Maior desafio na transição energética no Brasil é substituir diesel, diz diretor da ANP

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O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Pietro Mendes comentou nesta quinta-feira, 9, que a substituição do diesel no setor de transportes pode ser considerada como o "maior desafio" na transição energética no Brasil. Ele explica que o país possui uma frota muito antiga e não há recursos de orçamento público para fazer um programa específico para a renovação de frotas.

Ainda de acordo com o argumento apresentado, a utilização de biocombustíveis para transporte pesado é a "principal solução" para o Brasil fazer a descarbonização neste setor de mobilidade de cargas e passageiros.

O diretor é ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), sendo um dos principais responsáveis por marcos legais dos últimos dois anos, como a lei do "combustível do futuro" - que dispõe sobre a promoção da mobilidade sustentável de baixo carbono.

As declarações de Mendes foram feitas no seminário sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), com o tema "Rotas brasileiras para a descarbonização veicular". O evento foi organizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio).

"Nós temos dificuldade das longas distâncias que são percorridas no Brasil, então, se não for biocombustível, vamos precisar de corredores para carregamento de veículos elétricos, investimentos pesados em infraestrutura", disse o diretor da ANP.

Ele reforçou que a eletrificação também é parte da solução, mas alguns aspectos, do ponto de vista da emissão de poluentes, devem ser considerados. Isso porque as baterias acabam aumentando o peso dos veículos e o próprio contato da roda com o asfalto gera emissões.

"Você imagina colocar uma carga ainda maior de baterias, os impactos que tem. Não estou criticando a eletrificação, mas acho que precisamos ponderar todos esses aspectos quando falamos de emissões e de ciclo de vida", avaliou Mendes.

O seminário da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) é um dos diversos eventos não oficiais que antecedem a COP30. O "Pré-COP" será realizado oficialmente na próxima semana.

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O capítulo de Vale Tudo desta quinta-feira, 9, movimentou as redes sociais ao começar a exibir os depoimentos dos cinco suspeitos de matar Odete Roitman (Debora Bloch): César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli), Heleninha (Paolla Oliveira), Marco Aurélio (Alexandre Nero) e Maria de Fátima (Bella Campos).

Todos eles estiveram com Odete momentos antes do crime e foram na delegacia prestar contas à polícia.

Fátima teve destaque especial no episódio. Ela jurou para Raquel (Taís Araujo) que não cometeu o crime, mas escondeu alguns fatos do delegado. O capítulo também trouxe imagens inéditas do dia do crime, entre elas Fátima no quarto de Odete.

Em entrevista à revista Variety, o diretor Guillermo del Toro, comentou a estreia de Frankenstein na 49ª Mostra de São Paulo e fez elogios contundentes ao cinema brasileiro, destacando seu "constante renascimento" no cenário internacional.

"Sempre houve uma vitalidade enorme, geração após geração de cineastas, e agora está encontrando novas vozes, novas formas de se conectar com o mundo sem perder suas raízes culturais únicas, e isso vem sendo cada vez mais reconhecido em todo o mundo", disse o cineasta mexicano.

Guillermo falou ainda que o País está "recuperando um papel - está voltando a ser protagonista na conversa global sobre cinema".

Mais nova adaptação do clássico de Mary Shelley, Frankenstein terá exibição limitada nos cinemas a partir de 23 de outubro. Produzido pela Netflix, o longa chegará ao streaming em 7 de novembro.

Pioneira do jornalismo na TV Globo, a jornalista Theresa Walcacer morreu na madrugada desta quinta-feira, 9, aos 81 anos. Ela sofria de problemas cardíacos crônicos e faleceu em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

A jornalista mineira entrou para a TV Globo em 1971 e lá trabalhou nos principais telejornais da emissora, como o Jornal Nacional, Jornal Hoje, Jornal da Globo e Globo Repórter. Atuou também na GloboNews, como editora do Starte, programa de cultura exibido pelo canal até 2013.

Theresa participou de coberturas importantes, como a morte do líder soviético Nikita Kruschev e a da queda do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.

Além da Globo, ela trabalhou também na TV Manchete.

Theresa atuou também no jornalismo impresso, com passagens pelas revistas Pais&Filhos e Geográfica Universal, e no Jornal do Brasil. Foi também gerente da Fundação Roberto Marinho.

Theresa era também sogra da apresentadora Poliana Abritta, que se manifestou nas redes sociais. "Theresa tinha olhar de encantamento: pela vida, pela arte, pelos afetos que costuravam seus dias", escreveu a apresentadora do Fantástico.

Em seu perfil no Instagram a jornalista Bianca Ramoneda, com quem Theresa trabalhou no programa Starte, também lembrou a colega. "Theresa Walcacer já era um mito do jornalismo com uma trajetória de peso e uma personalidade irreverente quando nos encontramos", escreveu.

A jornalista deixa dois filhos e cinco netos.