MP manda suspender propaganda sobre kit covid em Sorocaba

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O Ministério Público de São Paulo mandou suspender a divulgação de um suposto estudo da prefeitura de Sorocaba que apontou eficácia de 99% no tratamento precoce contra a covid-19. Em divulgação nas redes sociais e pelos canais oficiais, a prefeitura informou que, de 123 pacientes monitorados, 122 estavam curados após dez dias de tratamento com o kit covid, que inclui ivermectina e azitromicina, remédios cuja ineficácia contra o vírus já foi comprovada por diversos estudos internacionais e reforçada por autoridades, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a Promotoria, a publicação pode induzir a população a equívoco, já que o estudo não tem base científica, e pode levar ao relaxamento dos cuidados contra o vírus. O MP vai investigar se houve crime na divulgação do conteúdo.

Desde o dia 19 de março, a Secretaria Municipal de Saúde adota um protocolo nas unidades de saúde permitindo aos médicos prescrever ivermectina e azitromicina para pacientes com sintomas de infecção pelo coronavírus. Segundo o município, até a quarta-feira, 1.113 pacientes tinham aceitado o tratamento precoce e, destes, 123 foram monitorados. Com dez dias de tratamento, 122 (99,19%) "apresentam-se curados em domicílio, após o período de transmissibilidade", diz o texto.

Ainda segundo a divulgação, a taxa de letalidade foi de 0,81% entre os pacientes monitorados, enquanto o índice da cidade é de 2,7%, abaixo da taxa estadual de 3,2%. "Um paciente, que tinha tomado apenas um comprimido das medicações, veio a óbito e já era um caso moderado quando procurou a unidade de saúde e iniciou o tratamento", informa.

A notícia causou grande repercussão e ganhou destaque nas redes sociais. Depois de especialistas terem apontado a falta de base científica no estudo, a prefeitura enviou nova versão do texto alegando tratar-se de um "levantamento preliminar" com "excelentes resultados". Parlamentares e entidades médicas entraram com representações nos ministérios públicos estadual e federal.

Após receber seis representações, o MP de Sorocaba abriu procedimento para apurar possível crime. Conforme a promotora Cristina Palma, o estudo é desprovido de dados que possam embasar sua conclusão. "Sob a ótica da saúde pública, a notícia divulgada gera preocupação de sério aumento de contágio, por poder propiciar descuido da população com a doença". Segundo ela, mesmo a versão alterada não tem qualquer respaldo técnico científico e pode prejudicar a situação da transmissão da doença na cidade, podendo passar "falsa sensação de segurança num momento tão grave, de tantas vidas partindo em face ao vírus".

O MP notificou a prefeitura para suspender a divulgação em qualquer veículo e por qualquer meio, sob pena de multa em caso de descumprimento. A prefeitura informou que já recebeu a notificação e, após analisar, seu conteúdo, vai responder ao Ministério Público.

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Novo filme da A24, Coração de Lutador - The Smashing Machine ganhou seu primeiro trailer nesta terça-feira, 29. A prévia mostra um irreconhecível Dwayne "The Rock" Johnson na pele de Mark Kerr, um dos maiores lutadores da história do MMA, que enfrenta grandes adversários no octógono ao mesmo tempo em que lida com problemas pessoais e com a fama.

Além de Johnson, o filme conta ainda com Emily Blunt, que interpreta a esposa de Kerr, Dawn Staples. Roberto "Cyborg" Abreu, Ryan Bader e Igor Vovchanchyn, todos atletas do MMA, completam o elenco.

O filme tem direção de Benny Safdie, um dos diretores de Joias Brutas, que assina o roteiro ao lado de Kerr.

Coração de Lutador - The Smashing Machine estreia no Brasil em outubro.

Clique aqui para assistir ao trailer

O cantor Orlando Morais criticou uma suposta falta de destaque a Glória Pires durante o especial de 60 anos da Globo, que ocorreu nesta segunda-feira, 28. Em uma publicação no Instagram, Orlando disse considerar que a emissora foi "injusta" com a trajetória da atriz, que é sua esposa.

O Estadão entrou em contato com a Rede Globo para um posicionamento da emissora sobre a declaração, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Glória encerrou seu contrato de exclusividade com a Globo após 54 anos no ano passado. "Participei dessa parceria linda. Sei que você não vai gostar do post. Não falo aqui como seu amor, como seu marido. Falo como brasileiro", escreveu Orlando.

A atriz apareceu durante uma reunião como vilãs clássicas das telenovelas. Ela interpretou a gêmea má Raquel, de Mulheres de Areia, de 1993. Também houve uma rápida menção a Maria de Fátima, de Vale Tudo, agora vivida pela atriz Bella Campos, atualmente no ar.

Na última quinta-feira, 24, ela comentou, em uma declaração enviada ao Estadão, sobre a sensação de se ver caracterizada novamente como a vilã. "Foi estranhíssimo, esteticamente falando, mas um exercício delicioso de resgatar dentro de mim algo feito há 30 anos", disse.

O último papel de Glória na emissora foi também uma vilã: Irene, de Terra e Paixão. Apesar de ter encerrado seu contrato de exclusividade, a atriz ainda pode ser contratada por obra.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a cobrança de uma dívida de R$ 1,6 milhão atribuída à apresentadora Ana Hickmann em uma ação movida pelo Banco Sofisa. A decisão considera a possibilidade de sua assinatura ter sido falsificada em contratos firmados com a instituição.

O valor é referente a contratos em nome da empresa Hickmann Moda Fashion, um dos negócios que a apresentadora mantinha com o ex-marido, Alexandre Correa. Em 2023, o banco acionou judicialmente Ana, Alexandre e a empresa, solicitando inclusive a pré-penhora de bens dos três como forma de garantir o pagamento, caso eles não fossem localizados para responder à ação.

Ana afirma ter sido vítima de falsificação de assinaturas em contratos bancários e, em outras ocasiões, chegou a declarar que essas irregularidades teriam sido cometidas por Alexandre. Agora, a Justiça suspendeu a execução da dívida após acolher o argumento da defesa da apresentadora de que sua assinatura pode ter sido falsificada.

O Estadão teve acesso ao processo que corre na 8ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, onde a Justiça suspendeu a execução da dívida de R$ 1,6 milhão movida pelo Banco Sofisa. Em nota, a defesa de Ana Hickmann afirmou que a decisão foi tomada "diante dos indícios de falsificação das assinaturas presentes no contrato". A equipe jurídica acrescentou ainda que outras ações - movidas por Safra, Valecred e Banco do Brasil - também estão suspensas pelas mesmas razões.

Segundo a nota, "perícias grafotécnicas judiciais já comprovaram que assinaturas atribuídas a Ana Hickmann em contratos com o Banco do Brasil e Itaú são falsas. Além disso, o Bradesco decidiu não seguir com uma cobrança contra a apresentadora após reconhecer a falsidade da assinatura".

O Estadão também entrou em contato com a equipe de Alexandre Correa, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações de todas as partes envolvidas.