Governo de SP afirma que não haverá desabastecimento de oxigênio em municípios

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Apesar de cidades paulistas alertarem para estoque crítico de cilindros de oxigênio, o governo do Estado de São Paulo garantiu que não haverá desabastecimento nos municípios. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, o Estado trabalha para manter o abastecimento em todas as cidades.

"A gente sabe que a responsabilidade seria dos municípios, mas o governador, entendendo que até por uma questão humanitária, decidiu ajudar. Por isso, foi criada uma força-tarefa, não apenas para ter o oxigênio disponível para pequenas cidades que têm essa deficiência de captar o cilindros, mas ajudar na questão logística. Independentemente da nova usina (que deve ser entregue nos próximos dias), estamos abastecendo todos os municípios", disse.

"Não é ela (nova usina) que dá assistência e acolhimento aos municípios. "Temos usinas e abastecimento, o que precisamos é de cilindros, para que cheguem até pequenas cidades e unidades de saúde. A nova usina de oxigênio, que será inaugurada em Ribeirão Preto, nos dá suprimento adicional", acrescentou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

No último dia 22, o governo estadual anunciou a criação dessa nova usina de oxigênio para atender à demanda de pacientes do coronavírus no Estado. A iniciativa é uma parceria com a Ambev e com a Copagaz, com previsão de lançamento em 10 dias.

Nesta quarta-feira, 31, o secretário Jean Gorinchteyn acompanhou Doria, durante a entrega de mais 3,4 milhões de doses da vacina do Instituto Butantan contra o novo coronavírus para uso em todo o País.

Com relação ao registro de fila na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), apesar do crescimento ao longo da pandemia, o secretário estadual da Saúde observa leve queda nos últimos três dias.

"O Cross tem média de 1,5 mil pedidos de regulação para UTIs, enfermaria e exames. Tivemos aumento de 117% nessas solicitações ao longo de toda a pandemia, em especial nas últimas quatro semanas. Mas nos últimos três dias, comparando ao que vimos na semana anterior, tivemos queda 4% dessas solicitações, especialmente para as unidades de terapias intensivas. Isso está relacionado ao impacto do número de internados. Tínhamos no início da semana 12.945 pacientes, hoje temos 12.976, 30 a mais que nos últimos três dias, mas isso mostra desaceleração nas solicitações de internações, principalmente em UTIs. É sinal tanto do faseamento vermelho e já começa a esboçar níveis da fase mais restrita, que é a emergencial", avaliou.

Sobre negociação de "kit intubação" com Ministério da Saúde, Gorinchteyn afirma que compras emergenciais estão sendo feitas pelo governo enquanto as discussões estão em andamento. "Haveria compra internacional a ser feita pela Opas, ainda não está finalizada. Tivemos reunião com secretários e o ministério, mas São Paulo não está aguardando isso para continuar, estamos fazendo compras emergenciais, o que garante aporte aos nossos hospitais por sete dias. Mas também estamos acolhendo necessidades dos municípios fazendo com que cada distrito de saúde consiga identificar quais são os municípios que estão no seu limite de uso e aportando no mesmo dia essas medicações, para na ter desabastecimento", disse o secretário.

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A série argentina O Eternauta acaba de chegar à Netflix e já tem conquistado os espectadores. Baseada na HQ homônima considerada uma das maiores obras da literatura argentina, ela tem uma história trágica por trás: seu criador, Héctor Oesterheld, foi morto pela ditadura na Argentina na década de 1970.

Nascido em Buenos Aires em 1919, Oesterheld é um dos principais nomes dos quadrinhos e da ficção cientifica na Argentina. Escreveu alguns romances e outras HQs, além de ter publicado em revistas de grande importância, mas O Eternauta é considerada a sua obra-prima.

A trama acompanha um grupo de sobreviventes de uma nevasca mortal que precisa lutar contra uma ameaça alienígena. Com Juan Salvo como protagonista, o quadrinho foi publicado entre 1957 e 1959 com ilustrações de Francisco Solano López, com uma versão mais politizada sendo lançada na década de 1970.

Oesterheld frequentemente dizia que o herói de O Eternauta era um "herói coletivo". No final dos anos 1960, ele também escreveu biografias em quadrinhos de Che Guevara e Evita Perón, importantes líderes de esquerda, em parceria com o cartunista Alberto Breccia.

