Economia limita verba de kit intubação e vacinas e quer repasses a conta-gotas

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O Ministério da Saúde solicitou verba extra para compra de mais vacinas contra a covid-19, medicamentos de intubação e para o custeio de leitos, mas teve de reduzir os pedidos imediatos após questionamentos do Ministério da Economia. A equipe de Paulo Guedes cobrou mais informações antes de liberar o crédito adicional e questiona até a chance de a pandemia de coronavírus arrefecer no País. A opção da pasta é a de repassar o dinheiro a conta-gotas, em parcelas menores, de acordo com a necessidade e a evolução da doença.

Como resultado, o governo liberou R$ 2,7 bilhões, por meio de medida provisória (MP), na semana passada, valor abaixo dos R$ 15 bilhões que pedia a Saúde. A mudança fez a expectativa de compra de kits de intubação cair pela metade. Com cerca de 17,5% do pedido atendido, a Saúde ainda aguarda o aval para receber outros R$ 8,5 bilhões para comprar mais vacinas.

Queiroga tenta antecipar doses para este ano e negocia mais 100 milhões de unidades da vacina da Pfizer para serem aplicadas em 2022. Em ofícios trocados entre as pastas, a equipe de Guedes, por sua vez, pede o detalhamento sobre os contratos já firmados, além de qual volume ainda deve ser adquirido e quando os novos lotes serão entregues. A Saúde, porém, não tem atualizado cronogramas.

Também está em análise a liberação de R$ 3,4 bilhões para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produzir 100 milhões de vacinas de Oxford/AstraZeneca no segundo semestre. O laboratório público deve fabricar desde o insumo farmacêutico ativo (IFA) do imunizante, o que pode reduzir a dependência do Brasil da importação de ingredientes e vacinas prontas. A Economia pediu detalhamento sobre o pleito da Fiocruz. O laboratório já elaborou uma memória de cálculo da produção, indicando valores que incluem, por exemplo, royalties da transferência de tecnologia, estimados em US$ 1,5 por dose.

Em nota, a Saúde afirmou que o pedido por recursos considerou a necessidade tendo em vista o "pior cenário". "Ao invés de comprar estoque (de kit intubação) para seis meses, a pasta irá adquirir para três. Antes do fim dos três meses, o ministério realizará novas aquisições, caso seja necessário", afirma.

Com os vetos ao Orçamento de 2021, ministérios começaram a reação contra a Economia porque consideram que as verbas vão ficar muito abaixo do patamar necessário para garantir a manutenção de serviços públicos à população (Mais informações na página B1). A interlocutores, Guedes tem dito que não vai faltar verba para a área de Saúde. O governo negociou a aprovação pelo Congresso de um projeto de lei que abre caminho para a edição de créditos extraordinários para a área.

Em ofícios obtidos pelo Estadão, a Saúde afirmou à equipe econômica que o cenário da pandemia é grave e há "incertezas" sobre a evolução da demanda por leitos e insumos nas próximas semanas: 24 unidades da federação apresentavam, em 5 de abril, ocupação de leitos de UTI acima de 80%. "O índice esperado em situações de normalidade é de ocupação inferior a 50%", afirmou. O mesmo ofício mostra que Economia e Saúde chegaram a um acordo para "atendimento parcial", sob a promessa de "análise célere" em situações futuras.

Vacinação

A aposta da equipe econômica é de que a pandemia vai arrefecer com a aceleração da vacinação. Queiroga, porém, disse na quarta-feira que a imunização de grupos prioritários (77,2 milhões de pessoas) só será concluída em setembro. A Saúde considera que é preciso vacinar mais de 70% da população para atingir uma imunidade coletiva, cenário que empurra para 2022 um alívio no quadro.

Longo prazo. Cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt disse que é precipitado falar em queda da doença e da demanda por insumos para internações. "Na melhor das hipóteses, pode ser (uma queda) para um platô horrível de casos e óbitos", afirmou. Gestores do SUS demonstram preocupação. "É uma discussão maluca. Mesmo os R$ 15 bilhões são insuficientes. Estamos no pior momento da pandemia e com menos recursos do que no ano passado", afirma o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula. Ele ainda avalia que o governo erra ao apostar em melhora na crise sanitária. "Desde o ano passado fazem essa conta e não dá certo."

Secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes vê risco de nova alta da doença. "Chegar ao inverno sem ampla cobertura de vacinação poderá ser a antessala de uma nova fase de aceleração de casos, internações e óbitos em diversas unidades da federação."

