Resultado 'ínfimo' para desarticular o CV, afirma subsecretário de Inteligência do RJ

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O subsecretário de Inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Daniel Ferreira, afirmou que a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos, teve um resultado "ínfimo" para desarticular o Comando Vermelho (CV). A declaração foi feita durante audiência da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, no Senado, na quarta-feira, 5.

Segundo a Polícia Civil, 115 dos 117 suspeitos identificados tinham ligação comprovada com a facção criminosa do Rio. Ferreira afirmou que a operação teve efeito simbólico, por mostrar a presença do Estado em áreas dominadas pelo crime, mas disse que ela não foi suficiente para enfraquecer a estrutura do CV.

"Foi algo ínfimo dentro do poder do Comando Vermelho e das outras facções na estrutura do Rio de Janeiro", disse. "Foi importante a nível simbólico para o Estado mostrar que é capaz de entrar em qualquer local".

Segundo o subsecretário, uma das bandeiras exploradas pelo Comando Vermelho era a narrativa de que existiam regiões do Rio onde o Estado não conseguia entrar, um discurso que, segundo ele, foi "subvertido" após a operação.

Ferreira também defendeu maior integração entre forças federais e estaduais no combate ao crime organizado. "O Brasil precisa entender que há Estados dentro do próprio Estado. Se não enxergarmos isso, estaremos fadados a muitos problemas e talvez a mortes de brasileiros", concluiu.

Abin aponta expansão nacional do Comando Vermelho

Durante a mesma audiência, o coordenador-geral de Análise de Conjuntura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Pedro de Souza Mesquita, afirmou que o Comando Vermelho se expandiu nacionalmente e hoje atua em quase todo o território brasileiro.

Mesquita explicou que o fenômeno começou após a dispersão de lideranças do Rio de Janeiro, especialmente durante o período das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Segundo ele, a presença do grupo se consolidou a partir de alianças locais em Estados que enfrentavam o avanço do Primeiro Comando da Capital (PCC).

"Desde 2020, a gente começou a mapear esse processo e entender como ele vinha ocorrendo. E a gente identificou que, na verdade, ele nasce e é uma externalidade negativa do próprio processo de UPP", disse. "O Comando Vermelho começou a oferecer a outros grupos uma rede de acesso logístico a armas, drogas e uma cadeia de comando mais descentralizada do que a do PCC."

O representante da Abin afirmou que o CV está presente hoje em todos os Estados do Norte, com exceção de Roraima e Amapá, e mantém atuação relevante em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Ele também alertou para o surgimento de novos polos de poder, como o Terceiro Comando Puro, que tem replicado métodos do CV e ocupado áreas antes dominadas pelo PCC.

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A Escadaria das Bailarinas, espaço em Pinheiros, na zona oeste da cidade de São Paulo, revitalizado por Eduardo Kobra em 2018, passou por um novo processo de renovação. Agora, a escadaria, que une as ruas Alves Guimarães e Cardeal Arcoverde, conta com cores renovadas, iluminação cênica, acessibilidade e mobiliário urbano restaurado.

"Há sete anos, criamos esse espaço para ser mais agradável para a cidade e, portanto, restaurar esta obra é manter a história e a memória preservadas", diz o artista.

Além da manutenção artística, o espaço recebeu melhorias estruturais e paisagísticas. No momento, degraus e bancos foram restaurados e uma nova iluminação cênica foi colocada para valorizar o conjunto da obra também à noite.

O projeto foi conduzido pela incorporadora Munir Abbud em parceria com a construtora e incorporadora SKR, e contou com apoio do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). O próprio Kobra acompanhou a restauração, a recuperação das cores e brilho originais e criou um novo design cromático para os degraus, garantindo mais resistência diante do fluxo intenso de pedestres e turistas.

