonstraria a improcedência das acusações. A WFS Orbital, empresa terceirizada que contratou Carolina, informou que colaborava com as investigações e oferecia treinamento aos seus colaboradores.

Tamiris, da Gol, foi demitida da empresa e confessou participação no esquema. A Gol informou que estava à disposição das autoridades desde que soube das investigações. Os advogados de Deivid e Pedro Venâncio preferiram não se manifestar.

Presos e condenados

Em agosto do ano passado, parte da quadrilha foi condenada pela Justiça. Entre elas, alguns chefões do esquema de tráfico de drogas, como 'Vovô', 'Brutus', 'Charles', 'Man', 'Bahia' e Carolina, que ocupam cargos altos na hierarquia da quadrilha, segundo as investigações.

Segundo a PF, eles eram responsáveis pela logística do tráfico, outros são apontados como 'mentores intelectuais do crime' e há até quem é classificado, pela própria quadrilha, como 'chefão do esquema'.

Ao longo das investigações, a PF descobriu detalhes nos métodos de ação do grupo. Um deles é a utilização da senha 'futebol' para tratar da remessa de drogas para o exterior. Os achados se deram a partir da análise de diálogos entre os investigados, encontrados em celulares apreendidos nas operações.

Veja os condenados e as penas:

Gleison Rodrigues dos Santos, o Vovô, pegou 39 anos, 8 meses e 10 dias em regime inicial fechado;

Fernando Reis de Araújo, o Brutus, foi condenado a 26 anos, 3 meses e 23 dias em regime inicial fechado;

Matheus Luiz Melo da Silva, o Man, recebeu pena de 8 anos e 2 meses em regime semiaberto;

Eubert Costa Ferreira Nunes, o Bahia, foi sentenciado a 8 anos e 2 meses em regime semiaberto;

Charles Couto Santos foi condenado a 7 anos em regime semiaberto;

Carolina Helena Pennacchiotti foi condenada a 16 anos e 4 meses em regime inicial fechado.

A reportagem tenta contato com a defesa dos citados.

Brasileiras presas na Alemanha

As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini ficaram 38 dias presas em Frankfurt depois de ter as etiquetas de identidade das malas trocadas por bagagens com drogas.

As goianas foram libertadas depois que o Ministério Público alemão, de posse do inquérito da Polícia Federal (PF) e de vídeos que comprovavam que as etiquetas das malas foram trocadas no Aeroporto de Cumbica, autorizou a soltura do casal. Na ocasião, uma operação da PF prendeu sete suspeitos de participar do esquema.

Segundo relatado pela família das vítimas, elas foram detidas no aeroporto separadamente, algemadas pelos pés e mãos, escoltadas por vários policiais e a única palavra que entendiam era cocaína. As duas tentaram argumentar que aquelas não eram suas malas, pois tinham cores e pesos diferentes, mas os policiais só repetiam a palavra "cocaína".

Elas tiveram as mãos raspadas para coleta de DNA, sem que tivessem dado autorização para isso. A bagagem de mão foi retida e elas ficaram sem os medicamentos e agasalhos. As duas foram levadas para celas separadas.

Nesse local, que era frio e tinha as paredes escritas com fezes, elas ficaram três dias, nos quais lhes foram oferecidos apenas pão e água.

Depois, foram transferidas para o presídio feminino de Frankfurt, onde permaneceram separadas e convivendo com mulheres condenadas por diversos crimes em celas frias e desconfortáveis.

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Marina Morena completou 42 anos nesta quarta-feira, 23, mas admitiu que não está tão feliz com o aniversário deste ano. Isso porque a data comemorativa ocorre apenas três dias após a morte de Preta Gil, sua 'irmã de coração'.

"Hoje é o meu aniversário não tão feliz", escreveu a aniversariante, que nasceu e passou a infância em Salvador junto com parte da família Gil. "Respiro fundo e agradeço por ter vivido tantos aniversários ao seu lado", completou a empresária.

Nos comentários, vários amigos famosos consolaram Marina. "Você é verdade! Que bom que existem corações como o seu. Ela tá de lá lhe mandando muito amor e querendo que você fique bem. Saúde e mais amor ainda pra você, linda Marina", escreveu Ivete Sangalo, que era uma das melhores amigas de Preta e inspirou a filha de Gilberto Gil a virar cantora.

"Te amo, Marina! Viva a vida por ela", aconselhou Flor Gil Demasi, filha de Bela Gil e sobrinha de Preta. "Agora o que permanece são as boas lembranças e o amor que não se apaga! Preta sempre vai celebrar você! Feliz aniversário", desejou a influenciadora Thaynara OG.

Anitta, que também é muito próxima de Marina Morena e já teve sua carreira gerida pela empresária, foi outra famosa que consolou a amiga. "Minha vida também foi transformada por você. Te amo", escreveu a cantora.

