'Foi quase um linchamento', diz empresário agredido por seguranças de karaokê no centro de SP

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O empresário Donizete Oliveira, de 29 anos, afirma ter sido agredido por seguranças do karaokê Siga La Vaca, da Rede Biroska, localizado na Rua Canuto do Val, no bairro de Santa Cecília, região central de São Paulo, na madrugada de domingo, 17. O caso foi registrado como lesão corporal. Procurado, o estabelecimento ainda não se pronunciou.

Em entrevista ao Estadão, o jovem relatou o drama enfrentado. "Foi uma situação desesperadora. Quando percebi, já tinha muita gente envolvida. Realmente, achei que queriam me matar. Foi algo de dois a três minutos. Ninguém tentou separar. Foi quase um linchamento", afirmou ele.

Confusão na hora de pagar a conta

Oliveira conta que foi ao karaokê para parabenizar um amigo que estava comemorando aniversário. Ele disse que ficou no máximo 30 minutos no local. Quando decidiu ir embora, se deparou com uma fila gigantesca.

"Fui lá apenas pelo meu amigo. Comi um lanche. Não tinha a intenção de beber e de permanecer na casa, até porque tinha viagem marcada para Minas Gerais, ainda no domingo de manhã, onde iria comemorar o aniversário da minha avó de 80 anos. Ou seja, em momento nenhum eu queria entrar em briga ou atrito. Estava realmente questionando sobre a superlotação e fila gigantesca para pagar a conta. Inicialmente, pedi apenas para sair, pois estava passando mal", afirmou ele.

"Eu comecei a passar mal e apenas pedi ajuda aos funcionários para conseguir sair mais rápido do local, pois a fila estava muito grande. Perguntei se poderiam me ajudar, vieram com falta de educação e eu questionei que era inadmissível a casa com o tamanho que tem ter apenas um caixa funcionando", disse ele.

Ele destaca que fez a solicitação de forma educada. "Mas algumas pessoas acharam que eu estava sendo folgado e aí virou esse caos todo."

Logo em seguida, o cenário de violência se iniciou, com o empresário sendo agredido por um desconhecido com um soco no rosto. "Ao tentar me defender, a situação saiu do controle. Seguranças e funcionários, que deveriam proteger os clientes, se juntaram e passaram a me agredir brutalmente com socos, empurrões, chutes, inclusive, na cabeça, mesmo quando eu já estava caído no chão", disse.

Ele conta ainda que o namorado dele e outras pessoas presentes tentaram ajudá-lo, mas também acabaram sendo agredidos. "Meu namorado também tentou me defender. Mas eu tive que sair de lá correndo. Informaram que estavam armados lá. Há provas. Também recebi mensagens de pessoas que disseram que poderiam me prestar apoio, caso precisasse."

Segundo ele, tudo aconteceu por causa de um soco que levou de uma pessoa desconhecida. "Nem sei quem era essa pessoa. Lembro de levar o soco e revidar. Depois, levei muitos socos atrás. No reflexo, dei outro soco, na tentativa de me defender, e era uma menina, que trabalhava no local e não estava em nenhum momento participando da conversa no momento eu que eu estava tentando fazer o pagamento da conta. Depois, seguranças vieram para cima de mim. Por um deslize, também atingi, sem querer, uma pessoa da casa", afirmou ele.

Oliveira disse que, além de fazer o boletim de ocorrência, foi ao hospital para tomar soro e fazer curativos necessários. Também seguiu até o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames.

"Ainda sinto muitas dores nos dentes. Vou precisar fazer uma ressonância magnética. Também fui ao oftalmologista, porque estou com o olho muito ruim ainda."

O jovem criticou o serviço prestado aos clientes no karaokê Siga La Vaca e reforçou que irá buscar imagens de câmeras de segurança. "Eu só quero as câmeras de segurança do local para provar que estou correto. Eles estão inventando mentiras, falando coisas absurdas para terceiros, que eu queria sair sem pagar a conta e que a briga foi fora do local. Ninguém me procurou."

Caso foi registrado como lesão corporal

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, dois homens, de 29 e 26 anos, foram agredidos na madrugada de domingo por volta das 2 horas da manhã dentro da casa noturna no bairro da Santa Cecília, região central de São Paulo.

De acordo com o boletim, a confusão começou após um desentendimento na fila do caixa quando um dos frequentadores, no caso, o empresário, de 29 anos, pediu para pagar a conta na frente dos demais clientes, alegando estar passando mal.

"Ele foi agredido com um soco por outro cliente e, em seguida, também por uma funcionária. Os seguranças foram acionados e passaram a agredir os dois homens", disse a SSP.

No decorrer da ocorrência, segundo a pasta, uma funcionária de 20 anos também disse que foi agredida com um tapa no rosto por um cliente, que negou a agressão e afirmou ter encostado nela de forma acidental.

As vítimas receberam requisições de exame no IML, sendo o caso registrado como lesão corporal no 2º Distrito Policial (Bom Retiro).

Em outra categoria

O Cavaleiro dos Sete Reinos, nova série derivada de Game of Thrones e inspirada no universo de As Crônicas de Gelo e Fogo, acaba de ganhar previsão de estreia. Segundo a HBO, a série chega ao streaming em janeiro de 2026.

