Crime da 113 Sul: STJ anula condenação e acusado preso há 15 anos é solto

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou nesta terça-feira, 14, a condenação e determinou o trancamento da ação penal contra Francisco Mairlon Barros Aguiar, sentenciado a 47 anos de prisão por homicídio qualificado e furto qualificado no caso conhecido como Crime da 113 Sul. Também foi determinada a imediata soltura do réu, preso há 15 anos.

Mairlon foi denunciado com outros dois corréus, Leonardo Campos Alves e Paulo Cardoso Santana, pela morte do advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da mulher dele, Maria Carvalho Villela, e da empregada do casal. O crime ocorreu no apartamento deles na quadra 113 Sul de Brasília, em agosto de 2009.

Ele deixou o Complexo Penitenciário da Papuda na madrugada desta quarta, 15. Em entrevista à TV Globo, Mairlon celebrou a soltura, agradeceu aos familiares e seus advogados, e disse ser o dia mais feliz de sua vida. "Não estou nem acreditando, o dia mais feliz da minha vida está sendo hoje. Muita gratidão a todas as pessoas que não desistiram de mim, a ONG Innocence que insistiu, ainda. Família, amigos, não sei nem o que falar."

Entenda a decisão: 'Erro gravíssimo'

Ao classificar o caso como um exemplo de "erro judiciário gravíssimo", o colegiado considerou que as confissões obtidas pela polícia não foram confirmadas na fase judicial do processo, e que é inadmissível uma condenação pelo júri popular apenas com base em elementos do inquérito policial. Em setembro, a Sexta Turma entendeu que houve cerceamento da defesa e anulou a condenação da filha do casal, a arquiteta Adriana Villela, apontada como mandante do crime.

Para o relator do recurso no STJ, ministro Sebastião Reis Júnior, o exame da decisão de pronúncia, ocorrida em 2013, revela que o acusado foi submetido a julgamento pelo tribunal do júri apenas com base na confissão apresentada pela polícia e no relato dos corréus, sem que o juízo tenha aliado a esses elementos qualquer outro decorrente da ampla investigação instaurada para apurar os crimes.

Segundo o ministro, como havia depoimentos extrajudiciais que incriminavam Mairlon, mas também depoimentos em juízo dos próprios corréus que o inocentavam, caberia ao magistrado confrontar esses elementos com as demais provas antes de submeter o acusado ao tribunal do júri.

"É inadmissível que, no Estado Democrático de Direito, um acusado seja pronunciado e condenado por um tribunal de juízes leigos, apenas com base em elementos de informação da fase extrajudicial, dissonantes da prova produzida em juízo e sob o crivo do contraditório", declarou. O ministro entendeu ter havido violação dos princípios da presunção de inocência e do devido processo legal, o que justifica a aplicação de entendimento firmado pelo STJ em 2022, segundo o qual não é possível submeter o acusado a julgamento pelo júri com base apenas em elementos de convicção da fase extrajudicial.

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Ana Maria Braga recebeu Carolina Dieckmmann no Mais Você desta quarta-feira, 15. No programa, a apresentadora relembrou seu primeiro diagnóstico de câncer, que recebeu assim que entrou na Globo. Ela conheceu a atriz nas gravações de um filme da Xuxa, quando estava passando por tratamento.

A apresentadora se emocionou ao lembrar de uma homenagem vinda da atriz. Na época, Carolina estava no elenco de Laços de Família, novela em que sua personagem teve câncer. Ela chegou a raspar a cabeça para o papel. "Ela chegou com um vaso de orquídeas na mão e ela veio ao meu encontro. Eu nunca tinha encontrado com ela, mas ela veio falar comigo porque ela estava interpretando um papel na novela na época de 2000, que ela tinha raspado a cabeça que nem eu", afirmou.

Ana Maria Braga afirmou que nunca esqueceu o gesto e que o presente da atriz foi muito significativo. A apresentadora retribuiu o gesto e deu um vaso de orquídeas para a convidada. Ela ainda elogiou a performance de Carolina na novela. "A sua arte conseguiu motivar as pessoas a doarem."

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

O tradicional Victoria's Secret Fashion Show ocorre nesta quarta-feira, 15, em Nova York, marcando a segunda edição consecutiva após o retorno do evento em 2024, que encerrou um hiato de seis anos. Mantendo o formato que mistura desfiles e performances musicais, a apresentação promete reunir nomes icônicos das passarelas e novas apostas da moda global.

Que horas e onde assistir

A transmissão ao vivo começa às 19h30 (horário de Brasília) com o pink carpet, seguida pelo desfile principal às 20h. O público poderá acompanhar o evento pelo Prime Video, Amazon Live e também nos canais oficiais da Victoria's Secret no YouTube, TikTok e Instagram.

Em Nova York, a marca realiza ainda uma experiência imersiva no distrito de Penn, com festa de exibição, DJ e ativações para convidados.

