Governo de SP prevê remunerar indígenas que protegerem a biodiversidade

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O governo de São Paulo prevê remunerar indígenas que ajudarem na preservação da biodiversidade em unidades de conservação do Estado. A Secretaria de Meio Ambiente Infraestrutura e Logística vai empossar nesta terça-feira, 7, quatro conselheiros dos povos originários que vão integrar o comitê especial vinculado ao Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) - Guardiões da Floresta. Os conselheiros são representantes da região do Vale do Ribeira, do litoral sul, do litoral norte e do interior do Estado.

O anúncio da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ocorre em meio ao estado de emergência em saúde pública no território indígena Yanomami, em Roraima, declarado pelo governo federal após alta de casos de malária, desnutrição infantil e problemas de abastecimento na Amazônia. As imagens de indígenas magros e abatidos, entre eles várias crianças, chamaram a atenção nas redes sociais para a crise humanitária, reflexo de problemas de assistência e avanço do garimpo ilegal no território Yanomami.

O programa Guardiões da Floresta, em São Paulo, vai pagar uma contraprestação pelos serviços ambientais realizados por comunidades indígenas em áreas naturais protegidas. De acordo com a pasta, o programa terá um aporte R$ 600 mil de investimentos e deverá beneficiar 134 famílias originárias.

O público prioritário do programa são as comunidades indígenas que vivem em áreas sobrepostas às unidades de conservação geridas pelo Estado de São Paulo, ou em Zonas de Amortecimento (que ficam no entorno de uma unidade de conservação) e, subsidiariamente, em outras áreas naturais estaduais protegidas.

O programa foi instituído em agosto de 2022 e, antes de ser implementado de forma integral, passará por uma fase de teste. Nesta primeira etapa, um projeto piloto será implementado em seis terras indígenas que tenham sobreposição com unidades de conservação estaduais de Proteção Integral, Uso Sustentável ou Zonas de Amortecimento.

A fase seguinte do projeto prevê abertura de edital para a implementação do programa em todos os 29 territórios indígenas que também fazem esse tipo de sobreposição com as unidades de conservação. A terceira fase, segundo a pasta, é a abertura de inscrição de planos de trabalho para todas as terras indígenas do Estado.

Comunidades indígenas e gestores das unidades de conservação deverão apresentar planos com detalhes das atividades que serão realizadas, abrangência territorial do serviço, cronograma preliminar das ações, indicadores para monitoramento do trabalho feito e da efetividade do programa, e também uma estimativa dos valores empenhados para a execução dessa proteção do território.

Comitê Gestor

O Comitê Gestor que será apresentado nesta terça-feira será deliberativo também. Ou seja, terá o poder de tomar decisões sobre a gestão e os rumos do projeto Guardiões da Floresta.

Definir a alocação dos recursos entre as regiões e eixos do projeto; avaliar a conformidade dos planos de trabalho apresentados e propor eventuais alterações; promover reuniões ordinárias a fim de avaliar a execução do programa; bem como acompanhar os resultados do Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) são algumas das ações que são da competência do comitê gestor.

Além dos quatro representantes indígenas, o projeto do programa prevê que comitê também seja integrado por dois representantes da Funai, indicados pela Coordenação Regional Litoral Sudeste da Fundação Nacional do Índio; dois membros da Fundação Florestal e dois da Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".