Em nota, a Economia afirmou que o pedido da Saúde foi reajustado para as "necessidades urgentes" da pasta, que somam cerca de R$ 2,7 bilhões. A equipe de Guedes também informou que não realizou limitações nas dotações disponíveis à Saúde para a pandemia e que os recursos já liberados são suficientes para 422 milhões de doses de vacinas e incluem recursos para a produção de 100 milhões na Fiocruz, "dentre outras despesas com UTIs, medicamentos e profissionais".

Já a Fiocruz informou que haverá uma liberação de recursos específica, via MP, para garantir a produção nacional da vacina no segundo semestre. Em nota, a Saúde disse que a situação orçamentária e fiscal do início de abril, "especialmente antes da decretação de estado de calamidade, foi decisiva para o governo federal enviar um crédito para um período menor". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Uma nova rivalidade está começando a ser desenhada no BBB 25? Nesta segunda-feira, 3, Aline e Renata voltaram a trocar farpas depois de terem se desentendido durante a madrugada. Renata enfrenta o Paredão após uma indicação da líder Vitória.

Na ocasião, as sisters começaram a trocar acusações no Quarto Anos 50. Renata disse que os aliados de Aline mudam de assunto assim que a bailarina se aproxima, o que foi negado pela ex-policial militar.

"Eu já senti que, às vezes, eu entro no quarto e vocês param ou disfarçam o assunto", disse Renata. "Se fosse para mudar de assunto, seria porque nós estaríamos articulando para votar em você e, nesse momento, não é a nossa opção", afirmou Aline.

Durante a madrugada, as duas já haviam se estranhado depois que a ex-policial militar supôs que a dupla de Renata, Eva, se relacionava melhor com a casa. Aline associou a ida da bailarina ao Paredão a esse motivo.

"Eu acho chato. A pessoa está vendo que eu estava chorando conversando com vocês, querendo desabafar, senta na roda e fala isso?", questionou Renata com aliados. "É só para terminar de chutar, eu já estou mal."

A bailarina disputa a permanência na casa com Camilla e Vilma.

O ex-ator de Malhação Daniel Erthal voltou a chamar atenção nas redes sociais após publicar fotos e vídeos em que aparece mais uma vez vendendo cervejas como ambulante.

No ano passado, o artista havia viralizado com imagens em que aparece com o seu carrinho em frente à queima de fogos do Réveillon em Copacabana, no Rio de Janeiro. Desde então, ele conseguiu abrir um bar em Botafogo, mas voltou a circular durante o carnaval.

Conhecido do público por ter feito parte do elenco do folhetim teen em 2005, Erthal também gravou Belíssima, de 2006, e a versão brasileira de Rebelde, em 2011. Ele tem um perfil no Instagram apenas para divulgar seu trabalho como vendedor, e voltou a aparecer com o carrinho durante os blocos de rua, transitando para vender as bebidas entre os foliões.

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Daniel Erthal volta a vender cervejas como ambulante no Rio

Desta vez, Daniel aproveita os blocos de carnaval na zona sul do Rio para circular com sua carrocinha. Os vídeos mostram que ele anda por bairros como Urca, Botafogo, Leme e Copacabana.

Erthal começou a investir no ramo cervejeiro em 2013, conforme explicou ao jornal Extra. Ele criou a Cervejaria Erthal com um primo, e pretende estudar para voltar a ter oportunidades como ator.

"Quero é dar orgulho para a minha cachorra, para minha família, que nunca me abandonaram", comentou ao jornal. "Se outro achar que estou vendendo cerveja na praia... Estou sim. Sou o melhor ambulante de Copacabana, melhor atendimento, cerveja mais gelada."

O cantor Netinho, de 58 anos, revelou nesta segunda-feira, 3, que já recebeu um diagnóstico e iniciou o tratamento para seu problema de saúde. Ele está internado há sete dias no Hospital Aliança Star, em Salvador, após sentir fortes dores e dificuldades para se locomover.

Por meio de um vídeo publicado no Instagram, Netinho informou que começou o tratamento no sábado, 1º, mas não divulgou detalhes sobre o diagnóstico.

Segundo ele, o momento é de total dedicação da equipe médica. "Quando tudo acabar, vou pedir um relatório completo e vou divulgar", afirmou.

Estado de saúde evolui positivamente

Apesar da internação, o cantor relatou que não sente mais dores e já consegue caminhar sem dificuldades. Ele comparou a situação atual com seu quadro de saúde de 2013, quando sofreu três AVCs e perdeu a voz devido ao uso de anabolizantes.

Netinho prometeu compartilhar sua rotina no hospital, mas sem falar sobre medicamentos ou procedimentos médicos. "Dessa vez estou lúcido e vou todo dia seguir fazendo vídeos", disse o cantor.