Novidades e angels confirmadas

Entre as principais novidades desta edição está a estreia de Adam Selman como diretor-executivo e criativo da Victoria's Secret. Conhecido por suas criações para artistas como Rihanna, Lady Gaga e Gwen Stefani, ele deve imprimir uma estética mais diversa e moderna à marca. O designer franco-americano Joseph Altuzarra também participa do projeto "atelier in residence", assinando peças exclusivas que conectam o desfile ao universo do high fashion.

Já o elenco de angels deste ano conta com veteranas e novos rostos. Estão confirmadas as brasileiras Adriana Lima e Alessandra Ambrósio, que fizeram história na Victoria's Secret, além de Candice Swanepoel, Behati Prinsloo, Gigi Hadid, Lily Aldridge, Joan Smalls, Anok Yai, Vittoria Ceretti, Jil Kortleve, Barbara Palvin, Alex Consani e Angelina Kendall.

A brasileira Daiane Sodré faz sua estreia na passarela da marca, e a jogadora de basquete Angel Reese entra para o time como a primeira atleta profissional a desfilar oficialmente pela VS.

Apresentações musicais

As apresentações musicais deste ano ficam por conta de Missy Elliott, Madison Beer, Karol G e do grupo sul-coreano Twice.

A cantora Fafá de Belém se manifestou nas redes sociais nessa terça-feira, 14, sobre uma investigação do Ministério Público do Pará (MP-PA) que questiona supostas irregularidades na aplicação de R$ 1,5 milhão em seu evento Varanda de Nazaré, tradicionalmente realizado durante o Círio de Nazaré.

Segundo a cantora e sua equipe, a confusão ocorreu devido a um erro no Diário Oficial do Estado, que mencionou incorretamente o evento em questão. A errata publicada corrigiu oficialmente a informação, deixando claro que a investigação não se referia à edição de 2024 da Varanda de Nazaré.

Em nota, a cantora ressaltou que a Varanda de Nazaré "é uma iniciativa independente, com 15 anos de história, construída e mantida com dedicação, amor e conduzida dentro dos mais altos padrões de legalidade, transparência e responsabilidade na gestão cultural". A publicação garantiu que todas as etapas de planejamento, captação e execução do evento seguem processos documentados e regulamentados.

A edição de 2024, especificamente, não recebeu recursos da Lei Semear, programa estadual de incentivo cultural, nem repasses financeiros do Governo do Estado. O evento contou apenas com apoio institucional na estrutura, prática comum em grandes manifestações culturais, sem qualquer vínculo financeiro direto, segundo a artista.

"A edição de 2024, mencionada em publicações recentes, não recebeu qualquer recurso da lei de incentivo estadual do Pará (Lei Semear) nem qualquer tipo de repasse financeiro do Governo do Estado", informou o texto. Assim que a questão começou como procedimento preliminar, foi apresentada uma resposta oficial negando o recebimento de recursos públicos e juntando a errata que esclareceu o equívoco.

A nota destacou ainda que ao longo de sua trajetória, a Varanda de Nazaré tem sido realizada por meio de parcerias públicas e privadas regulares, com contratos formais e ampla prestação de contas, consolidando-se como referência nacional na valorização da fé, da cultura e da identidade amazônica.

Fafá e sua produtora reforçaram o compromisso com ética, transparência e promoção da cultura paraense no cenário nacional e internacional.

Leia a nota na íntegra:

"A Kaiapó Produções e a artista Fafá de Belém informam que são as maiores interessadas em que se investiguem os fatos tornados públicos recentemente. A Varanda de Nazaré é uma iniciativa independente, com 15 anos de história, construída e mantida com dedicação, amor e conduzida dentro dos mais altos padrões de legalidade, transparência e responsabilidade na gestão cultural. Todas as etapas de planejamento, captação e execução seguem processos formais e devidamente documentados, em conformidade com a legislação vigente.

A edição de 2024, mencionada em publicações recentes, não recebeu qualquer recurso da lei de incentivo estadual do Pará (Lei Semear) nem qualquer tipo de repasse financeiro do Governo do Estado. A citação do nome da Varanda em edição do Diário Oficial daquele ano resultou de erro material, corrigido oficialmente em errata publicada no DOE dias depois, ficando claro que tal processo não se tratava do projeto. A Varanda de Nazaré 2024 teve relação de apoio institucional com o Governo do Estado, contando unicamente com apoio na estrutura do evento - prática comum em grandes manifestações culturais -, sem qualquer tipo de vínculo financeiro direto.

Ao longo de sua trajetória, a Varanda tem sido viabilizada por parcerias públicas e privadas firmadas de forma regular, com critérios técnicos, contratos formais e ampla prestação de contas aos órgãos competentes - o que reforça sua credibilidade e o reconhecimento que conquistou como referência nacional de valorização da fé, da cultura e da identidade amazônica. A Kaiapó Produções e a artista Fafá de Belém reafirmam seu compromisso com a ética, a transparência e o fortalecimento da cultura paraense, mantendo a dedicação de promover o Círio de Nazaré e o Pará no cenário nacional e internacional como expressões genuínas da espiritualidade e da diversidade da Amazônia."