Segurança das Casas Bahia é morto com tiro na cabeça durante assalto em SP

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Um segurança das Casas Bahia foi morto durante um assalto, na noite da quarta-feira, 12, na zona sul de São Paulo. O caso aconteceu na loja que fica na Avenida Dona Belmira Marin, em Cidade Dutra, na região do Grajaú.

A vítima, de 48 anos, chegou a ser socorrida ainda no local, mas não resistiu aos ferimentos, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado.

Os policiais militares chegaram à loja quando o segurança estava sendo atendido. Ele levou um tiro na cabeça, segundo a secretaria.

De acordo com a SSP, o segurança foi abordado pelos criminosos e teve a arma levada por eles.

A Polícia Civil tenta identificar os envolvidos. A secretaria não informou quantos suspeitos cometeram o crime.

Peritos e integrantes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local.

O caso foi registrado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, pelo 101º Distrito Policial, que fica no Jardim das Imbuias.

Procurada pelo Estadão, as Casas Bahia informaram, por meio de nota, que "lamenta profundamente o ocorrido" e que "está em contato com a polícia, permanecendo à disposição para cooperar com as investigações".

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O assassinato de Ângela Diniz por seu então namorado, Raul Fernando do Amaral Street, o Doca, em 1976 é o tema da nova minissérie brasileira da HBO Max. Em seis episódios dirigidos por Andrucha Waddington e estrelados por Marjorie Estiano, a série inspirada no podcast Praia dos Ossos retrata a vida da socialite, a escalada de violência que levou à sua morte e o posterior julgamento do assassino, um circo midiático que colocou Ângela Diniz no banco dos réus.

Série 'Ângela Diniz' relembra feminicídio que levou a vítima ao banco dos réus

Durante o julgamento, realizado três anos após o assassinato, o advogado Evandro Lins e Silva jogou toda a responsabilidade sobre a vítima. Ângela foi descrita como uma "mulher fatal, libertina e depravada". Doca, por outro lado, foi acolhido por parte do público que acompanhava os desenlaces jurídicos. Em determinado momento, o crime é descrito como "um gesto de desespero de um homem ofendido em sua dignidade".

Em entrevista ao Estadão, o diretor Andrucha analisou a importância de se revisitar a história na atualidade, e opinou sobre como esse tipo de atitude - do assassinato ao acolhimento do criminoso - ainda reverbera.

"Eu acho que se hoje o Doca Street fosse solto, ele seria eleito para o Congresso", opina o realizador, tecendo uma conexão também com as redes sociais. "Hoje o cara bate na mulher e os seguidores falam: 'É isso aí!' É horrível, mas é uma sociedade que ainda continua se comportando - grande parte dela - da mesma forma."

No segundo episódio do podcast Praia dos Ossos, a narradora Branca Vianna descreve uma espécie de clima de torcida entre a plateia que acompanhava o julgamento no fórum de Cabo Frio, RJ. A cada réplica ou tréplica, gritos de "já ganhou" e aplausos eram ouvidos. A tese da legítima defesa da honra, hoje inconstitucional, foi utilizada para tentar absolver Doca.

"Isso tem que ser combatido através de pensamento e da sociedade se mobilizando mesmo", propõe Andrucha. "Precisamos juntar homens, mulheres, a causa LGBTQIA+ e todo mundo precisa falar. Todo mundo tem o direito de ser o que quer na vida. Existe uma corrente muito radical do outro lado, que condenaria a Ângela hoje."

Os dois primeiros episódios de Ângela Diniz: Assassinada e Condenada já estão disponíveis na HBO Max. Os próximos quatro serão liberados semanalmente, às quintas-feiras.

A estreia do documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo, na Netflix, trouxe os desdobramentos sobre o crime que parou o Brasil em outubro de 2008. A jovem Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, foi mantida em cárcere privado e morta pelo ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves, no apartamento em que morava com a família, em Santo André, São Paulo.

Durante o sequestro, Lindemberg chegou a dar entrevistas ao vivo, o que interferiu nas negociações com a polícia. Ele passou a ignorar os contatos das autoridades e a falar apenas por meio de programas de televisão.

