Entidade que defende terapia vem ganhando espaço via web

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Criada no ano passado para defender o tratamento precoce por um grupo de médicos pernambucanos, a Associação Médicos pela Vida ganhou destaque neste ano ao publicar, em fevereiro, informes publicitários de meia página em oito jornais de grande circulação do País e ao organizar lives com a participação de médicos renomados, alguns pesquisadores de universidades tradicionais.

Juridicamente, os anúncios veiculados pela entidade foram registrados no CNPJ da Associação Dignidade Médica de Pernambuco, criada em 2014 pelo oftalmologista pernambucano Antônio Jordão, atual presidente da Médicos Pela Vida. Em março deste ano, a entidade passou a realizar lives fechadas para médicos para promover o tratamento precoce e teve como palestrantes profissionais que já passaram por universidades e hospitais conhecidos.

Entre os convidados estavam Paolo Zanotto, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo; Paulo Olzon, professor aposentado da Escola Paulista de Medicina/Unifesp e o imunolologista Roberto Zeballos, que faz parte do corpo clínico de hospitais como o Albert Einstein.

A associação também se aproveitou da popularidade de alguns desses profissionais nas redes sociais para ganhar mais visibilidade em diferentes grupos e classes sociais. Zeballos, por exemplo, tem 193 mil seguidores no Instagram, mantém um consultório na Vila Nova Conceição (bairro nobre da capital paulista) e cobra R$ 1,8 mil pelo atendimento de pacientes com suspeita de covid-19 que queiram se tratar com seu protocolo de tratamento precoce. Outra figura popular nas redes e presente nos eventos online da associação é a radiologista Lucy Kerr, cujo canal no YouTube tem 156 mil inscritos. Embora sua tradicional clínica nos Jardins seja especializada em ultrassonografia, ela tem oferecido consultas a pacientes com covid ao custo de R$ 700.

Lista. Além dos "influencers" do tratamento precoce que participam das lives da associação, a entidade também mantém em seu site uma lista de médicos de várias cidades brasileiras que prescrevem os medicamentos com seus respectivos contatos. Atualmente, são mais de 120 doutores de 71 municípios cadastrados na plataforma.

Como mostrou o Estadão na última quinta-feira, o cadastro dos profissionais interessados em aparecer no site é feito em um sistema desenvolvido e mantido pelo grupo empresarial José Alves, dono da empresa Vitamedic, que produz a ivermectina, um dos remédios do chamado kit covid.

O Estadão questionou a associação sobre a relação da entidade com o grupo empresarial e sobre quem financia os eventos e anúncios promovidos pela associação, mas a entidade disse, por meio da assessoria de imprensa, que não se pronunciaria sobre o tema. Um dos coordenadores da associação, o cirurgião Eduardo Leite, afirmou que nenhum dos coordenadores recebe qualquer remuneração e o Grupo José Alves foi apenas mais uma empresa que decidiu apoiar a associação. De acordo com Leite, a ajuda não foi financeira, mas apenas no desenvolvimento da plataforma online por meio da Unialfa, universidade goiana que integra o grupo empresarial. A companhia também foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Netflix norte-americana anunciou que Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que trouxe o primeiro Oscar da história do Brasil, vai estar disponível para streaming na plataforma nos Estados Unidos a partir de 17 de maio.

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, que precisou reconstruir a sua vida e sustentar os filhos após seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, ser sequestrado e morto pela ditadura militar brasileira. O filme é inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva.

A produção fez história ao receber três indicações ao Oscar 2025, em melhor filme internacional, melhor atriz e melhor filme, e conquistou a estatueta na categoria internacional.

No X, antigo Twitter, fãs comemoraram o anúncio do filme no catálogo americano da Netflix. "Simplesmente Oscar Winner", escreveu um. "Melhor filme do mundo", completou outra pessoa.

Ainda Estou Aqui está disponível para streaming no Brasil pelo Globoplay.

A morte da atriz mirim Millena Brandão aos 11 anos nesta sexta-feira, 2, comoveu colegas e fãs. A menina, que estava internada desde o último dia 29, teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Nas redes sociais, astros, amigos e admiradores prestam homenagem.

Várias mensagens foram deixadas nas fotos do perfil de Millena no Instagram e em outras publicações.

O ator Matheus Santos, conhecido como MC M10, escreveu: "Meus sentimentos à família. Muito triste. Pude conhecê-la no set de Sintonia, uma menina maravilhosa e encantadora."

Já Silvia Abravanel declarou: "Meus sentimentos à família. Que Deus a receba com muito amor, luz e paz num abraço eterno", enquanto a cantora Simony demonstrou tristeza: "Poxa", escreveu, ao lado de um emoji triste.

Millena precisou ser internada inicialmente devido a uma forte dor de cabeça, e foi transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA).

"Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue em uma unidade, mas, após uma piora no quadro, ela foi transferida para o Hospital Geral do Grajaú, onde médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

As atrizes Sophia Valverde e Giulia Garcia, de As Aventuras de Poliana e Chiquititas, também se manifestaram. "Muito triste. Que Deus esteja consolando a família nesse momento tão difícil", escreveu Sophia. "Que Deus conforte o coração dessa família", desejou Giulia.

Millena atuou em A Infância de Romeu e Julieta, no SBT, e em Sintonia, da Netflix. Além de atriz, também era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis.

Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, a atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A artista teve morte encefálica, de acordo com o hospital onde ela estava internada.

Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Como o cérebro controla outros órgãos, quando é constatada sua morte, outras funções vitais também serão perdidas e o óbito da pessoa é declarado.

Millena havia sofrido diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias, recebido diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

O que configura morte encefálica?

Para funcionarem, os neurônios precisam de oxigênio e glicose, que chegam ao cérebro pela circulação sanguínea. Quando algum problema impede o fluxo sanguíneo, essas células podem morrer e as funções cerebrais são prejudicadas. Se a perda das funções é completa e irreversível, é declarada a morte cerebral.

Apesar de alguns órgãos poderem continuar funcionando, o cérebro já não consegue controlá-los. Assim, embora ainda haja batimentos cardíacos, por exemplo, eles tendem a parar. A respiração também não acontecerá sem a ajuda de aparelhos.

O que pode causar a morte encefálica?

Qualquer problema que cesse a função cerebral antes de encerrar o funcionamento de outras partes do organismo causa a morte encefálica. Entre as causas mais comuns estão:

- Parada cardiorrespiratória;

- Acidente vascular cerebral (AVC);

- Doença infecciosa que afete o sistema nervoso central;

- Tumor cerebral;

- Traumas.

Quando a morte encefálica é declarada?

No Brasil, a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios rigorosos para a declaração de morte encefálica. De acordo com especialistas, o protocolo brasileiro é um dos mais criteriosos do mundo.

O CFM determina a realização de uma série de exames para comprovar a perda do reflexo tronco encefálico, aquele responsável por controlar funções autônomas do organismo, como a respiração.

Essa análise deve ser feita por dois médicos que examinam o paciente em horários diferentes, e os resultados precisam ainda ser complementados por um exame - um eletroencefalograma ou uma tomografia, por exemplo.

Morte encefálica e doação de órgãos

A "Lei dos Transplantes" (Lei nº 9.434/1997) estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando constatada a morte encefálica.

Quando isso acontece, as funções vitais do paciente são mantidas de maneira artificial até que a remoção dos órgãos seja feita.