Média de mortes mais que duplica em 14 Estados e no DF

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A média diária de mortes por covid-19 mais do que duplicou em 14 Estados e no Distrito Federal ao longo dos últimos 30 dias; em sete deles, essa média triplicou. Neste domingo, 21, o País registrou recorde na média móvel de casos (2.255) pelo 23.º dia consecutivo. Especialistas veem cenário crítico, influenciado pela variante brasileira, e pedem a adoção de medidas mais rígidas.

O drama é traduzido nos números do consórcio de veículos de imprensa. A média móvel diária de óbitos no País estava em 1.056 no dia 16 de fevereiro e pulou para 2.095 um mês depois, alta de 98,4%. No geral, só Amazonas, Roraima (Estados com picos em janeiro e fevereiro) e o Rio não assistiram a uma alta nos registros ao longo do mês.

A curva mais vertiginosa está sendo vista no Rio Grande do Sul. Há 30 dias, o Estado relatava média de 41 mortes por dia. Hoje, são mais de 250 vítimas diárias, alta de 500%. No Sul, a alta é acentuada: no Paraná, o aumento é de 322% e em Santa Catarina, de 391%. E há locais com fila de espera por respirador, como no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Pedro Hallal diz que a situação no Estado se deve a um "monte de erros" da política de contenção da pandemia, que representou uma guinada nas medidas que de março a setembro se mostraram efetivas para barrar a doença. "Depois de setembro, a coisa começa a degringolar e o vírus vai infectando muito porque havia mais gente suscetível."

Além do Sul, a situação chama a atenção no Nordeste, onde sete dos nove Estados duplicaram o registro de óbitos em 30 dias. No Rio Grande do Norte, as mortes passaram de 7 por dia para 27, aumento de 282%. No Ceará, os óbitos foram de 28 para 84 por dia no período, alta de 196%. Alagoas (103%), Maranhão (160%), Paraíba (188%), Piauí (167%) e Sergipe (213%) também viram a situação piorar de forma acentuada. Na Bahia, a alta ficou em 89% e em Pernambuco, 78%, completando a alta em toda a região.

No Centro-Oeste e no Sudeste a situação não traz nenhum alívio. O aumento na média de mortes no último mês em São Paulo foi de 96%, saltando de 230 óbitos diários para 452, a maior marca da pandemia.

O Estado adotou medidas mais restritivas e algumas regiões optaram pelo lockdown. Prefeitos do ABC pedem que o Estado implemente lockdown na região metropolitana, o que até agora não ocorreu. Goiás (155%) e Mato Grosso (181%) também assistiram ao mesmo movimento na curva recente.

Recordes

Março tem se mostrado o mês de recordes da pandemia, com os maiores registros diários e semanais até aqui. Em 13 Estados, o mês trouxe a maior média de mortes na comparação com todo o período da pandemia. Em outros dois Estados, a maior marca foi em fevereiro e nas outras 12 unidades da federação, apesar da piora recente, as maiores médias ainda pertencem ao pico do ano passado, mas que tem tudo para ser batido nas próximas semanas. A atual média nacional vem tendo o recorde quebrado dia após dia nas últimas três semanas.

O epidemiologista da Fiocruz Amazônia Jesem Orellana explica que as marcas atuais observadas no Brasil não se devem a um recrudescimento da pandemia na última semana, mas sim a uma alta de casos e internações que se observa desde fevereiro. "A média de agora não é resultado de um agravamento dos últimos 14 dias da pandemia. O número de mortes é um indicador tardio da circulação viral. Na prática, há 30 dias a situação já estava agravada", explica. A Fiocruz mostrou que UTIs de 25 Estados e Distrito Federal operam atualmente acima da ocupação de 80%.

Orellana vê um efeito preponderante da propagação da variante brasileira, a P.1, para o cenário trágico atual, além da transgressão a medidas já conhecidas, como o isolamento social. "Infelizmente houve uma falha estrutural da vigilância laboratorial em não identificarmos as variantes de preocupação sanitária, como a da África do Sul, do Reino Unido e especificamente a P1., a pior de todas. Descobrimos tarde e isso deveria ter levado o governo federal a fazer um bloqueio sanitário rigoroso, fechar aeroportos e não deixar o vírus se espalhar. Mas não foi o que aconteceu."