Naquele período, o autor já era envolvido com os Montoneros, organização político-militar argentina de esquerda que tinha objetivo de resistir e derrubar a ditadura no país. As quatro filhas de Oesterheld, Estela, Diana, Beatriz e Marina, também estavam envolvidas com o grupo.

As Forças Armadas da Argentina, já vigiando a atividade de Oesterheld, começaram a fechar o cerco em sua família. A primeira desaparecida foi Beatriz, que tinha apenas 19 anos, em 1976. Meses depois, foi a vez de Diana, seguida de Marina, ambas grávidas na época. A última foi Estela, já no final de 1977.

Oesterheld desapareceu em abril daquele ano. Acredita-se que tenha sido fortemente torturado física e psicologicamente, sendo obrigado a ver fotos das filhas executadas, e que foi morto apenas em 1978. O seu corpo nunca foi encontrado. Das filhas, apenas Beatriz pôde ser velada.

A morte do autor e de seus familiares só foi reconhecida em 1985, com um julgamento histórico que resgatou a memória dos desaparecidos e revelou os horrores da ditadura na Argentina.

Não é surpresa que compositores como Wagner e Beethoven foram alguns dos favoritos de Hitler. No entanto, quando se escondeu no bunker no final da Segunda Guerra Mundial, o líder nazista levou consigo uma coleção de discos surpreendente, que inclui compositores e músicos russos, judeus e gays. Ele os ouviu até sua morte, em 30 de abril de 1945.

A descoberta foi publicada inicialmente na revista alemã Der Spiegel em 2007, quando Alexandra Besymenskaja, filha do general soviético Lew Besymenski, redescobriu o material. Seu pai fez parte da equipe responsável pela evacuação do bunker e, apaixonado por música, levou os discos consigo.

Mais tarde, a coleção foi estudada em detalhes por Fred Brouwers no livro Beethoven no Bunker. Entre as gravações, há Tchaikovski, que era russo e homossexual, Rachmaninov, e execuções do violinista polonês Bronislaw Huberman, de origem judaica e que se opôs ativamente ao nazismo.

Além disso, a seleção também continha gravações de jazz, operetas e outros estilos considerados "música degenerada" pelo 3º Reich. A maioria dos compositores, como Paul Abraham, foram perseguidos pelo nazismo.

Confira, abaixo, 5 composições que Hitler ouvia no bunker antes de morrer

- Adagio da "Sinfonia no. 7", de Anton Bruckner, com a Filarmônica de Berlim. Regida por Wilhelm Furtwängler, gravação de 1942.

- Sonata no. 24, em fá sustenido maior, op. 78, de Beethoven: Adagio cantabile - Allegro ma non troppo e Allegro vivace

- Concerto para Violino e Orquestra em ré maior opus 35, de Tchaikovsky, com Bronislaw Huberman (violino) e Orquestra da Ópera Estatal de Berlim

Regida por William Steinberg (1899-1978). Movimentos: Allegro moderato - Canzonetta.Andante - e Finale. Allegro vivacíssimo. Gravação de 28 de dezembro de 1928.

- Paul Abraham and his orchestra 1930: Good Night

E uma gravação moderna de um dos maiores sucessos de Abraham, "Bal in Savoy (Toujours l'amour)", com a soprano Angela Gheorghiu

O ator Robert de Niro, de 81 anos, fez uma declaração pública sobre sua relação com a filha Airyn, de 29, que recentemente se assumiu como uma mulher trans.

"Eu amava e apoiava Aaron como meu filho, e agora amo e apoio Airyn como minha filha. Não sei qual é o grande problema... Amo todos os meus filhos", disse ele em uma nota ao site Deadline na quarta, 30.

A declaração foi feita após a repercussão de uma entrevista de Airyn à revista Them, na qual ela falou sobre crescer sob os holofotes do vencedor do Oscar e o processo da transição de gênero.

Na ocasião, ela contou que decidiu iniciar o uso de hormônios em novembro de 2024 como parte do processo de transição. "Sempre fui muito feminina, mesmo antes de saber exatamente o que isso significava", disse.

Ela destacou que a transição também a aproximou de referências femininas negras que sempre admirou, como Laverne Cox, Marsha P. Johnson e Michaela Jaé Rodriguez. "A transição também me aproximou da minha negritude. Me sinto mais próxima dessas mulheres quando abraço essa nova identidade".

Airyn é filha de De Niro com a atriz e modelo Toukie Smith, de 72 anos. Embora nunca tenham se casado, eles mantiveram um relacionamento de quase dez anos entre as décadas de 1980 e 1990.