Ciclista que morreu atropelada por juiz bêbado cuidava dos pais idosos: 'Mãe está destruída'

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Inconformado por perder a única irmã - Thais Bonatti, de 30 anos, - o representante comercial William de Andrade pede justiça. Ela morreu no sábado, 26, após ser atropelada pelo juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Júnior, de 61 anos, em Araçatuba, interior de São Paulo. Thais ficou dois dias internada, mas não resistiu.

Foi atestado que o motorista estava embriagado. Ele chegou a ser preso, mas foi solto no dia seguinte após pagar fiança de R$40 mil. Em nota, ele manifestou pesar pela morte e disse não poder dar entrevistas por causa do sigilo do inquérito.

William conta que Thais morava com os pais idosos, que têm problemas como diabete e hipertensão, e era a responsável pelos cuidados com eles. Ela ia de bicicleta para o trabalho - como auxiliar de cozinha - quando foi atropelada.

"Enquanto a minha irmã estava indo trabalhar, ele estava voltando de uma casa noturna. É revoltante porque uma pessoa que passa horas bebendo e vai dirigir assume o risco de matar. Ele tem de responder pelo crime; tem de ser homicídio doloso", disse William, de 43 anos, ao Estadão.

Segundo a Polícia Civil, Júnior dirigia uma caminhonete modelo Ford Ranger, quando parou o veículo perto de um ponto de descarga de mercadorias de um supermercado na Avenida Waldemar Alves, no bairro Jardim Presidente.

Uma mulher que o acompanhava, nua, tentou sentar em seu colo. Neste momento, o juiz aposentado acelerou o carro de forma abrupta e passou com a caminhonete por cima de Thais, que seguia pela mesma rua de bicicleta.

O magistrado foi levado à Delegacia Seccional e submetido a exame clínico de embriaguez. Conforme a Polícia Civil, ele apresentava fala desconexa, falta de coordenação motora e forte odor etílico quando foi abordado pelos policiais. O médico legista atestou que ele estava "alcoolizado/embriagado".

O magistrado foi preso em flagrante, mas no dia seguinte, em audiência de custódia, foi liberado após pagar fiança de R$40 mil. O caso foi registrado como lesão corporal culposa, mas com a morte de Thais foi reclassificado para homicídio culposo na direção de veículo automotor, ou seja, quando não há intenção de matar.

"Minha irmã sofreu demais. Teve fraturas na bacia e traumatismo craniano. Pessoas que passavam no local na hora do acidente falam que ela gritava muito de dor. Dizem que ela desmaiou", conta William.

Thais foi socorrida em estado grave e encaminhada à Santa Casa da cidade. Ficou internada na UTI, passou por duas cirurgias para reparar fraturas, teve duas paradas cardiorrespiratórias durante os procedimentos, e morreu na madrugada de sábado.

"Ela trabalha em dois, três lugares para ajudar em casa. Era uma menina sem preguiça, tinha muitos sonhos e uma vida toda pela frente. Minha mãe está destruída. Ele acabou com uma família toda", diz.

O representante comercial afirma que a família pretende acionar a Justiça.

"Está sendo difícil, muito triste ver o que minha irmã passou e o que a família toda está enfrentando. Queremos que a Justiça seja feita porque, independentemente de quem ele seja, é uma pessoa comum que tirou a vida de outra", diz.

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Justin Bieber postou no domingo, 27, algumas fotos de sua intimidade com Hailey Bieber e o filho deles, Jack Blues Bieber, de 11 meses. O casal apareceu lendo um livro infantil para o bebê, que completará 1 ano em agosto.

Discretos, eles ainda não mostraram o rosto do filho, que é o primeiro do casal. A gravidez também só foi anunciada três meses antes de Hailey dar à luz.

Casados desde 2018, Hailey e Justin Bieber anunciaram o nascimento de Jack Blues Bieber em 23 de agosto de 2024, quando o cantor publicou um registro do pezinho do bebê junto à mão da esposa e mãe.

Em seu álbum SWAG, lançado no último dia 11, Justin Bieber aborda a paternidade na música Dadz Love ("O Amor do Papai", em tradução livre). Além disso, o álbum como um todo explora temas pessoais, incluindo a relação com Hailey Bieber e a espiritualidade do cantor.

