Araraquara antecipa feriados, suspende transporte e exige exame de visitantes

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A partir desta quarta-feira, 31, a prefeitura de Araraquara suspendeu o transporte coletivo, fechou postos de combustíveis e, em barreiras sanitárias nas entradas da cidade e na rodoviária, fiscais exigem exame feito nas últimas 48 horas com resultado negativo para covid-19. A população também não pode circular sem justificativa. As medidas vigoram até domingo, dia 4.

A administração municipal quer evitar que comemorações em função da Páscoa agravem a pandemia no município. A média móvel de novos casos por dia na cidade está em 69. Antes de adotar o lockdown na segunda quinzena de fevereiro, estava em 189.

Na sexta-feira, 26, data em que Araraquara não confirmou nenhum óbito por covid-19 após 44 dias consecutivos registrando no mínimo um, a prefeitura já havia anunciado a antecipação dos feriados de Corpus Christi e do Dia da Consciência Negra e dos Orixás para os dois primeiros dias de abril. Desde então, já estavam previstas a nova suspensão do transporte público e a adoção de barreiras nos acessos à cidade.

"Tudo o que nós não queremos é a presença de mais pessoas, vindas de outros municípios, que possam estar infectadas e agravar a situação aqui, já que a gente está em um processo de recuperação", afirma o coronel João Alberto Nogueira, secretário de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública.

Na tarde da terça-feira, 30, a prefeitura apresentou esclarecimentos sobre às medidas e incluiu a decisão de fechar os postos de combustíveis nesses cinco dias. Entre o fim da tarde e à noite, houve filas para abastecer.

A servidora pública Caroline Silva concorda com as ações da prefeitura e acredita que a administração está tentando o que pode para conter a curva de infecções, mas foi surpreendida pelo fechamento dos postos. "Fui às pressas abastecer para não ficar sem combustível. O posto perto da minha casa ficou com uma fila gigante. À noite, encontrei um posto um pouco mais vazio, mas peguei uma pequena fila também", diz.

Na manhã desta quarta-feira, 31, vários postos de combustíveis permaneciam abertos e os donos foram orientados por fiscais da prefeitura sobre a necessidade de fechar. Segundo o prefeito Edinho Silva (PT), por conta da confusão que o fechamento dos postos gerou, o comitê de contingenciamento voltou a se reunir durante o dia e esse item pode ser revisto, mantendo as demais medidas. A força-tarefa realiza barreiras nas entradas da cidade, fiscalização do comércio e de chácaras (não são permitidas reuniões de mais de cinco pessoas). O município aplica multas de R$ 6 mil para descumprimento de medidas.

Curva decrescente de casos de covid

"Não queremos perder aquilo que nós já ganhamos: uma queda importante na curva de contaminação, na ocupação de leitos. O comitê, de forma preventiva, achou por bem aumentar as medidas de restrição nesse período", afirma Edinho. Segundo o prefeito, o alerta do comitê levou em conta que houve aumento da circulação de pessoas de outras cidades. Nas fiscalizações que a prefeitura continuou realizando durante esse período de fase crítica no Estado de São Paulo, a força-tarefa constatou esse aumento.

Edinho também menciona o aumento no fluxo de pessoas deixando a capital - que tem sequência de dez dias de feriados para buscar frear a transmissão do coronavírus - em sentido ao interior. "Araraquara está em uma curva decrescente de infecção, São Paulo está em curva ascendente. O contato de infectados assintomáticos com pessoas saudáveis pode levar a uma nova curva de crescimento. Seria uma terceira onda em Araraquara", afirma.

O decreto vigente determina que a população somente circule por motivos essenciais, como deslocamento para trabalhos que não podem ser interrompidos, necessidade de atendimento de saúde e aquisição de alimentos. A força-tarefa da prefeitura pode parar as pessoas que estiverem circulando pela cidade e exigir documentos que comprovem a necessidade. Ao contrário do 'lockdown total' adotado em fevereiro, desta vez os supermercados podem atender presencialmente, até as 20h e no domingo até as 13h.

O prefeito lembra que para os supermercados o período da Páscoa é o segundo do ano em que há maior movimento. Ele considera que seria mais difícil o aumento de restrições neste feriado nas cidades de São José do Rio Preto e de Ribeirão Preto, que fizeram contato com Araraquara para saber sobre a experiência do lockdown e implantaram as medidas mais recentemente - em São José do Rio Preto, o período de 15 dias termina nesta quarta-feira, 31. Mas a prefeitura de Araraquara fez contato com outras cidades da região para articular as medidas de agora e não obteve a adesão almejada.

Dos 203 internados em Araraquara por covid-19 na terça-feira, 30, 90 são de Araraquara. Entre os pacientes de outras cidades, há 33 de São Carlos. A prefeitura de São Carlos confirmou, em nota, que participou nesta semana de uma reunião entre os municípios da Diretoria Regional de Saúde (DRS), que tem sede em Araraquara, mas que não considera adotar o lockdown sem que seja proposto pelo governo do Estado. "O distanciamento social deve ser o foco de cada cidadão. Se cada um fizer a sua parte, usando máscara e promovendo a higienização correta, os riscos serão minimizados", diz a nota.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.