Agora, nas palavras dele, "o Brasil se transformou em uma grande Manaus", em referência à crise enfrentada em janeiro pela capital amazonense. Problemas como abastecimento de oxigênio e medicamentos necessários para intubação começam a despontar, aos moldes do que enfrentou a cidade no início do ano, mobilizando o País para reequilibrar a oferta de insumos essenciais para a vida dos pacientes com a doença. Para ele, o chamado "evento sentinela", acontecimento de maior gravidade a partir do qual outros Estados poderiam tirar lições, não foi aproveitado. Já Pedro Hallal reforça que o momento continua a pedir uma medida rígida, como um lockdown.

Em reação à situação de agravamento da pandemia, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde destacou no início de março em carta aberta que a "ausência de uma condução nacional unificada e coerente dificultou a adoção e implementação de medidas qualificadas para reduzir as interações sociais que se intensificaram no período eleitoral, nos encontros e festividades de fim de ano, do veraneio e do carnaval". O conselho defendeu "restrições em nível máximo" nas regiões com ocupação de leitos acima de 85%.

Na semana passada, o governo federal anunciou uma troca no comando do Ministério da Saúde, com a entrada do médico Marcelo Queiroga no lugar do general Eduardo Pazuello. O tom dos primeiros dias após a mudança foi de "continuidade das ações". O presidente Jair Bolsonaro já se posicionou publicamente de forma contrária ao lockdown e acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar o toque de recolher na Bahia, no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mais uma Festa do Líder ocorre nesta quinta, 26, no BBB 25 e, como é de praxe, o líder João Pedro precisou escolher uma pessoa para barrar da comemoração. A decisão mirou em Camilla e o líder justificou a escolha por "prioridade".

O líder também chegou a citar a briga da sister com Vitória. A atriz era uma das opções para o veto, mas João desistiu de escolher a sister por ela já ter sido barrada na última festa.

A sister terá de passar a madrugada com apenas água, pão e banheiro à disposição em um cômodo separado da casa do reality. Ela poderá sair do local caso encontre cinco chaves em uma piscina de bolinhas que abrem um baú que dará acesso à festa. Caso não, ficará isolada até o amanhecer.

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O ator Daniel Rocha, namorado de Vitória Strada, se pronunciou nesta quarta-feira, 26, sobre as polêmicas envolvendo a atriz no BBB 25. Em vídeo publicado no Instagram, ele celebrou a permanência da namorada no reality e criticou as acusações direcionadas a ela nos últimos dias.

"As pessoas estão querendo uma posição minha, [...] então resolvi dividir algumas palavras com vocês aqui", iniciou Daniel, que ressaltou a situação vivida por Vitória na casa.

"É profundamente angustiante quando alguém que sempre acolheu e respeitou as pessoas ao seu redor se vê injustamente acusada de algo que não é, especialmente em um contexto de pressão psicológica intensa. O medo do cancelamento e da reprovação social pode levar qualquer um a duvidar de si mesmo, anulando, muitas vezes, a sua própria voz e aceitando uma culpa que não lhe pertence", afirmou.

Na sequência, ele destacou a importância de não se deixar levar por distorções: "Porém, é fundamental lembrar que acusações injustas não definem a verdade que todos nós estamos vendo e assistindo ao programa. A integridade de uma trajetória de respeito e a empatia não podem ser apagadas por equívocos ou distorções alheias."

Por fim, Daniel agradeceu o apoio dos fãs e reforçou sua torcida: "Juntos pela Vitória". O casal assumiu o romance publicamente em dezembro de 2024.

Confira aqui

João Gabriel segue indeciso sobre quem vetar de sua festa do líder nesta quarta-feira, 26. Durante uma conversa na casa do BBB 25, o brother analisou diferentes opções e ouviu opiniões dos aliados antes de tomar uma decisão.

Vitória pode ser vetada novamente?

Inicialmente, João Gabriel cogitou barrar Vitória da festa, mas foi questionado pelos colegas. A sister voltou recentemente de um paredão e já havia sido vetada na última festa. Eva alertou o líder sobre a repetição da escolha, sugerindo que ele reconsiderasse.

"Minhas prioridades eu não vou colocar. Eu não tenho outra pessoa", afirmou João Gabriel, sem cravar a decisão.

Outras opções no radar

A lista de possíveis vetados inclui Vitória, Gracyanne, Camilla e Aline. Durante a conversa, João Pedro sugeriu que João Gabriel analisasse com quem tem mais ou menos troca no jogo, tentando ajudá-lo a chegar a uma conclusão.

"Eu gosto demais da Gracyanne. Gosto da Camilla", comentou o irmão. Os dois, no entanto, não chegaram a uma conclusão.