Conhecida do grande público por interpretar Flávia na temporada de 2004 de Malhação, da TV Globo, a atriz Thaís Vaz, atualmente com 44 anos, usa a trajetória para dar visibilidade a temas como violência de gênero, capacitismo e superação. Ela relembrou um episódio que mudou sua vida: a perda da visão do olho esquerdo, aos 19 anos, em consequência de uma agressão dentro de um relacionamento abusivo.

A atriz descreve que, na época, pouco se falava sobre relacionamentos tóxicos. "A gente não falava sobre esse assunto. Não havia acesso à informação, a internet ainda não era como hoje", disse em entrevista à Marie Claire.

Segundo Thaís, os primeiros sinais vieram em forma de controle, ciúmes e comentários agressivos. O namoro se oficializou após um episódio marcante: ao participar de um desfile de biquíni, o então namorado reagiu com reprovação e impôs que ela não deveria fazer esse tipo de trabalho. "Meu pedido de namoro já foi feito assim", contou.

Com o passar do tempo, o relacionamento evoluiu para episódios de violência verbal e física. "Teve um dia que ele me deu um soco na costela no meio da rua. E eu ainda fui atrás dele, porque já não tinha mais amor-próprio", relembrou.

A agressão que resultou na perda da visão aconteceu durante o carnaval, em Cabo Frio, há cerca de 25 anos. Durante uma briga, o então namorado socou uma janela de vidro, que quebrou e atingiu o rosto de Thaís. O impacto causou uma série de lesões no olho esquerdo, incluindo deslocamento de retina, catarata traumática e corte na córnea. Após mais de um ano e meio de cirurgias, ela perdeu a visão do olho afetado.

O atendimento hospitalar também foi traumático. Segundo Thaís, ela e o agressor foram levados ao mesmo hospital e ficaram esperando atendimento. "Me colocaram numa maca gelada, o pessoal me atendeu super mal. Foi muito difícil", relatou.

Apesar das dificuldades, ela não desistiu da carreira artística. Após a recuperação, Thaís ingressou em cursos de teatro e, um ano e meio depois, foi aprovada para Malhação. Ainda assim, enfrentou barreiras no mercado audiovisual. "Depois da novela, só fiz um teste. Meu cadastro tinha uma anotação: 'Reparar no olho esquerdo'. Nunca mais me testaram", revelou.

Hoje, a atriz transforma sua experiência em arte. Ela está à frente da peça Hiena: o riso sobre o tóxico, baseada em sua própria vivência. A montagem, ainda em fase de captação de recursos, pretende circular por comunidades fora do eixo Rio-São Paulo e incluir rodas de conversa com ONGs locais. "Quero fazer algo transformador. A informação salva vidas", afirmou.

Thaís também desenvolve o documentário Mulher Coragem, que reúne histórias de artistas com deficiência. "É difícil captar verba, mas é um tema relevante. Já entrevistei mulheres incríveis. É uma representatividade importante."

Desde que passou a falar abertamente sobre sua história, ela relata ter recebido mensagens de outras mulheres impactadas por situações semelhantes. "Uma me contou que foi deixada na cadeira de rodas por um ex. Outra, amiga minha, largou o namorado depois que ouviu meu relato. Se eu mudar a vida de uma pessoa, já vale. O teatro tem esse poder."

Preta Gil, que morreu no domingo, 20 de julho, será homenageada na missa de sétimo dia que ocorre nesta segunda-feira, 28, no Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria da cantora, a missa está marcada para às 19h na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, e será aberta ao público. A celebração religiosa para a filha de Gilberto Gil ocorreu também em Salvador, no sábado, 26, no Santuário Santa Dulce dos Pobres.

O velório de Preta ocorreu na última sexta-feira, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em cerimônia aberta ao público, familiares, amigos e fãs compareceram ao evento. Após o velório, o corpo da cantora seguiu para Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio, onde foi cremado.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

Preta morreu em decorrência de um câncer colorretal que tratava desde 2023. Em busca de métodos alternativos para o tratamento da doença, passou suas últimas semanas de vida em Nova York, nos Estados Unidos, onde morreu.