Outra coincidência

Jude Paulla, amiga que acompanhou de perto todo o tratamento de Preta Gil contra o câncer e passou os últimos meses de vida com ela nos Estados Unidos, viveu a mesma coincidência que Marina. Ela fez aniversário em 21 de julho, apenas um dia depois da morte da cantora.

No texto de despedida que fez para a amiga, ela revelou que tinha planos de comemorar a data no Brasil com Preta. "Falei que te esperava pra gente comemorar meu aniversário hoje com o tema que você tinha escolhido pra gente comemorar. Ia ser em NY, mas os planos mudaram no meio do caminho. Não deu tempo", lamentou Jude.

No último domingo, 20, Preta Gil chegou a embarcar na UTI aérea em Nova York que a levaria de volta ao Brasil. Antes de o avião decolar dos Estados Unidos, porém, ela passou mal e morreu na ambulância a caminho do hospital.

Alexandre Pires celebrou nesta quarta-feira, 23, o nascimento de Ravi, seu primeiro neto, em Uberlândia (MG). O bebê é filho de Carol Pires, primogênita do cantor. "No colinho do vovô! Obrigado Deus! Obrigado minha filha Carol Pires. Obrigado Matheus Gomes [genro]. Que Jesus abençoe o Ravi e toda nossa família", escreveu o ex-vocalista do Só Pra Contrariar.

Carol Pires tem 32 anos e é fruto de um relacionamento que Alexandre Pires teve ainda na adolescência. Ela nasceu em 1993, quando o cantor tinha apenas 17 anos. Agora avô aos 49 anos, o pagodeiro também é pai de Arthur, de 16 anos, e de Júlia, de 15 anos, ambos frutos do casamento com Sara Campos.

Já a mãe de Ravi e filha primogênita de Alexandre Pires também é cantora e compositora e já lançou um álbum produzido pelo pai. Carol Pires também atua como backing vocal e trabalhou com o cantor Felipe Araújo, além de também ter viajado o mundo como backing vocal de seu pai.

Alexandre Pires deixou o grupo Só Pra Contrariar em 2002 para seguir carreira solo. Ele retornou ao grupo em 2013 para uma turnê comemorativa de 25 anos, que durou até 2015. Em 2024, ele se despediu novamente do grupo com a turnê SPC Acústico 2 - O Último Encontro, que marcou sua saída definitiva.

A atriz Carolina Dieckmann retomou suas atividades profissionais nesta quarta-feira, 23, após a morte da cantora Preta Gil, ocorrida no último domingo, 20. A artista retornou dos Estados Unidos no mesmo dia da morte da amiga e, desde então, tem compartilhado com o público momentos do processo de retorno à rotina.

Pelas redes sociais, Dieckmann mostrou parte da preparação para um dia de gravações da novela Vale Tudo, incluindo o uso de um acessório com gelo para aplicar água congelada no rosto, prática utilizada como recurso para reduzir o inchaço facial.

Na publicação, a atriz também indicou que o retorno à personagem Leila, tem feito parte da retomada do cotidiano."Leilinha me obrigando a levantar", escreveu.

Uma amizade marcada por cumplicidade e irmandade

A relação entre Preta Gil e Carolina Dieckmann extrapolava os bastidores da fama. As duas se conheceram por meio da cantora Ivete Sangalo, que também era amiga de ambas. No programa Mais Você, da TV Globo, em agosto de 2023, Carolina relembrou com bom humor o início da amizade, revelando que havia uma espécie de ciúme mútuo antes do primeiro encontro planejado por Ivete. O carinho cresceu rapidamente e se consolidou em uma amizade que se manteve pública, intensa e sincera.

A atriz sempre se mostrou presente durante o processo de tratamento de Preta, conforme descrito na biografia Preta Gil: Os primeiros 50. Momentos antes de Preta morrer, Carolina publicou uma foto com a cantora e escreveu: "Preta é meu colo e quem também é a dona do meu. Preta é a tradução mais bonita disso; e a nossa irmandade é transbordamento", celebrando o Dia do Amigo.

Em um vídeo exibido no mesmo programa da TV Globo, Preta também homenageou a amiga, descrevendo-a como um "presente de Deus" e agradecendo pela presença constante durante os meses mais difíceis de sua vida. "Ter você nesses últimos oito meses de luta é um acalanto", disse a cantora na ocasião.

Morte de Preta Gil

Preta Gil morreu aos 50 anos no domingo, 20, em Nova York, dois anos e meio após anunciar o início de um tratamento contra o câncer no intestino que causou comoção no País. Ela estava nos Estados Unidos para realizar um tratamento experimental. Nesse período, recebeu a vista de amigos e familiares.