Queiroga pede para população evitar aglomerações no feriado da Semana Santa

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu nesta quarta-feira, 31, que a população evite aglomerações durante o feriado da Semana Santa. "Não há o que se comemorar; nossa sociedade está tão fragilizada", disse o cardiologista em audiência na Câmara dos Deputados.

Queiroga também defendeu o uso de máscaras. Ele afirmou que o Ministério da Saúde deve orientar Estados e municípios para alinhar as ações contra a covid-19 e evitar a adoção de "medidas extremas", como um lockdown. "Até porque a população não adere", disse o médico.

A fala do ministro destoa das manifestações do presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Planalto nega benefícios do distanciamento social e já promoveu diversas aglomerações durante a crise sanitária, muitas vezes sem usar máscaras.

"Não é ficando em casa que nós vamos solucionar esse problema", disse o presidente mais cedo, em declaração à imprensa. "Essa política ainda está sendo adotada, mas o espírito dela era buscar achatar a curva de contaminação enquanto os hospitais se preparavam, com leitos de UTI e respiradores, para que pessoas não perdessem a vida por falta de atendimento", completou Bolsonaro.

Já Queiroga disse aos deputados que as medidas sanitárias, como o distanciamento social, servem para "baixar a curva" de contaminações. Em boletim extraordinário do Observatório covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado no último dia 23, pesquisadores falam em "crise humanitária" e pedem adoção imediata de lockdown por pelo menos 14 dias. Segundo a instituição, essa seria a forma de reduzir o ritmo de transmissão da doença e aliviar a pressão nos hospitais.

Segundo Queiroga, o ministério irá editar regras sobre o funcionamento do transporte público na pandemia.

O ministro disse que a pasta tem se esforçado para antecipar a chegada das vacinas contra a covid-19 ao País. Ele disse que não pode abrir negociações em andamento, "sob pena de perder essas oportunidades", mas citou conversas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o governo dos Estados Unidos.

O ministro voltou a afirmar que há previsão de cerca de 560 milhões de doses entregues até o fim do ano, mas reconheceu que diversos modelos ainda não estão disponíveis. Ele disse que a pasta ainda irá avaliar se mantém no seu cronograma a Covaxin após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negar a certificação à fabricante indiana Bharat Biotech.

Queiroga afirmou que "pessoalmente" considera que o SUS deve ser o condutor da política de vacinação, mas afirmou que tem de "acolher" a possibilidade de flexibilizar regras para compras ao setor privado. Há forte lobby para que seja derrubada a exigência de que 100% das doses compradas por empresas sejam doadas ao SUS enquanto são imunizados os grupos prioritários. "Se essa medida trouxer mais vacinas e nos ajudar a levar vacinas aos brasileiros, será bem-vinda", disse.

Queiroga afirmou que uma nova lei sobre a vacina no setor privado deve ser aprovada. Ele mostrou desconfiança sobre a entrega das doses ao setor privado. "Quero ver para crer", afirmou.

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A pianista Betsy Arakawa, mulher do ator Gene Hackman, morreu em decorrência da síndrome pulmonar por hantavírus, segundo aponta o laudo da autópsia divulgado nesta terça-feira, 29, pela Associated Press. O documento revela que os pulmões de Betsy estavam "pesados e congestionados", e que ela apresentava acúmulo de líquido na cavidade torácica.

Aos 65 anos, Arakawa testou negativo para covid-19 e gripe, e não havia sinais de trauma. O exame toxicológico também não apontou presença de álcool ou drogas intoxicantes no organismo, apenas traços de cafeína. A autópsia também indicou leve enrijecimento dos vasos sanguíneos que irrigam o coração e o corpo.

A doença que causou a morte de Betsy é rara e potencialmente fatal, sendo transmitida por fezes de roedores infectados. Ela foi encontrada morta em 11 de fevereiro na casa que dividia com Hackman, no Estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Dois dias antes da divulgação do laudo de Arakawa, autoridades já haviam liberado os resultados da autópsia de Gene Hackman. O ator, vencedor de dois Oscars, morreu aos 95 anos por complicações cardíacas, agravadas por um quadro avançado de Alzheimer. O relatório também apontou que Hackman provavelmente estava em jejum prolongado, mas testou negativo para hantavírus.

Durante a investigação, registros revelaram que Arakawa havia feito buscas na internet e ligações em busca de informações sobre covid-19, sintomas gripais e técnicas de respiração. A polícia chegou a retornar à casa do casal em março para buscar o laptop de Betsy e outros itens que pudessem ajudar na apuração.

Linn da Quebrada anunciou no Instagram, nesta terça-feira, 29, seu retorno aos palcos após uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental. A cantora se apresenta nos dias 10 e 11 de maio, no Sesc 14 Bis, em São Paulo.

"É com grande alegria e com um friozinho na barriga que eu boto a mão no coração, tomo fôlego, sonho e vou cantar! Sim, mulher, sou eu. Lina, a cantora! Acordei e vou cantar", escreveu, empolgada.

Aproveitando a data comemorativa de Dia das Mães, celebrada no domingo de sua apresentação, Linn convocou seu público: "Quero todas minhas filhas lá cantando comigo".

Os ingressos para o show de Linn da Quebrada já estão à venda no aplicativo Credencial Sesc SP, pelo site da instituição e presencialmente nas bilheterias da rede Sesc SP.

Arlindo Cruz está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O cantor, de 66 anos, foi diagnosticado com pneumonia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial publicada no perfil do artista e também compartilhada por sua mulher, Babi Cruz, nesta terça-feira, 29.

Segundo o comunicado, Arlindo permanece clinicamente estável, com sinais vitais preservados, mas recebe cuidados intensivos em razão de sua condição de saúde já considerada delicada. O cantor enfrenta sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico desde 2017, vive com traqueostomia e é alimentado por gastrostomia.

"O caso inspira cuidados redobrados, sendo acompanhado de perto por sua equipe médica", diz a nota. "Agradecemos o carinho, as orações e o respeito de todos os fãs, amigos e da imprensa neste momento."

A última internação de Arlindo havia ocorrido em julho de 2024, quando ele foi hospitalizado para tratar um quadro de bradicardia. Na época, Babi Cruz relatou que o sambista estava em casa e reagia bem à recuperação: "Ele quer viver, ele tem força para viver, ele quer ficar por aqui", disse.