Um dos episódios mais marcantes ocorreu durante uma ligação feita pelo programa A Tarde é Sua, da RedeTV!. O repórter Luiz Guerra conseguiu o número de telefone da casa da adolescente e ligou para o sequestrador. A conversa foi gravada e, em um novo contato, Lindemberg pediu para falar ao vivo com a apresentadora Sonia Abrão.

Como mostra o documentário, esse momento é considerado crucial para entender a mudança nas negociações com as autoridades. O episódio se tornou um marco negativo da mídia e, até hoje, a cobertura do caso é criticada e vista como exemplo da chamada "espetacularização da tragédia".

Sonia Abrão recusou participar do documentário

Mesmo com as críticas, inclusive vindas da própria imprensa, Sonia Abrão já afirmou que não se arrepende da atitude. Ela recusou participar do documentário, mas Luiz Guerra aceitou o convite e também disse não se arrepender. O jornalista questiona por que outros profissionais e veículos que conversaram com Lindemberg não são lembrados com a mesma intensidade que ele e o programa.

"Me colocaram numa situação de culpado. Eu garanto para você isso, e pra você que está assistindo agora: qualquer jornalista gostaria de estar no meu lugar. Eu entrei no cativeiro, levei o público pra dentro do cativeiro", declarou.

Nayara Rodrigues da Silva, amiga de Eloá que também estava no cativeiro e foi liberada pelo sequestrador, foi testemunha de acusação no julgamento de Lindemberg, em 2012. Ela revelou que, durante os dias de cárcere, ele deixava a TV ligada para assistir ao que as emissoras falavam sobre o sequestro.

Em plena campanha de divulgação de O Agente Secreto, pré-selecionado brasileiro para o Oscar 2026, Wagner Moura receberá um prêmio do site americano IndieWire. O portal, veículo reconhecido e renomado sobretudo no meio do cinema e da TV independentes, realiza anualmente o IndieWire Honors, evento dedicado a celebrar cineastas, atores e artistas que se destacaram no audiovisual ao longo do ano.

Além do brasileiro, astros como Adam Sandler, Jacob Elordi, Kristen Stewart e Chase Infiniti, de Uma Batalha Após a Outra, também serão reconhecidos na premiação. Wagner será contemplado com o Performance Award, e a celebração acontecerá no dia 4 de dezembro, em Los Angeles.

O veículo destaca a ascensão do ator brasileiro na indústria internacional como um dos motivos para o reconhecimento. De Pablo Escobar em Narcos - quando precisou aprender espanhol para interpretar o traficante - ao Festival de Cannes deste ano, quando se tornou o primeiro da América do Sul a ser premiado como melhor ator da mostra competitiva, Wagner retorna aos holofotes com o seu primeiro filme no Brasil depois de mais de uma década.

"Seu personagem, Marcelo Alves, é mais do que aparenta, e carrega o suspense nostálgico de Kleber Mendonça Filho dos anos 70 por uma montanha-russa de intrigas políticas e imagens surrealistas", descreve o portal. "Embora o pré-selecionado a Melhor Filme Internacional seja muito específico sobre o sofrimento das vitimas da ditadura brasileira, a atuação de Moura como Alves, um homem de princípios em uma sociedade corrupta, ressoa profundamente em nosso momento atual."

Em entrevista ao Estadão, Wagner Moura falou sobre a campanha de divulgação de O Agente Secreto rumo ao Oscar - uma jornada que envolve muitas viagens, entrevistas para a imprensa e exibições especiais para votantes seguidas por sessões de perguntas e respostas.

"Você está trabalhando para o seu filme ter um lugar entre os melhores do ano, e acho que isso é trabalhar pelo cinema brasileiro", afirmou, citando um conselho que recebeu de Fernanda Torres, que passou pelo mesmo com Ainda Estou Aqui: "Se alimente bem, durma e tente não ficar doente. É legal, mas é cansativo. Não é brincadeira."