Homicídios em SP sobem 15,5% no 1º semestre e atingem maior nº desde 2021, diz SSP

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Os homicídios tiveram alta de 15,5% no primeiro semestre deste ano na cidade de São Paulo, ante o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 31, pela Secretaria da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Foram 268 vítimas desse tipo de crime de janeiro a junho, ante 232 nos primeiros seis meses de 2024.

- É o maior número de vítimas para o semestre desde 2021, quando foram 318 pessoas assassinadas;

- Ao mesmo tempo, houve altas de 3,8% nos furtos e de 3,2% nos estupros registrados na capital;

- Já os roubos caíram 14,1%, com diminuição também de latrocínios (roubos seguidos de morte);

- O cenário é parecido com o que se vê no Estado, que teve altas menores de assassinatos e furtos.

Só no mês passado, os homicídios registrados na capital cresceram 60%. Foram 56 casos, ante 35 no mesmo mês do ano passado.

Procurada para comentar a alta, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que "o combate aos crimes contra a vida é prioridade da Secretaria da Segurança Pública, que mantém o programa SP Vida para monitorar ocorrências e desenvolver estratégias de enfrentamento, incluindo o reforço do policiamento em áreas com maior incidência criminal".

Acrescenta ainda que as forças de segurança atuam de forma integrada, "com ações preventivas, ostensivas e de inteligência, para ampliar a segurança em todo o território paulista".

"Esse trabalho abrange também o combate aos crimes patrimoniais com potencial letal, como os roubos, por meio de investigações minuciosas para identificar e prender os receptadores, que financiam essas práticas criminosas", diz a pasta, comandada por Guilherme Derrite.

A secretaria afirma que, como resultado dos esforços das forças de segurança, o Estado teve os menores números de latrocínios e de roubos para o semestre desde o início da série histórica, iniciada em 2001. Destaca ainda que a produtividade policial aumentou (mais abaixo).

Empresário achado em Interlagos está entre vítimas

Casos recentes de assassinatos chamam a atenção pela brutalidade. Um dos que tiveram maior repercussão foi o do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, encontrado morto no dia 3 de junho dentro de um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na zona sul.

No último dia 18, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de cinco investigados pela morte do empresário. O crime é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Em abril, a estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, que fazia mestrado na Universidade de São Paulo (USP), foi brutalmente assassinada após ser arrebatada por um homem nos arredores da estação Corinthians-Itaquera, zona leste.

O principal suspeito, de 43 anos, foi encontrado morto dias depois. A polícia acredita que ele foi executado pelo tribunal do crime do Primeiro Comando da Capital (PCC), espécie de "Justiça paralela" das facções.

Os casos não se restringem à capital paulista. Na última semana, um casal de adolescentes foi apreendido após os dois serem apontados como responsáveis pela morte e ocultação do cadáver de Nicolly Fernanda, jovem de 15 anos encontrada morta em Hortolândia, interior de São Paulo. Os suspeitos são um namorado da vítima e uma ex-namorada do rapaz.

No começo deste mês, um homem de 35 anos foi morto a tiros dentro de um Porsche em Guarulhos, na região metropolitana da capital. O crime ocorreu no último dia 5, em plena manhã.

Dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na semana passada, apontam que o Brasil teve queda de homicídios, em 2024, pelo quarto ano consecutivo. Ao todo, foram 44.127 assassinatos, cerca de cinco ocorrências por hora.

O relatório revelou ainda que, apesar de seguir com a menor taxa de homicídios para cada cem mil habitantes (8,2) do País, São Paulo foi um dos únicos quatro Estados que teve aumento (no caso, de 7,5%) nesse indicador no ano passado. Em parte, pela alta da letalidade policial, puxada principalmente por operações realizadas em cidades da Baixada Santista.

Conforme os dados divulgados neste ano, foram 301 vítimas em decorrência da ação de PMs de janeiro a junho, praticamente uma estabilidade em relação aos 300 casos registrados no mesmo período de 2024.

Dados da capital

- Furtos: tiveram alta de 3,9% no 1.º semestre, com 123,7 mil casos

- Roubos: tiveram queda de 14,1% no 1.º semestre, com 51,3 mil casos

- Estupros: tiveram alta de 3,2% no 1.º semestre, com quase 1,5 mil casos

- Latrocínios: tiveram queda de 22,2% no 1.º semestre, com 21 vítimas

- Homicídios: tiveram alta de 15,5% no 1.º semestre, com 268 vítimas

Números no Estado

- Furtos: tiveram alta de 1% no 1.º semestre, com 277 mil casos

- Roubos: tiveram queda de 15,3% no 1.º semestre, com 85,5 mil casos

- Estupros: tiveram alta de 2,1% no 1.º semestre, com quase 7,3 mil casos

- Latrocínios: tiveram queda de 23,9% no 1.º semestre, com 70 vítimas

- Homicídios: tiveram alta de 0,9% no 1.º trimestre, com 1,3 mil vítimas

O que diz a Secretaria da Segurança Pública

A SSP afirma que foram realizadas, no primeiro semestre, quase 110 mil prisões em todo o Estado, o maior número desde 2019. "A maior parte das detenções (cerca de 60%) aconteceu em flagrante. Também foram recolhidas 7.128 armas de fogo ilegais no semestre - 121 eram fuzis", diz.

Sobre a alta de violência sexual no primeiro semestre, a pasta acrescenta que, quando se analisa o mês junho, as denúncias de estupro registradas nas delegacias da capital caíram 19,5%, com 194 boletins de ocorrência.

