Caso Ruy Ferraz Fontes: polícia investiga se licitação de R$ 24 milhões motivou assassinato

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A Polícia Civil de São Paulo investiga um possível elo entre uma licitação de R$ 24 milhões realizada em setembro pela Prefeitura de Praia Grande com o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.

Como mostrou o Estadão, a hipótese foi levantada já em um primeiro momento - a licitação teria prejudicado uma entidade ligada aos criminosos, o que colocou no alvo Ferraz Fontes, então secretário de Administração da cidade.

Passado quase um mês da morte, essa linha de investigação tem ganhado força. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal UOL e confirmada pelo Estadão.

Ferraz Fontes foi fuzilado no último dia 15 após encerrar o expediente na Prefeitura de Praia Grande. Cinco suspeitos de envolvimento no crime foram presos até o momento - outros dois estão foragidos. Uma outra pessoa foi morta em suposto confronto no Paraná.

Conforme apurado pela reportagem, a hipótese de uma possível relação entre a execução do ex-delegado-geral com o processo de licitação, que foi aberto no começo de setembro, segue forte, apesar de não ser a única.

Como delegado, Ferraz Fontes ficou conhecido por seu trabalho contra o PCC. Em 2006, foi o responsável por indiciar toda a cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de os bandidos serem isolados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP).

Em 2019, quando Marcola, apontado como liderança máxima do PCC, foi transferido para um presídio federal, ele era o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, cargo que ocupou até 2022.

Cinco funcionários públicos foram alvos de mandados de busca

Recentemente, o subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, Sandro Rogério Pardini, e outros quatro funcionários públicos da cidade no litoral de São Paulo foram alvos de mandados de busca e apreensão após a morte de Ruy Ferraz Fontes.

Conforme apurado pelo Estadão, eles não estão na condição de suspeitos, mas os materiais coletados com eles podem ajudar na resolução do assassinato. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em ao menos oito endereços da Baixada Santista.

Com Pardini, foram apreendidos celular, computadores, três pistolas, R$ 50 mil em espécie, mil euros e 10 mil dólares em sua residência.

Em um maço de cédulas, havia bilhetes com anotações contendo nomes de um homem e uma mulher. Os dólares estavam no envelope de uma corretora de câmbio. Foram apreendidos também cartões bancários, três registros de armas de fogo e um registro de CAC (Colecionador, Atirador, Caçador).

Em nota, a defesa do subscretário afirma que Pardini "nega veementemente toda e qualquer participação, seja ela direta ou indireta, nos fatos que estão sendo apurados". Acrescenta ainda que ele está à disposição das autoridades para colaborar.

"Destacamos que os objetos e bens apreendidos não possuem qualquer relação com os fatos, o que foi comprovado pela documentação juntada e confirmado nos esclarecimentos prestados por Sandro, frisa-se, ouvido na qualidade de testemunha. No mais, reforçamos que Sandro tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e cuidado com a sua família", diz nota assinada pelo advogado Octavio Rolim.

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