Para o futuro, os criadores planejam a instalação de um elevador no subsolo, com acesso a partir da Rua Cardeal Arcoverde. "De forma que pessoas com mobilidade reduzida possam ter acesso a lojas, restaurantes e cafés em todos os andares", conta Jota Abbud, sócio-diretor da Munir Abbud.

Quem já conhecia o lugar, no entanto, percebeu uma mudança impactante no espaço que antes da obra era popularmente conhecido como Escadão da Alves Guimarães. A icônica bailarina da escada - a primeira pintada pelo artista, conforme mostrou matéria do Estadão da época - não está mais lá. De acordo com os criadores do projeto, o motivo foi a alta degradação que o tempo e a chuva traziam à obra.

Antigamente eram seis bailarinas e agora o espaço retrata apenas quatro - duas delas inspiradas em integrantes do Ballet Paraisópolis.

Com a restauração, é esperado que a escadaria retorne ao radar como um dos cenários mais clicados de Pinheiros.

O músico porto-riquenho Bad Bunny se tornou o primeiro artista cantando em espanhol a ser indicado ao Grammy nas três principais categorias da principal premiação da indústria fonográfica nos Estados Unidos.

Bad Bunny está concorrendo ao Grammy com o seu sexto álbum de estúdio, Debí Tirar Más Fotos, nas categorias Melhor Álbum, Melhor Gravação e Melhor Canção. Além dessas três categorias principais, Bad Bunny concorre também em Melhor Álbum de Música Urbana, Melhor Performance de Música Global e Melhor Capa de Álbum, uma categoria nova.

Lançado em janeiro deste ano, Debí Tirar Más Fotos é uma homenagem à cultura porto-riquenha, combinando reggaeton com elementos tradicionais da cultura local. Nas músicas do álbum, Bad Bunny aborda temas como gentrificação, perda de identidade e questões políticas da ilha. As letras transitam entre celebração, sensualidade e resistência.

Com o álbum, Bad Bunny alcançou o topo da Billboard 200, ranking das músicas mais executadas nos Estados Unidos.

O rapper Kendrick Lamar lidera a lista de indicações, com nove no total. Lady Gaga aparece em segundo lugar, com sete.

A cerimônia está marcada para o dia 1º de fevereiro, em Los Angeles.

A cineasta chinesa Yi Zhou disse que Jeremy Renner ameaçou chamar o Serviço de Imigração e Controle de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) contra ela após Yi Zhou confrontá-lo sobre uma suposta "conduta imprópria" dele.

Em texto publicado nas redes sociais, Yi Zhou relatou que o primeiro contato entre eles foi em junho de 2025 e que o ator se apresentou para ela enviando "fotos indesejadas" por mensagens.

"Ele me convenceu de sua sinceridade, dizendo que estava solteiro há muito tempo e aberto a um relacionamento duradouro. Acreditei nele, no poder do amor e na possibilidade de redenção", afirmou a diretora.

Os dois tiveram um relacionamento amoroso e Zhou o convidou para participar de dois projetos: um documentário e um filme de animação, que acabaram resultando em mais brigas e problemas entre eles.

Zhou criticou o astro de Vingadores por não promover tais projetos e disse que o ator a teria "usado".

"Quando o confrontei e pedi para que se comportasse adequadamente, que me respeitasse como mulher e como cineasta, ele ameaçou chamar a imigração (ICE), ato que me chocou e assustou profundamente."

Jeremy Renner ainda não se manifestou sobre as acusações.

Acusação em 2019 e acidente grave em 2023

Em 2019, Renner também foi acusado de violência doméstica por sua ex-mulher, Sonni Pacheco. A denúncia acabou sendo arquivada.

Em 2023, Renner sofreu um grave acidente nos EUA na véspera do Ano Novo. O ator foi atropelado por um trator para remover a neve, ao tentar resgatar um sobrinho que estava preso com o carro na neve. Ele ficou em estado grave, com mais de trinta ossos fraturados, e precisou passar por várias cirurgias.