"Para enfrentar esse tipo de crime, a SSP atua tanto na investigação e prisão dos autores, quanto no estímulo à denúncia e combate à subnotificação, por meio da ampliação do atendimento especializado", diz. "O Estado conta com uma estrutura para denúncias 24h por dia, com 142 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) e 162 Salas DDMs em plantões policiais."

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O mais novo filme da franquia Homem-Aranha, intitulado Homem-Aranha: Um Novo Dia, ganhou um teaser nesta sexta-feira, 1º, data em que se também celebra o Dia do Homem-Aranha. O vídeo, com cerca de 10 segundos, revela detalhes do novo uniforme do herói. Veja abaixo:

Anunciado em 2023, o quarto filme da saga conta com o retorno de Tom Holland e Zendaya aos papéis principais. A atriz Sadie Sink (Stranger Things) também foi confirmada no elenco da nova produção, cujas gravações devem se iniciar em breve.

Até o momento, os detalhes da trama seguem em sigilo, mas a história deve se concentrar no núcleo urbano de Nova York, cidade natal do herói. As filmagens já estão em andamento em Glasgow, na Escócia, que foi ambientada para representar o cenário nova-iorquino.

O longa está sendo produzido por Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e Amy Pascal, ex-chefe da Sony Pictures. Homem-Aranha 4 tem estreia prevista para 31 de julho de 2026.

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Esse foi um dos temas da mesa com a participação do escritor, que ocorreu no início da tarde desta sexta, 1º. A morte do sobrinho, muito próxima à morte de uma amiga muito querida de Hugo Mãe, Isabel, foi catalisadora para a escrita de Educação da Tristeza, livro que ele está lançando agora no Brasil, pela Biblioteca Azul, que publica sua obra no País.

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Hugo Mãe explicou que seu mecanismo é sempre tentar contar essas histórias de forma leve. E mesmo quando tudo estava desabando - quando a amiga morreu, o sobrinho já sabia que seu estado era terminal e a mãe, que ele cuida, sofria com toda a situação -, o escritor se segurava e guardava o choro para quando estava sozinho.

O Filho de Mil Homens

Ele lembrou sobre a inspiração para O Filho de Mil Homens. Tinha medo de ter filhos, achava que não era pra ele. Quando começou a cuidar de Eduardo, que ficava com ele todas as segundas-feiras quando era criança, tudo mudou. "Entendi que tinha sonhado tudo errado. Sempre sonhei com coisas tolas", disse.

Na trama, está Crisóstomo, um pescador solitário que, aos 40 anos, decide mudar seu destino e encontrar companhia. Sua vida muda quando ele encontra Camilo, um menino órfão que Crisóstomo decide acolher para satisfazer seu sonho de ter um filho.

O filme será lançada pela Netflix ainda este ano, com direção de Daniel Rezende e estrelado por Rodrigo Santoro. Hugo Mãe diz que não quis se envolver muito diretamente na produção. "Tinha medo de criar algum ruído", disse. Mas está satisfeito com o resultado do longa, tanto que disse, naquele tom entre a brincadeira e a verdadeira, que tem medo do livro cair no esquecimento.

Isso não deve acontecer, especialmente no Brasil, onde o livro foi tão bem recebido. "A maneira como os leitores brasileiros reagiram ao livro foi muito espantosa. Teve uma dimensão descomunal", lembrou Hugo Mãe. O escritor disse ainda que, quando está triste, recorre a essas memórias, de pessoas que o contaram como o livro mudou a vida delas.

Quando veio o anúncio de que a mesa estava chegando ao fim, a plateia lamentou. Hugo Mãe foi aplaudido de pé, comprovando o status de fenômeno que ganhou desde sua última participação na Flip.

O surfista Pedro Scooby revelou nessa quinta-feira, 30, detalhes sobre suas finanças pessoais e como sua esposa, a modelo Cintia Dicker, lhe ajudou em um momento delicado durante a pandemia. Em entrevista ao podcast do Alt Tabet, do humorista Antonio Tabet, o esportista relembrou que, no começo da pandemia de covid-19, optou por se mudar para Portugal para viver perto da namorada. Os dois estavam juntos há poucos meses.

Com as praias fechadas e o surfe mundial paralisado, a situação de Scooby não era das melhores. A modelo, então, decidiu ajudar o namorado. "Como ela ganhou a vida inteira em dólar, doía bem menos nela do que em mim. Ela foi a pessoa mais de boa do mundo, falou: 'Cara, ganho em dólar, deixa comigo'", afirmou o surfista.

"Teve uns meses que eu estava fazendo conta para caramba, e ela bancou, foi a pessoa mais parceira do mundo. Ela é, até hoje, a minha parceira. Me comprou na baixíssima", disse Scooby rindo. Os dois estão juntos desde 2019 e têm uma filha de dois anos, Aurora.

O surfista também falou sobre os comentários negativos que costuma ouvir sobre um suposto interesse maldoso da esposa. "Quando comecei a namorar ela, falavam que ela só estava comigo por interesse. Quando começamos a namorar, ela tinha muito mais dinheiro que eu. Se bobear, ainda tem."

Com uma carreira sólida no mercado de moda internacional, Cintia Dicker atua como modelo desde os 16 anos e está acostumada a fazer desfiles para grandes marcas. "Quando vi ela pela primeira vez, achei que fosse gringa, porque estava em um banner na Times Square do tamanho de um prédio, de uma marca de lingerie", brincou Scooby.