'Golpe do novo Número': criminosos se passavam por parentes para pegar dinheiro das vítimas

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Vinte e três pessoas foram presas temporariamente nesta quinta-feira, 14, durante a Operação Mirum III, promovida pela Polícia Civil de Goiás para combater uma associação criminosa especializada em fraudes eletrônicas de grande escala.

Cerca de 140 policiais cumpriram também 23 ordens de busca e apreensão domiciliar, além de sequestro e bloqueio de bens no valor total de R$ 120 mil. As ações ocorreram simultaneamente no Distrito Federal e em dez municípios dos estados de Goiás, Pará, Maranhão, Santa Catarina e Tocantins.

A operação é um desdobramento das investigações iniciadas após um caso de estelionato contra uma idosa, vítima do chamado "Golpe do Novo Número", em que criminosos se passam por familiares para solicitar transferências financeiras. A vítima sofreu prejuízo de quase R$ 120 mil.

As investigações apontaram que o grupo é responsável por pelo menos 157 ocorrências policiais registradas de 2021 a 2024, com um sofisticado esquema de atuação nacional. A associação também fazia uso de aplicativos avançados para gerenciar perfis de WhatsApp e obter dados pessoais das vítimas, que eram utilizados para reforçar a veracidade das fraudes.

Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato na modalidade fraude eletrônica (art. 171 do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e lavagem dinheiro (lei 9613/1998), cujas penas podem atingir até 21 anos de prisão, além de multa.

Comandada pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), a operação teve o apoio do Ministério da Justiça e das polícias Civis do Distrito Federal, do Maranhão, de Mato Grosso, do Pará, de Santa Catarina e do Tocantins.

"A Operação Mirum III é um exemplo concreto da importância da atuação integrada entre as forças de segurança pública de diferentes estados e da aplicação estratégica da inteligência policial no enfrentamento às fraudes", afirmou o diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), Rodney da Silva.

Segundo ele, o Ministério da Justiça seguirá apoiando operações que desarticulem estruturas criminosas sofisticadas que atuam em rede e exploram vulnerabilidades. "O trabalho conjunto é o caminho para proteger o cidadão e garantir a efetividade da Justiça", conclui.

Durante a Operação Mirum II, em 2023, um dos principais articuladores do grupo foi preso, o que possibilitou o aprofundamento das investigações e a revelação da complexa rede de participantes e colaboradores. Já foram identificados 51 investigados, com 28 prisões efetuadas nas fases anteriores.

O delegado titular do Gref em Goiás, Thiago César de Oliveira Silva, avalia que a ação integrada entre as polícias civis e o apoio do Ministério da Justiça foram fundamentais para o sucesso da operação. "Essa ação representa mais um passo firme no enfrentamento à criminalidade digital, que tem feito vítimas em todo o País, especialmente entre os mais vulneráveis. Trata-se de uma associação criminosa altamente estruturada, com atuação nacional e uso intensivo de tecnologia para aplicar fraudes."

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O capítulo de Vale Tudo desta quinta-feira, 9, movimentou as redes sociais ao começar a exibir os depoimentos dos cinco suspeitos de matar Odete Roitman (Debora Bloch): César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli), Heleninha (Paolla Oliveira), Marco Aurélio (Alexandre Nero) e Maria de Fátima (Bella Campos).

Todos eles estiveram com Odete momentos antes do crime e foram na delegacia prestar contas à polícia.

Fátima teve destaque especial no episódio. Ela jurou para Raquel (Taís Araujo) que não cometeu o crime, mas escondeu alguns fatos do delegado. O capítulo também trouxe imagens inéditas do dia do crime, entre elas Fátima no quarto de Odete.

Em entrevista à revista Variety, o diretor Guillermo del Toro, comentou a estreia de Frankenstein na 49ª Mostra de São Paulo e fez elogios contundentes ao cinema brasileiro, destacando seu "constante renascimento" no cenário internacional.

"Sempre houve uma vitalidade enorme, geração após geração de cineastas, e agora está encontrando novas vozes, novas formas de se conectar com o mundo sem perder suas raízes culturais únicas, e isso vem sendo cada vez mais reconhecido em todo o mundo", disse o cineasta mexicano.

Guillermo falou ainda que o País está "recuperando um papel - está voltando a ser protagonista na conversa global sobre cinema".

Mais nova adaptação do clássico de Mary Shelley, Frankenstein terá exibição limitada nos cinemas a partir de 23 de outubro. Produzido pela Netflix, o longa chegará ao streaming em 7 de novembro.

Pioneira do jornalismo na TV Globo, a jornalista Theresa Walcacer morreu na madrugada desta quinta-feira, 9, aos 81 anos. Ela sofria de problemas cardíacos crônicos e faleceu em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

A jornalista mineira entrou para a TV Globo em 1971 e lá trabalhou nos principais telejornais da emissora, como o Jornal Nacional, Jornal Hoje, Jornal da Globo e Globo Repórter. Atuou também na GloboNews, como editora do Starte, programa de cultura exibido pelo canal até 2013.

Theresa participou de coberturas importantes, como a morte do líder soviético Nikita Kruschev e a da queda do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.

Além da Globo, ela trabalhou também na TV Manchete.

Theresa atuou também no jornalismo impresso, com passagens pelas revistas Pais&Filhos e Geográfica Universal, e no Jornal do Brasil. Foi também gerente da Fundação Roberto Marinho.

Theresa era também sogra da apresentadora Poliana Abritta, que se manifestou nas redes sociais. "Theresa tinha olhar de encantamento: pela vida, pela arte, pelos afetos que costuravam seus dias", escreveu a apresentadora do Fantástico.

Em seu perfil no Instagram a jornalista Bianca Ramoneda, com quem Theresa trabalhou no programa Starte, também lembrou a colega. "Theresa Walcacer já era um mito do jornalismo com uma trajetória de peso e uma personalidade irreverente quando nos encontramos", escreveu.

A jornalista deixa dois filhos e cinco netos.