Com piora da pandemia, Assembleia do Rio aprova antecipar e criar feriados

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A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou na tarde desta terça-feira, 23, a antecipação e a criação de feriados no Estado. Enviada pelo governo estadual ao Legislativo, o projeto antecipa as celebrações de Tiradentes e São Jorge e cria novos dias de recesso para evitar a circulação de pessoas, numa tentativa de combater a covid-19. O período total, de dez dias, vai desta sexta-feira, 26 de março, até 4 de abril.

O texto aprovado é um substitutivo. "Em havendo conflito de normas estaduais e municipais, prevalecerá aquela em que haja a imposição de medidas mais restritivas", diz o projeto, dando margem para as prefeituras determinarem suas próprias iniciativas de isolamento.

Simbólica, a votação teve apenas seis votos contrários: Subtenente Bernardo (Pros), Alexandre Freitas (Novo), Giovani Ratinho (Pros), Adriana Balthazar (Novo), Anderson Moraes (PSL) e Marcelo Cabeleireiro (DC). A discussão sobre o tema durou cerca de cinco horas.

Apesar de vir sendo chamado de "superferiadão", o período não tem como intuito promover a ida de pessoas às ruas; ao contrário. As prefeituras da capital e de Niterói, por exemplo, anunciaram ontem que fecharão serviços não essenciais durante esses dez dias, de modo a evitar aglomerações em bares, shoppings e praias, entre outros locais.

Inicialmente, o governador em exercício, Cláudio Castro, chegou a dizer que bateria de frente com municípios que adotassem esse tipo de medida. Diante da repercussão negativa e da reação efusiva do prefeito Eduardo Paes (DEM), que falou em "CastroFolia" e "micareta do governador", o mandatário estadual recuou.

No Diário Oficial, o Estado manteve a competência das prefeituras para decidir sobre a adoção de medidas restritivas. A sessão da Alerj desta tarde foi marcada por críticas de aliados de Castro ao prefeito.

"Me causa uma tristeza imensa. Porque não é do feitio de uma pessoa pública ironizar um momento de tanta gravidade no nosso País", disse o líder do governo na Casa, Márcio Pacheco (PSC). "Esse período ser tratado como CastroFolia é um desrespeito à coisa pública, ao diálogo e ao bom senso."

Após a briga pública - via imprensa e Twitter - nesta segunda, Castro teve reunião com o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), figura importante para demover o governador da ideia de judicializar os decretos municipais. Além dele, participaram de outra reunião os chefes do Ministério Público, do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas.

Paes, por sua vez, voltou ao Twitter nesta terça para fazer um aceno a Castro após o recuo. "Agradeço ao governador por entender e respeitar as medidas difíceis e impopulares que tivemos que tomar partindo de decisões técnicas. Adoraria não ter que tomá-las, mas o momento nos impõe e assim me determinam as autoridades sanitárias. Continuarei como sempre no caminho do diálogo", publicou.

Também na sessão desta terça na Alerj, aliados de Castro alegaram suposta "politização" por parte de Paes na discussão. O oposicionista Waldeck Carneiro (PT), por sua vez, citou a entrevista exclusiva de Castro ao Estadão, publicada na semana passada, para afirmar que quem tem politizado "no mau sentido" é o governador.

"Politizar no mau sentido da expressão é fazer o que nos últimos dias andou fazendo o próprio governador Cláudio Castro, que decidiu fazer intervenções, inclusive dando entrevista a grandes jornais, sobre o seu alinhamento com o governo federal", disse. "Eu não estou interessado em saber, a população fluminense não está interessada em saber, nesse momento de tantas mortes, tanto sofrimento e tanta angústia, quem o governador vai apoiar no ano que vem, em qual palanque ele vai subir."

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".