A nova série não tem uma conexão direta com A Casa do Dragão, visto que a história se passa cerca de 70 anos após a guerra civil Targaryen, tema central da história com Olivia Cooke e Emma D'Arcy, e antes dos eventos de Game of Thrones. A trama acompanha o bravo cavaleiro Sor Duncan, o Alto, e seu fiel escudeiro Egg, em aventuras pelos Sete Reinos.

O Cavaleiro dos Sete Reinos será estrelada por Peter Claffey no papel de Sor Duncan e Dexter Sol Ansell como Egg. Segundo a sinopse, "numa época em que a linhagem Targaryen ainda detém o Trono de Ferro e a memória do último dragão ainda não desapareceu das memórias dos vivos, grandes destinos, inimigos poderosos e feitos perigosos aguardam estes amigos improváveis e incomparáveis".

A série é escrita e produzida por George R.R. Martin e Ira Parker, com produção executiva de Ryan Condall e Vince Gerardis, Owen Harris e Sarah Bradshaw. As histórias são inspiradas no livro homônimo, em que Martin conta as desventuras de Dunk e Egg.

A HBO Max divulgou a data de estreia de Meu Ayrton por Adriane Galisteu, série documental que apresenta pela primeira vez a perspectiva da apresentadora sobre o relacionamento com o piloto Ayrton Senna. A série chega à plataforma no dia 6 de novembro, com dois episódios de 45 minutos lançados simultaneamente.

A produção estreia após internautas apontarem que Adriane Galisteu teria sido deixada em segundo plano na série Senna, da Netflix. Nas redes sociais, a apresentadora divulgou a série e comentou: "Depois de 30 anos, esta história também merece ser contada…"

Olhar inédito sobre uma história conhecida

Mais de três décadas após a morte de Senna, Galisteu assume o protagonismo para revisitar um dos relacionamentos mais comentados dos anos 1990. Ao longo dos episódios, ela compartilha lembranças, bastidores e sentimentos que marcaram a convivência com o tricampeão mundial de Fórmula 1, oferecendo um relato pessoal e inédito sobre o período.

A série também conta com depoimentos de amigos e personalidades que acompanharam de perto os últimos anos de vida do piloto, além de imagens de arquivo e momentos pouco conhecidos do público.

De acordo com a plataforma, a proposta da série é permitir que Galisteu apresente sua versão dos fatos com autonomia e sob sua própria narrativa, em um formato documental que mistura entrevistas, reconstituições e passagens por locais marcantes da relação entre os dois.

Criada por Ryan Murphy, Monstro: A História de Ed Gein segue no topo das séries mais vistas da Netflix desde sua estreia, no último dia 3. Inspirada na história real do serial killer estadunidense, a produção é apenas uma das várias adaptações de histórias reais disponíveis na plataforma.

Além de títulos já disponíveis como O Grito, Inacreditável, Enfermeira, Selena: A Série e as outras duas temporadas de Monstro focadas nos irmãos Menendez e em Jeffrey Dahmer, a Netflix prepara para os próximos dias outros lançamentos inspirados em histórias reais. Confira:

Medo Real (série)

Produzida pelo famoso diretor de terror James Wan (Jogos Mortais), Medo Real é uma série documental que recria eventos paranormais assustadores que tomaram conta de tabloides estadunidenses. Usando entrevistas de testemunhas e filmagens que recriam esses momentos de forma imersiva, a série promete sustos e momentos empolgantes tanto para fãs de terror quanto para aqueles que acreditam no sobrenatural.

Medo Real estreia na Netflix nesta terça-feira, 7 de outubro.

Meu Pai, o Assassino BTK (filme)

Meu Pai, o Assassino BTK é um documentário sobre a história diabólica de Dennis Rader, que por anos aterrorizou a área de Wichita e Park City, no Kansas. Apelidado de Assassino BTK por causa de seus métodos sádicos (bind, torture, kill, ou "amarrar, torturar, matar", em português), o serial killer evadiu a polícia por anos, se escondendo no meio de sua comunidade como um respeitado pai de família. Além de especialistas no caso, o longa conta com depoimentos de uma das filhas de Rader, Kerri Rawson, que relata ainda os abusos sexuais que o pai cometeu contra ela na infância.

Meu Pai, o Assassino BTK estreia em 10 de outubro na Netflix.

Ninguém Nos Viu Partir (série)

Inspirada no livro homônimo de Tamara Trottner, Ninguém Nos Viu Partir conta a história real da mãe da autora e sua saga por diversos países para encontrar os filhos após eles serem sequestrados de sua casa no México pelo pai. Motivado por uma traição, o patriarca abre um processo de divórcio e foge para a Europa, e eventualmente para a África do Sul, com os dois filhos do casal sem avisar à mãe. Desesperada, ela aciona diversas autoridades nacionais e internacionais para encontrar o ex-marido e os filhos.

Ninguém Nos Viu Partir estreia em 15 de outubro.

A Vizinha Perfeita (filme)

Usando filmagens adquiridas a partir de câmeras corporais de policiais, A Vizinha Perfeita segue o caso do assassinato de Ajike Owens, de 35 anos, pela vizinha, Susan Lorincz, de 58 anos, em 2023. Mulher branca, Lorincz tinha histórico de intimidação e xingamentos racistas a crianças negras do bairro, fazendo seguidas ligações para a polícia toda vez que os jovens brincavam na rua.

O caso acendeu uma onda de protestos pedindo a revisão da lei de direito à defesa pessoal nos Estados Unidos e maior fiscalização de crimes de ódio.

A Vizinha Perfeita estreia em 17 de outubro.